Quem tem medo do Zema?
Recentemente, vimos nos grandes meios de comunicação uma verdadeira onda de críticas ao governador reeleito de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), após ele sugerir a criação de um bloco formado por governadores do Sul e Sudeste, com a intenção de defender os interesses das duas regiões que, juntas, abrigam 56% da população brasileira. Minha reflexão a respeito não é para defender ou atacar a proposta. Quero expor minha visão sobre o real motivo de uma campanha direcionada a manchar a imagem do melhor gestor público brasileiro em atividade.
Reeleito no 1º turno com 56,18% dos votos - 21,1 pontos percentuais à frente do segundo colocado - Zema demonstrou nas urnas o resultado de uma gestão repleta de êxitos. Independentemente de seu posicionamento político durante as eleições presidenciais, apoiando a candidatura à reeleição do então presidente Jair Bolsonaro, o governador de Minas Gerais se mostrou, naturalmente, um nome de peso no cenário político nacional. Sua atuação foi fundamental na quase virada de jogo no cenário do pleito para presidente em seu estado no 2º turno, quando Lula viu a diferença para seu adversário cair de 4,69 para apenas 0,4 ponto percentual.
Minas Gerais sempre foi protagonista na política brasileira. Fatos importantes que mudaram o rumo do país tiveram mineiros como personagens principais. Dez deles ocuparam o cargo de Presidente da República. Portanto, quando surge uma nova liderança nessas terras, todo o país para pra ver. E quando esse nome obtém um sucesso avassalador logo no primeiro mandato como governador do estado, ligam-se todos os alertas daqueles que se incomodam com o surgimento de uma nova liderança.
Após o resultado das eleições presidenciais, que deu a vitória ao candidato do PT por margem apertadíssima de votos, ficou evidente a força da direita no Brasil. E a partir dos fatos que se sucederam, com a perda de popularidade de Bolsonaro e seus seguidores radicais - não é esse o caso de Zema - por causa das próprias atitudes do ex-presidente, abriu-se um vácuo de liderança nesse lado da política brasileira.
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Rapidamente, começaram diversos movimentos nos bastidores, de ambos os lados, visando se aproveitar da situação. Enquanto a direita buscava por um novo líder, mais sensato, equilibrado e competente do que aquele que, aparentemente, saía do jogo, a esquerda se preparava para o “golpe final” no lado rival, buscando surfar na onda antibolsonarista que ganhou força diante do mar revolto provocado pelo próprio ex-presidente.
A partir daí, criou-se uma unanimidade velada, tanto de um lado, quanto de outro: Romeu Zema seria, naturalmente, a liderança de direita mais credenciada a ocupar esse espaço, não por qualquer articulação política, mas por seu currículo, por suas credenciais, pelo resultado do seu trabalho, que o levou a um resultado histórico política mineira: a reeleição, no primeiro turno, de um político novato ao Governo de Minas.
Como tem sido corriqueiro no atual cenário do país, tanto os adversários internos da direita, quanto os detratores de esquerda elegeram Zema como a ameaça a ser combatida. É esse o real motivo de uma campanha que apenas começa a ser orquestrada para manchar o nome de quem pode, sim, ter sido infeliz nas palavras ao explicar os motivos da criação do bloco Sul-Sudeste. Mas esse mal-entendido não é motivo para que sejam ignorados os feitos de Zema como gestor público de um estado que, historicamente, também dá as cartas na política brasileira.
Se querem falar mal do Zema, que procurem atitudes do governador que, de fato, coloquem em xeque sua capacidade e honestidade. Até agora, nada foi encontrado.
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1 amuito boa análise!