As questões ambientais importam!
Acreditamos que nada jamais nos acontecerá. Nossas escolhas políticas e ideológicas, o saco plástico que não evitamos, os canudos que parecem inofensivos, o consumo desenfreado, a falta de empatia, e etc. Tudo isso financia os desastres ambientais e sociais.
As questões ambientais importam sim. Sempre importaram. Nunca foi algo intangível e indiscutível. Muito pelo contrário, porque muito se discute e efetivamente pouco se faz. Não precisamos aguardar que o mundo todo pegue fogo. Tudo já está muito claro.
A Amazônia é muito importante para o equilíbrio climático mundial, uma vez que representa 10% de toda a biomassa do planeta, ademais influencia diretamente no equilíbrio climático em toda a América do Sul. Querem uma prova? O céu cinza e sombrio de São Paulo em plena tarde do dia 19 de agosto deste ano. O fenômeno foi resultado da soma de uma corrente de ar fria e de ventos trazendo a fumaça dos incêndios e queimadas de Rondônia e Mato Grosso.
- A Floresta amazônica ocupa cerca de 60% do território brasileiro, abrangendo os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Roraima, Rondônia e Tocantins.
O enfraquecimento do Ministério do Meio Ambiente nos desesperançou, tendo em vista a intenção do governo atual em aumentar a exploração da “Amazônia Legal”. Isto se confirma com o Projeto de Lei do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) que defende o fim das Reservas Legais – área protegida que não pode ser desmatada em propriedades rurais – alegando o "direito constitucional de propriedade". Porém o mais contraditório disso tudo, é que o governo é signatário do Acordo de Paris, e um dos pontos chave é o desmatamento zero. "Bugou" junto comigo?
O número de multas aplicadas pelo IBAMA caiu em 34% entre janeiro e maio deste corrente ano, em comparação ao mesmo período do ano passado. Ainda no mesmo contexto surgiu o decreto que criou os chamados "núcleos de conciliação", que vão analisar as multas ambientais aplicadas pelos fiscais em todo o Brasil, por mais que os infratores não reclamem do procedimento. O governo também abriu mão de sediar a COP-25, maior encontro climático do mundo, que vai acontecer em novembro no Chile.
Por que estaríamos preocupados à toa com tantas evidências e comprovações científicas de que o nosso planeta está sofrendo? Será se estamos em um mundo paralelo? Eu acho que não. A Noruega e a Alemanha cortaram os repasses para o Fundo Amazônia. Fato. Será se esses países de primeiro mundo, muito bem posicionados e visionários, perceberam algo não tão bom?
O novo Código Florestal será benéfico para a proteção das florestas e do meio ambiente ou defenderá os interesses do agronegócio? Nós sabemos que a agricultura familiar é o que gera empregos de inúmeras pessoas, pois grandes agricultores contam com maquinários que as substituem, em sua grande maioria.
Podemos citar ainda a exploração dos minérios em terras indígenas, e a pecuária, que poucos imaginam, mas é a principal causa de desmatamento e alterações climáticas no mundo.
O desenvolvimento econômico tão defendido e foco do atual governo deveria ser repensado, ao menos. A ganância humana destrói o que ela - ironicamente - depende para sobreviver. O Desenvolvimento Sustentável é o caminho para construirmos um mundo melhor e saudável. Tornar-se potência mundial, está longe de apenas explorar e adotar parâmetros americanizados e europeus. O mundo está sofrendo uma crise existencial e ainda há pessoas que não tiram as vendas dos olhos. Sintam o cheiro de fumaça no ar, o calor do fogo que queima as nossas riquezas. O nosso planeta está em apuros.
Destarte, convido você a conhecer os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, presentes na Agenda 2030, da ONU, e entender de que forma podemos caminhar para um futuro melhor, onde o nosso planeta poderá encontrar outra realidade, diferente desta, na qual ele está sendo arrastado pelos cenários humanos de devastação, falta de cuidados e irresponsabilidade.
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