Resiliência no Local de Trabalho: O Herói Não Celebrado do Crescimento Profissional

Resiliência no Local de Trabalho: O Herói Não Celebrado do Crescimento Profissional

Já é comum falar de resiliência como uma das qualidades mais importantes de um empreendedor, e afinal, realmente é uma das características prioritárias que o fará alcançar o sucesso. 

Entretanto, se fala menos sobre a resiliência no contexto daqueles que trabalham como funcionários e querem desenvolver uma carreira crescente e evolutiva em seu mercado de forma excepcional. 

Na minha opinião, a maior diferença entre grandes e pequenos profissionais, sejam eles empreendedores ou colaboradores, está em persistir e se dedicar a algo, e especificamente não desistir em situações desconfortáveis que aparecem ao longo do caminho. A história de qualquer negócio ou carreira é feita de momentos de frustração, nos quais se perde muito, ou melhor, parece se perder. Entretanto, é o desafio de continuar que nos faz aprender mais do que em qualquer escola.

Como investidor anjo, e também profissional ativo em startups durante muitos anos, eu percebi o quanto é comum que o empreendedor tente fazer o negócio acontecer por cerca de um a três anos, desista e volte ao trabalho como contratado. Acompanhei também, com ainda muito mais frequência, o quanto funcionários "pulam fora", não só em momentos de dificuldade das empresas, mas também em busca de experiências “diversas”, o que torna a troca de emprego muito frequente hoje em dia. 

Só de observar o LinkedIn, percebo a quantidade de pessoas que estão há pouquíssimo tempo em uma companhia, já falam sobre projetos bem sucedidos concluídos, dos valores empresariais e sobre sentimento de pertencimento de forma rasa nas redes sociais, muito mais como status que como verdadeiro sentimento de vestir a camisa e seguir uma trajetória de alegrias e tristezas junto à empresa. 

Basicamente, dois fatores impedem um profissional em maximizar o potencial dele na criação de valor, e assim também nas oportunidades de recompensa dentro de uma empresa: a busca rápida por uma “oportunidade melhor”, ou o “abandono” em momentos de crise. 

Considero que a evolução no cargo, principalmente focada em posições de liderança e gestão em um ambiente mais "complexo" está na permanência por, ao menos, 2 anos nessa função. Para se criar valor em suas tarefas e ser reconhecido pelo seu trabalho, é preciso vivenciar a empresa por um período mais longo entendendo como suas habilidades e a aplicação delas funcionam da melhor forma para a posição que se ocupa. Só assim será possível conquistar reconhecimento no mesmo nível de sua dedicação.

Já se tornou "comum" essa rápida troca de empresas em curtos períodos de tempo, impedindo o desenvolvimento do pleno potencial de cada profissional, bem como bloqueando o real entendimento do funcionamento empresarial, processo que demora muito mais que 2 anos.

Os verdadeiros heróis dos nossos times são os funcionários resilientes, aqueles que sabem como manejar seus esforços em momentos de dificuldade, sendo empreendedores da sua própria força de trabalho. São esses os que ficam durante a jornada de ascensão de uma empresa, os quais assumem posições de liderança e enriquecem junto à companhia. São esses que aprendem na marra como é difícil se construir uma empresa bem sucedida, como isso envolve esforço, sofrimento e uma dedicação enorme. Assim, eles desenvolvem outras soft-skill críticas, como: empatia, habilidades mais diversificadas de comunicação e um profundo entendimento da importância de narrativas. 

Mas como se pode compreender que aquele negócio ou empresa na qual você trabalha realmente vale a pena o esforço e a insistência, mesmo diante das dificuldades? Afinal você não quer perder anos e anos numa empresa que talvez nunca retribua o seu esforço ou na qual você nunca será bem sucedido (e infelizmente muitas stratups realmente não alcançam o sucesso).\

Costumo dizer que o mais importante é conhecer e entender quem está com você nessa caminhada e ter diálogo aberto com seu time e gestão! Entender profundamente as pessoas, os valores e a visão da empresa para compreender se o esforço é ou não válido. 

Sugiro, inclusive, uma análise: a empresa tem casos de pessoas que cresceram e se desenvolveram internamente? O que eles fizeram para atingir esse objetivo? Se sim, converse com essas pessoas, entenda suas trajetórias e se inspire.

A empresa oferece um plano de opções de ações ou um incentivo semelhante, permitindo que membros dedicados da equipe participem do sucesso financeiro do negócio? Se sim, tente entender como ele funciona e como você pode ter acesso a ele.

Se sua conclusão for positiva, siga em frente e valorize essa oportunidade! Encontrar um time de pessoas comprometidas, resilientes e, principalmente, pessoas que te desafiem, é o cenário ideal para persistir. Se as encontrar, dedique sua energia para estar com elas e crescer junto, mesmo que por muitas vezes isso seja desconfortável. 

