Reflexões sobre o mercado de comunicação
Esse texto foi criado em atividade para a disciplina de comunicação integrada do curso de gestão estratégica em UX designda ESPM.
É comum encontrar em livros de teoria da comunicação a afirmativa “a comunicação é uma necessidade humana” e de que “somos seres que vivem em comunidade”. Ao analisar essas citações, é possível traçar um paralelo com a migração dos usuários dos chamados meios tradicionais de mídia para as redes sociais, meios de comunicação horizontal, e perceber como elas ganharam destaque como veículos midiáticos, mas que vem perdendo força para persuadir a geração Z.
As empresas, com pressa para aderirem ao modismo midiático, utilizam de CRM para filtrar suas vendas e direcionar determinados produtos a usuários que consideram como público, mas ainda assim agem de maneira similar dos ambulantes que anunciam seus produtos aos berros dentro de ônibus, metrôs ou pelas ruas. Fazer apenas promoção do produto já não é mais o suficiente; é necessário desenvolver a comunicação e a inteligência de mercado da empresa para efetivar o contato com o usuário.
O objetivo dessas empresas é impactar da maneira mais fácil e menos dispendiosa o possível, o tempo inteiro e em todos os lugares possíveis. Entretanto, consideram como “todos os lugares possíveis” apenas o meio digital, se apoiando em algoritmos dessas redes sociais, que são suscetíveis à mudanças constantes, sejam por fatores internos ou por externos, a exemplo da Lei Geral de Proteção de Dados no Brasil, que implica na criação de uma legislação específica para como as empresas captam e usam os dados dos seus usuários.
Assim, a maneira como a empresa lida com o acesso e a transparência às intenções de como ela lida com os dados dos seus usuários torna-se mais do que um diferencial para uma obrigação legal.
Há, por outro lado, empresas puramente digitais, que nasceram no meio de redes sociais, e que focam em impactar o seu público pela criação de conteúdo autêntico, transformando o produto em um apenas um elo entre produtor e consumidor, não o objeto de desejo.