Redução de custos: entenda como fazer na sua empresa ainda hoje

Redução de custos: entenda como fazer na sua empresa ainda hoje

Seja lá qual for o segmento de atuação de uma empresa, certamente ela está inserida em um mercado competitivo – essa é uma consequência da globalização. Logo, para lucrar frente à concorrência, é fundamental que as empresas busquem otimizar a qualidade de seus produtos, encontrar seu diferencial competitivo e buscar sempre a redução de custos.

Toda empresa, para se manter de pé, precisa gerar receitas que sejam suficientes para cobrir os custos e gerar lucro.

Para potencializar o lucro e tornar a preocupação com os custos ainda menor, é indispensável articular uma estratégia de redução de custos.

A falta de acompanhamento de custos é a raiz do descontrole financeiro de muitas empresas, situação que pode gerar falência.

Isso é ainda mais comum entre as organizações iniciantes, onde o foco dos gestores está quase centralizado nas vendas.

Além disso, muitos empreendedores iniciantes definem uma tabela de preços sem levar em conta todos os seus custos. Isso pode gerar danos significativos no lucro.

Pensando nisso, preparamos esse artigo para te auxiliar a começar um plano de redução de custos para a sua empresa ainda hoje. Aproveite!

Quais são os tipos de custos existentes em um negócio?

Antes de partir para a redução de custos, é essencial compreender a diferença entre todos os custos presentes no ambiente empresarial, para garantir que os cortes sejam feitos naqueles supérfluos e/ou excedentes.

Entenda quais são os tipos de custo de uma empresa e entenda a diferença entre eles:

Custos diretos

Os custos diretos são aqueles diretamente ligados a um produto. São mensuráveis, podendo ser incluídos de forma direta no cálculo da produção.

Por terem ligação direta com os produtos da empresa, não são submetidos a critérios de rateio para alocação.

Exemplos:

  • Matérias-primas usadas na fabricação;
  • Mão de obra direta;
  • Serviços subcontratados/terceirizados, mas aplicados diretamente na produção;
  • Salário dos colaboradores, encargos sociais, provisão de férias e décimo terceiro salário;

Custos indiretos

Custos indiretos são aqueles que não são identificados diretamente nos produtos e serviços. Por isso, não há a necessidade de serem submetidos a critério de rateio para alocação.

Exemplos:

  • Mão de obra indireta (supervisores, controle de qualidade, vigilância, limpeza e manutenção de equipamentos);
  • Materiais indiretos (empregados nas atividades de auxílio a produção);
  • Seguros, depreciação de equipamentos e aluguéis;

Custos fixos

Os custos podem ser elencados também de acordo com a sua periodicidade. Os primeiros dessa classificação são os custos fixos.

São definidos como custos fixos aqueles que não sofrem variações influenciadas pelo volume de produção.

Porém, não caia na besteira de imaginar que os custos fixos jamais serão alterados. O aluguel, por exemplo, é um custo que sofre reajustes e mesmo assim é definido como um custo fixo, já que essa variação não é influenciada pela produção.

Confira alguns custos fixos:

  • Aluguel;
  • Vigilância e segurança;
  • Telefonia;
  • Limpeza;
  • Manutenção;

Custos variáveis

Os custos variáveis, por estarem diretamente ligados à produção da empresa, podem sofrer alterações de um período a outro.

Exemplos:

  • Matéria-prima – se a produção cresce, logo, mais material é utilizado e assim maior é o custo;
  • Comissão de vendedores;
  • Fretes;

Custos administrativos

Os custos administrativos são aqueles ligados à administração do negócio, como os custos com marketing, gestão de pessoas, materiais de escritório e mais.

Custos recorrentes

Os custos recorrentes são os que ocorrem ou vão ocorrer em uma estrutura pré-determinada de negócio e, por isso, precisam ser considerados, como:

  • Os salários e os ordenados;
  • Os pagamentos para os equipamentos alugados para a operação do negócio, computadores, registros de ponto de venda, máquinas copiadoras e outros.

Custos não recorrentes

Os custos não recorrentes também são conhecidos como custos de inicialização. São custos isolados, pois o desembolso de dinheiro é realizado apenas uma vez.

Custos de qualidade

Os custos de qualidade são aqueles envolvidos em uma produção para se atingir os padrões de qualidade pré-estabelecidos de um produto.

