Quem está aí?
Quem está aí?
Passado. Presente. Futuro. A divisão do tempo é uma medida criada pelo ser humano. O criador da Teoria da Relatividade referia-se mais tecnicamente ao tempo, para ele era relativo; Einstein escreveu, em carta, que a “diferença entre passado, presente e futuro é apenas uma persistente ilusão”. Então, devemos pensar que: passado, presente e futuro são conectados, um não anula o outro, se reparam e se convergem.
Nossos maiores pensadores tiveram o tempo como verdadeira fonte de investigação de conhecimento, buscaram com isso entender a origem e significado da vida. Portanto, todos tiveram a mesma conclusão, que a vida é o presente mais longo e precioso que podemos ter.
Charles Darwin descobriu ao entrar no navio Beagle rumo ao Brasil que só resiste aos efeitos do tempo quem se adapta a ele. Para o inventor, Benjamin Franklin “o tempo é dinheiro”. Já o poeta, Fernando Pessoa acreditava que “Podemos vender nosso tempo, mas não podemos comprá-lo de volta.”
William Shakespeare. Escritor e dramaturgo inglês carrega o título de ser o melhor de todos os tempos sobre o tempo, merece atenção especial. Um dos motivos é a peça homônima, por ser um monólogo titulado com o nome do personagem principal: Hamlet.
O príncipe Hamlet questiona o tempo e o pensar. É fato e pleno direito que a frase mais reconhecida nesta peça é “Ser ou não ser, eis a questão" (original, To be or not to be, that is the question). Mas, o enredo está na primeira frase, ou seja, no início desta obra, quando começa:
- “Quem está aí?”.
Quem eu sou? Os pensadores acima alinhavados e tantos outros, tiveram a grandeza de pensar em coletivo. Mas, antes fizeram o dever de casa, como ensinou Gandhi “Seja a mudança que você quer ver no mundo”. O autoconhecimento é sem dúvida a melhor maneira de entender e aproveitar o tempo. É não viver apenas pensando no futuro, assim com ansiedade; e não ter paralisias com acontecimentos do passado, efeitos da depressão.
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Os animais irracionais só conhecem dores físicas, porque vivem sem ter noção de tempo, vivem apenas no presente. Nós temos a dádiva da razão, mas o peso da noção de elasticidade do tempo.
Por isso, é necessário pararmos para desfragmentar a consciência. Questionarmos quem somos hoje, quem fomos ontem e quem seremos amanhã. Tentando encaixar na realidade o que ficou deslocado.
Ser presente! Na razão de viver que escreveu o poeta Augusto Franco:
"Bom mesmo é ir à luta com determinação, abraçar a vida com paixão, perder com classe e vencer com ousadia, porque o mundo pertence a quem se atreve e a vida é muito para ser insignificante."
Proteste contra a finitude da vida, vivendo o presente perguntando-se todos os dias:
- Quem está aí?