Quem Você Realmente Segue: A Vida ou os Números?
Na era em que 'todo mundo é influencer' e o número de seguidores virou uma métrica de sucesso, quero começar me apresentando: sou uma filha muito amada e desejada por Deus Pai. Essa é a minha maior identidade e o ponto de partida para tudo o que faço e acredito.
E, já deixando claro, eu não sou influencer. Não porque isso não tenha valor, mas porque escolhi viver de uma forma diferente, mais alinhada ao que acredito. Dou aulas sobre gestão de imagem e, vez ou outra, isso gera curiosidade em algumas pessoas, pois mantenho meu perfil fechado no Instagram, por exemplo, com cerca de 100 pessoas. Hoje, na verdade tem 122 seguidores, que eu acabei de olhar enquanto escrevo — o que já considero muito! Sim, muito! Quando passa de cem, já fico agoniada mesmo, revisitando e avaliando realmente quem faz sentido estar ali. Me incomoda essa ideia de acumular seguidores como se isso fosse sinônimo de relevância ou sucesso. Essa importância "vazia" e interesse aleatório pela vida das pessoas é esquisito pra mim.
Pense comigo: quem realmente conhece e mantém uma relação significativa com mais de cem pessoas? Como se acompanha, participa e se interessa de verdade pela vida de tanta gente sem ser evasiva ou superficial? Para mim, isso não faz sentido. Se eu resolvesse fazer uma festa, quantos dos meus amigos das redes sociais chamaria? Nem espaço eu teria em casa.
Claro, cada rede social tem seu propósito. O LinkedIn, por exemplo, é uma plataforma incrível para conexões profissionais. Aqui, seguimos para agregar, aprender e crescer. Já no Instagram, muitas vezes a lógica gira em torno de exposição e engajamento. E está tudo bem, desde que faça sentido para quem está nessa jornada. Mas, para mim, a ideia de transformar minha vida em um passeio público nunca foi atrativa. Prefiro algo mais reservado, mais autêntico.
Recomendados pelo LinkedIn
Hoje, estamos tão conectados que parecemos desconectados. Relacionamentos verdadeiros — aqueles que acontecem no olho no olho, na troca de ideias e não na troca de curtidas — tornaram-se raridade. Antes, validávamos nossa existência nas relações humanas; agora, parece que buscamos isso em números na tela.
Cuidar da imagem, para mim, não é sobre popularidade. É sobre viver com propósito, ser fiel a quem você é e cultivar relações autênticas. Sou mãe, esposa, Ministra da Sagrada Comunhão em minha paróquia e atuo compartilhando meu conhecimento em palestras e aulas. Tenho nem tempo para "curiar" a vida de quem não me edifica. Prefiro usar meu presente e energia com quem compartilha do meu propósito e agrega valor à minha vida.
Acredito que na vida real, o simples ainda é o mais valioso. No final das contas, não importa quantos te seguem, mas quem caminha ao seu lado. Escolho ser feliz assim: com liberdade, propósito e as conexões que realmente importam. Essa, para mim, é a verdadeira medida de sucesso.
#SuaMarcaéVocê