São as pessoas que te desafiam constantemente que te farão crescer. Você não vai achar muitas oportunidades assim na vida. O que aprendi com a minha experiência é que a maioria das pessoas talvez nunca encontrem essa oportunidade. Então quando você estiver trabalhando com um time de pessoas excepcionais que estão criando algo excepcional, cuide e valorize isso ao invés de pensar na próxima oportunidade.

Foi isso que aprendi ao longo da minha carreira aqui na B4A e também em outras empresas que estive. Aqueles que me desafiaram e me tiraram da zona de conforto, cresceram comigo. Eu agradeço por estarem junto a mim também nas dificuldades, por acreditarem em seus próprios potenciais e também no meu. O tempo prova o quanto isso é recompensador. 


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Resilience in the Workplace: The Unsung Hero of Professional Growth

It's common to talk about resilience as one of the most important qualities of an entrepreneur, and indeed, it is one of the key characteristics that will lead to entrepreneurial success.

However, less is said about resilience in the context of those who work as employees and want to develop a growing and evolving career in their market in an exceptional way.

In my opinion, the biggest difference between great and mediocre professionals, be they entrepreneurs or employees, is to persist and dedicate oneself to something, and specifically not to give up in uncomfortable situations that appear along the way. The history of any business or career is made up of moments of frustration, where much is lost, or rather, seems to be lost. However, it's the challenge of continuing that teaches us more than any school could.

As an angel investor, and also an active professional in startups for many years, I have noticed how common it is for entrepreneurs to try to "make it happen" for about one to three years, give up, and go back to work as an employee for someone. I have also witnessed, even more frequently, how employees "jump ship", not only in times of company difficulties but also in search of "diverse" experiences, which makes job hopping very frequent nowadays.

Just by observing LinkedIn, I notice the number of people who have been in a company for a very short time, already talking about successfully completed projects, corporate values, and a shallow sense of belonging on social networks, more as a status than a true feeling of commitment, following a path of joys and sorrows with the company.

Basically, two factors prevent a professional from maximizing their potential in creating value, and thus also in reward opportunities within a company: the quick search for a "better opportunity", or "abandonment" in times of crisis.

I consider that the evolution in a position, especially focused on leadership and management positions in a more "complex" environment, lies in staying for at least 2 years in that role. To create value in your tasks and be recognized for your work, it is necessary to experience a company for a longer period to develop an understanding of how your skills and their application work best for the position you hold. Only after that, it will be possible to achieve a level of recognition that matches your dedication.

It has become common to rapidly switch from one company to the other, preventing the development of a professional's full potential, as well as inhibiting the development of a really profound understanding of a business, a process that usually takes longer than 2 years.

The true heroes of our teams are the resilient employees, those who know how to manage their efforts in times of difficulty, being entrepreneurs of their own workforce. These are the ones who stay during a company's rise, take on leadership positions and prosper with the company. These are the ones who learn the hard way how difficult it is to build a successful company, and how it involves effort, suffering, and tremendous dedication. Thus, they develop other critical soft skills, such as empathy, more diverse communication skills, and a deep understanding of the importance of narratives in a corporate environment.

But how can you understand that the business or company at which you work is really worth the effort and persistence, even in the face of difficulties? After all, you don't want to waste years in a company that may never return your effort or where you may never succeed (and unfortunately many startups actually never achieve success).

I usually say that the most important thing is to know and understand who is with you on this journey and to have an open dialogue with your team and management. Deeply understand the people, values, and vision of the company to understand whether the effort is worth it or not.

I suggest an analysis: does the company have cases of people who have grown and developed internally? What did they do to achieve this goal? If so, talk to these people, understand their paths, and be inspired by them.

Does the company offer a stock-option plan or a similar incentive, allowing dedicated team members to share in the financial success of the business? If so, try to understand how it works and how you can get access to it.

If your conclusion is positive, go ahead and value this opportunity! Finding a team of committed, resilient people, especially people who challenge you, is the ideal scenario to persist. If you find them, dedicate your energy to be with them and grow together, even if it's often uncomfortable.

It's the people who constantly challenge you that will make you grow. You won't find many opportunities like this in life. What I've learned from my experience is that most people actually never find this opportunity. So when you're working with a team of exceptional people creating something exceptional, take care of and value that instead of thinking about the next opportunity.

This is what I've learned throughout my career here at B4A and also in other companies where I've been. Those who challenged me and took me out of my comfort zone grew with me. I am thankful for them being with me also in difficulties, and for believing in their own potential and also in mine. Time proves how rewarding this is.

"Forte não é o que nunca cai, mas o que, desafio após desafio, torna-se ainda mais resiliente. "

Jonh Sousa

Engenheiro de Software Full Stack | JavaScript, TypeScript, Node.js, Next.js, Angular | Performance, Escalabilidade e Arquitetura de Sistemas

1 a

Quando paramos de ver os desafios como problemas e começamos a enxergar todas as oportunidades inerentes de cada um, o progresso vem. Só vive o propósito quem suporta o processo. PS: Cada caso uma análise, pois nem tudo é oportunidade.

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