Quem é pior: o Estado ou Vírus?
Nem bem atingimos o primeiro mês de isolamento social por conta da covid-19, as previsões iniciais começam a se confirmar.
O número de infectados e óbitos não para de crescer e muitos acreditam que o pico da pandemia ainda está a para acontecer.
Depois do pico, vem uma desaceleração gradual que ninguém consegue precisar a duração para chegar a um patamar razoável do vírus e atingirmos, do ponto de vista clínico, uma pseudo “normalidade”.
Eliminá-lo, neste momento, parece algo inatingível porque, outros vírus, de letalidade semelhante, convivem conosco a décadas.
A segunda previsão, do início da pandemia, era que as economias nacionais não possuem reservas técnicas para seguir operando em condições normais, obrigando, como consequência, uma divisão dos sacrifícios entre todos os membros da sociedade.
Se isto ocorre com a Itália, a França, a Espanha, a Inglaterra e os EUA, imaginem com o Brasil, um país marcado pelas assimetrias e pelos privilégios.
Os coleguinhas de Maia e Alcolumbre estão alvoroçados. Situações como esta que estamos vivendo, são propícias para acordar o gigante adormecido do Estado. Mais de 80% das sugestões que apareceram na imprensa, são taxas, transferências, pacotes, tributos, incentivos, renúncias fiscais etc, providências que passam, necessariamente, pelo Estado e, o que é pior, quase nunca chegam ao destino final.
Alguém consegue me responder o que foi feito com os vultosos recursos destinados à SUDENE, SUDAM, SUDECO etc?
Alimentaram os caprichos da oligarquia brasileira é a resposta.
E alguém consegue dizer o que foi feito dos empréstimos compulsórios (energia, gasolina, viagens ao exterior etc)?
“O gato comeu” é, infelizmente, a resposta correta, como comeu também os diversos empréstimos do BNDE e, depois, BNDES, que fizeram a alegria dos incorporadores da avenida Vieira Souto, no Rio de Janeiro.
Para não falar das empreiteira que, em conluio com o Estado, escreveram uma das piores páginas da história da humanidade.
É por isto que estou duplamente preocupado: Com a saúde dos brasileiros e com a condução do Estado, guindado novamente à condição de protagonista na crise.