  • Custos de prevenção: são feitos para controlar a qualidade dos produtos, evitando gastos originados de erros no sistema produtivo. Exemplo: planejamento da qualidade.
  • Custos de avaliação: são os custos com atividades desenvolvidas na identificação de defeitos antes dos produtos chegarem aos clientes. Exemplo: inspeção de estoque.
  • Custos de falhas internas: são os custos que acontecem devido a algum erro do processo produtivo, seja por falha humana ou falha mecânica.
  • Custos de falhas externas: são os associados a falhas que acontecem já fora do ambiente da fábrica. Exemplo: trocas, reparos, substituição de produtos.

Como fazer a redução de custos da sua empresa

Compreendidos e separados os custos do seu negócio, é hora de colocar a mão na massa com atitudes simples que vão colaborar para uma redução de custos efetiva e consciente para a sua empresa. Confira!

Analise os seus custos frequentemente

Nada de sair cortando custos no “achômetro”! É essencial entender a relevância do custo para a produtividade e as vendas da empresa.

De tempos em tempos, os gestores precisam listar os custos da empresa e avaliá-los, pensando em quais podem ser otimizados, negociados para melhorar o valor e os que, de fato, podem ser extintos.

redução de custos deve ocorrer naqueles que têm menor participação no lucro. Na dúvida, questione-se qual o impacto do corte daquele custo na produção e na qualidade de vida das pessoas.

Envolva a sua equipe

Para entender quais custos devem ser reduzidos, nada melhor do que consultar sua equipe produtiva.

São os colaboradores que trabalham dia após dia com a produção, logo, eles têm uma visão mais apurada para os desperdícios e sabem identificar em quais etapas e setores produtivos a perda de material é significativa.

Otimize seu processo seletivo

Selecionar colaboradores levando em conta apenas a sua capacidade técnica é errado. A contratação deve coletar candidatos alinhados aos valores da sua empresa.

Isso possibilitará fácil adaptação da nova equipe com a rotina e os processos da organização, evitando gastos com futuras demissões por falta de adaptação e novas admissões, bem como os custos de treinamento.

Ah, e antes de abrir um processo seletivo, verifique sempre a necessidade de recrutar. Muitas vezes a falta de pessoal pode ser resolvida por meio do recrutamento interno, com promoções ou realocação de pessoal.

Outra alternativa para a redução de custos com contratação é a terceirização nas funções que não influenciam a atividade-fim na empresa.

Negocie com bancos e fornecedores

As tarifas bancárias tomam parte das receitas empresas. Se sua empresa é fiél a um banco, vale a pena reduzir os custos com tarifas renegociando.

Para isso, domine o seu fluxo de caixa e tenha em mãos seus extratos bancários na hora de fechar um novo acordo.

Já os fornecedores chegam a significar metade dos gastos de uma organização. Por isso, conheça a concorrência e busque a redução de custos com os fornecedores pela barganha.

Aumente o giro do seu estoque

Estoque parado significa que um capital aplicado não está gerando rendimento! Além disso, há o custo extra de armazenamento.

Por isso, busque promover a redução de custos aumentando o giro do seu estoque. Para isso, o ideal é estimular a equipe de vendas, a fim de conquistar novos clientes e manter o estoque sempre girando.

Considere a troca do regime tributário

A melhor maneira de atingir a redução de custos com impostos é buscar o regime tributário adequado para a sua empresa.

Os regimes de Lucro RealLucro Presumido e Simples Nacional tem alíquotas diferentes, créditos e deduções próprios.

Portanto, vale a pena simular com um contador quais sistemas são mais econômicos e benéficos para a sua empresa.

Uma troca de regime de tributação pode ajudar na redução no imposto de renda, na contribuição fiscal, na contribuição para o financiamento da seguridade social (COFINS) e no programa de integração social (PIS).

Está mais simples agora elaborar um plano de redução de custos para o seu negócio?

Entender os principais tipos de custo de uma empresa e articular maneiras de reduzi-los é uma importante estratégia para garantir a saúde financeira e evitar cortes radicais nos tempos de crise econômica externa e interna.

Agora que você já entende como fazer uma redução de custos para a sua empresa, que tal fazer o seu negócio decolar? Baixe o nosso guia completo de como atrair investidores para a sua empresa.

Por Natália da Keruak| www.keruak.com

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