Representatividade das mulheres nas organizações

2020 está chegando ao fim e com este ano, vieram muitos aprendizados. Mas gostaria de compartilhar uma reflexão.

Você sabia que apenas 3% dos cargos de liderança nas empresas são ocupados por mulheres? Isso é o que mostra o estudo "Sem Atalhos: transformando o discurso em ações efetivas para promover a liderança feminina", realizado em 2019 pela consultoria Bain & Company em parceria com o LinkedIn. 

Existem diversos pontos que entram em questão quando o assunto é igualdade de gênero no trabalho. Uma delas são as influências do meio, ou seja, como as crenças limitantes são multiplicadas por preconceitos e estereótipos culturais. Além disso, o sistema sociológico, político e cultural em que estamos inseridas.

Outro ponto é que as mulheres são encaminhadas desde pequenas à economia do cuidado, a tudo que é ligado ao mundo "cor de rosa". Cuidar das bonecas, limpar a casa, fazer comida. Com isso, essas tarefas acabam virando responsabilidade feminina.

A licença maternidade é uma questão que aparece em diversos momentos. Porém, os custos indiretos associados à maternidade e ao cuidado infantil representam menos de 2% da remuneração bruta mensal das mulheres, de acordo com a pesquisa "Questionando um mito: Custos do trabalho de homens e mulheres", realizada em 2002 e atualizada em 2005 pela Organização Internacional do Trabalho em cinco países a América Latina.

Também é importante falar sobre o assédio sexual e moral. 47% das mulheres já sofreram assédio sexual no ambiente de trabalho, de acordo com a pesquisa “O ciclo do assédio sexual no ambiente de trabalho”, realizada pela consultoria de inovação Think Eva e a rede social profissional LinkedIn.

Por fim, se mantermos o ritmo atual, a desigualdade de gênero no trabalho só acabará daqui 59 anos no Brasil, conforme relatório anual sobre igualdade no mundo, realizado pelo Fórum Econômico Mundial (WEF) em 2019. 

Encerro este ano atípico com essa "pulga atrás da orelha". Pois essa pauta é algo que acredito que deve gerar incômodo a todos. Não só a nós, mulheres, que lutamos por um espaço que é nosso por direito.

Compartilho o link da reportagem que fiz acerca desse tema no meu Trabalho de Conclusão de Curso. Existem diversos desdobramentos acerca desse tema. Trouxe aqui apenas alguns pontos trazidos durante as entrevistas que realizei.


Natália Fagundes Coutinho

Supervisor de Customer Experience at Tok&Stok

4 a

Perfeita, Lele! Reflexão que deveria estar em várias pautas por aí...

Muito boa reflexão!! 👏🏼

Entre para ver ou adicionar um comentário

Outras pessoas também visualizaram

Conferir tópicos