Rastreabilidade em tempo real: Conceitos chave para o sucesso - Simplicidade

Rastreabilidade em tempo real: Conceitos chave para o sucesso - Simplicidade

O conceito de simplicidade em um projeto de rastreabilidade em tempo real fim a fim, deve permear todas as principais decisões envolvidas. Esta muito ligado principalmente, à poucos e bons objetivos, mas também aos aspectos técnicos e organizacionais do projeto, como: hardware a ser adotado, tipos de etiquetas RFID a serem utilizadas no projeto, número de integrações, Reports a serem implementados etc. Considero que a simplicidade garantirá ao varejista, principalmente, o foco na solução do problema principal a ser resolvido. Por isso é tão importante.

Abordo abaixo este conceito de simplicidade em diferentes estapas e aspectos do projeto:

  1. Objetivos: poucos e bons KPIsEsta regra básica permitirá orientar todos os esforços da organização para um foco específico. Uma abordagem de, por exemplo, foco no incremento da acurácia de estoques é uma abordagem interessante, pois a partir deste ganho, naturalmente outros ganhos serão obtidos. É natural que, com o avanço do projeto, múltiplos departamentos da empresa comecem a perceber os inúmeros benefícios oferecidos por RFID ao varejista, o que é um forte incentivo para que busque-se também, novos objetivos. Isto gera perdas de eficiência e foco da equipe;
  2. Gestão da mudança: uma comunicação de forma clara e simplesCostumo dizer que a gestão da mudança é 90% de um projeto de rastreabilidade fim a fim na cadeia de suprimentos, via a tecnologia RFID. A boa gestão do projeto, comunicação, análise dos processos atuais e suas mudanças, devem estar no centro do projeto RFID. E a simplicidade deve permear tais ações. Por exemplo, será muito importante que ocorram reportes contínuos do projeto e adotar uma comunicação simples e orientada aos objetivos, fará com que a equipe do projeto e lideranças do varejista tenha um claro entendimento dos avanços;
  3. Treinamentos da equipe: escolha de uma metodologia eficaz A simplicidade na execução dos treinamentos, focando esforços no que realmente importa e aplicar o acompanhamento pela equipe de experts faz a diferença. Cada empresa possui sua forma de realizar os treinamentos e compreender este processo é importante. O RFID deve se adequar à esta metodologia comprovada. Uma iniciativa muito valiosa é de criar um grupo de líderes de lojas, que possam ser os pontos focais das iniciativas, quando ocorrerem problemas. Estes líderes, também auxiliarão muito a equipe com dúvidas que possam ter, resolver rapidamente pequenos problemas técnicos, auxiliar a abertura de novas lojas etc.
  4. Poucos casos de uso: foco nos processos que entregarão os resultados previstos no cálculo de ROIOs casos de uso são os novos processos que ocorrerão em lojas e centros de distribuição. Em RFID, as tarefas serão executadas de forma diferente à execução atual. E as pessoas tendem a possuir barreiras à oferecer resistências a novos processos. Por isso, quanto menos novos casos de uso melhor. Naturalmente com o tempo, há uma percepção geral que RFID trouxe vantagens sifnificativas, principalmente nos processos e execução, permitindo assim que novos casos de uso sejam agregados.
  5. Integrações: determinar inicialmente no projeto, as integrações mais relevantes e que são fundamentais para o arranque inicial do projetoPrincipalmente nas fases iniciais do projeto, por exemplo, quando o varejista pretende implementar a solução em poucas lojas, haverá uma limitação de disponibilidade de recursos de TI na empresa, para que as integrações ocorram. Realizar as mínimas ingrações, como arquivo de produtos e também os dados de estoque do ERP, elevará a acurácia de estoques. Antes de se pensar em mais integrações, deve-se garantir que as mais básicas ocorram.
  6. Etiquetas RFID: poucos modelos de etiquetasUma meta importante dos programas de RFID é reduzir continuamente os tipos de etiquetas a serem utilizadas. A limitação dos tipos de etiquetas possui um benefício importante principalmente na complexidade de fabricação, distribuição e codificação das etiquetas em toda a cadeia. Adicionalmente, possui um potencial de redução no preço das etiquetas, pelo aumento de volume de poucos tipos de etiquetas no programa;
  7. Hardware RFID: comece o projeto com Handhelds RFIDNormalmente, partindo-se por exemplo de um objetivo de incremento da acurácia de estoques, é possivel implementar ao menos na fase inicial do programa, apenas coletores móveis RFID (Handhelds RFID). O mesmo equipamento será utilizado para múltiplas tarefas, como inventários, recebimentos, expedições etc. Pode-se também nos Centros de distribuição aplicar esta tecnologia. Esta abordagem reduzirá investimentos.
  8. Software: foco naquilo que dará os resultados mais rapidamentepensar em um software que entregue o objetivo principal do programa de forma simples e rápida, é fundamental. Logicamente outros conceitos como escalabilidade devem ser considerados. O parceiro de software deve ser capaz de implementar o projeto. Seu know-how em implementações de Rollout devem ser comprovado. Oferecer as garantias de robustez que o varejista precisa. Considerar a iniciação do programa com poucas integrações, também é uma prática importante.

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