A recriação
Ver aquele gigante do passado tombar depois de sua testa acertar, parece ter sido mais fácil que enfrentar os atuai teratológicos que os mitológicos voltaram a recriar, na América e em todo o lugar onde seus tentáculos podem alcançar, as instituições públicas sugadas até ficar sem forças para educar, seus membros na direção de se movimentar no sentido de empunhar a pedra e lançar, contra o mito criado para as privatizar em troca do vale que a Vale dar, aos Brumadinhos as Marianas e todos os abraçados pelos braços a se cobrar, nos preços dos alimentos, no botijão de gás, na conta de luz e de água onde só escapa o ar, que ainda não encontraram um jeito de tributar nem de empossar algum amigo em sua “agência reguladora” dos preços que só fazem aumentar, para o pobre que ao reclamar, o mandam seus direitos procurar, com procuradores e juízes que se quiserem serem indicados para desembargar, não podem contrariar os que também indicam quem está no cargo a cobrar, os preços abusivos dos que não podem pagar e esperam o vento soprar, o que pode ocorrer quando o povo se movimentar em direção às urnas que taparam as fendas que estavam aparecendo lá, onde as sucessivas convulsões sociais começaram a rachar no lugar onde as rachadinhas estão rachando cá, onde se prevê um semelhante tsunami para apagar, o calor dos longos discursos que restam vazios ao conjecturar, sobre se os ventos sopram daqui pra lá ou estão soprando de lá pra cá, onde os caniços começam a se agitar a procura de algo grande para se escorar, como os antigos edifícios construídos com a “dita dura” ferragem feita para não se flexibilizar, aos ventos democráticos que desde 1988 estão a soprar, nos antigos porões onde as grandes edificações vieram a se alicerçar, em “códigos de éticas” como o dos causídicos que como os gigantes antigos continuaram a causar, a causa de instituições sólidas ficarem próximas de desabar, no descrédito de que são “incompetentes” para processar e Julgar” concertar as rachadinhas protegidas da luz solar, nos referidos porões onde o vento nunca deixou de soprar e denunciar que o “tribunal do trabalho” iria desabar, por se fixar nessa argamassa de “areia do mar”, que corrompe tudo o que encobre com seu manto branco que faz qualquer ferragem enferrujar, dentro da mais sólida estrutura que venha a se montar sem um “Guardião” atento para a reparar, mesmo que aos 45 do segundo tempo onde o vento tende a refrescar o calor que não pode acordar quem estar no último andar, da construção sobre o porão que o mesmo vento vai visitar sem encontrar nenhum serviço de manutenção por lá, por onde todos pegaram o elevado de acesso rápido ao último andar, onde estão alicerçadas as teorias das escolas que vivem a flutuar, no “câmbio flutuante” dos economistas que insistem em formar para viajar, daqui pra lá pro “novo mundo” onde os bons ventos da liberdade começaram a soprar desde que sopraram cá, separados por um lapso de tempo entre os porões dos navios que deixaram o “velho mundo” para o novo habitar, e os que atravessaram o oceano com gente para explorar, alguns com o nome de imigrantes e economicamente diferenciados por ganharem um pedaço de terra para plantar, as commodities exportadas pelo “agro negócio” que não permite a “agricultura familiar” se desenvolver e se diversificar, entre todos os que tem direito de trabalhar no porão que sem manutenção pode rachar, com o excesso de peso no superior andar que a estrutura não pode suportar no barco daqui nem no de lá, que para não afundar teve que parar para se concertar, pelo povo que viu seu casco rachar e a água do umbigo passar, forçando o olhar para mais longe num horizonte onde todos podem estar pela competência de dirigir ou de reparar, as pequenas “brechas” que nem chegam a incomodar os isentos e imunizados de se tributar, pela preguiça dos eleitos que só conseguem levar os boletos só até o “quinto” andar, do constitucional pelo qual pode indica quem vai subir e quem vai ficar, na base, que se desmoronar por falta de habilitados para suas rachadinhas arrumar, o resto não se manterá com todo esse peso dos que pegaram o elevador e subiram para o alto onde começaram a engordar, com supersalários, contratos superfaturados, e tudo que fica à disposição de quem não precisa se preocupar em trabalhar nem em mudar o que aí estar.
Miguel Flávio Medeiros do Carmo
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