Responsabilidade e culpa: o que me cabe e o que convém que caiba ao outro

Responsabilidade e culpa: o que me cabe e o que convém que caiba ao outro

Estava para falar disso há um tempo e, ontem pela manhã quando ouvi Cortela falando sobre “o hábito de transferir a culpa”, a reflexão ficou mais nítida em minha mente e durante sua narrativa, sempre muito lúcida, ele citou alguns pensadores e exemplos deste traço que compõe a subconsciência do indivíduo comum.

Kant dizia que culpa esta diretamente atrelada a responsabilidade, que por sua vez significa liberdade e por conseguinte Direito e moral. Logo culpado é todo aquele que pode ser responsabilizado pela sua ação ou omissão.

Já Niet em ‘Vontade de Potência’ tenta estabelecer aspectos de como o homem aprendeu a inverter valores e criar mundos. Lá ele fala sobre a consciência de culpa e o sentimento de falta, que nos leva ao título: como identificar a linha tênue entre responsabilidade e culpa e como podemos fazer o que é certo sempre, sem pensar no que convém.

Sem falar mais de filosofia e indo no cerne da questão, quando na nossa rotina acabamos por ter essa atitude?

A resposta é muito mais simples que todo esse texto! Acontece quando tomamos ciência de uma situação ou problema e em vez de a várias mãos construir uma solução, orientar e com agilidade seguir para uma nova etapa, preferimos eleger personagens que são vilões, ou ainda apenas oferecemos o abandono a situação delegando a responsabilidade a outrem.

Então mesmo que a responsabilidade direta pelo ato ou fato não seja nossa, se podemos (e geralmente sim, podemos) agir na solução ou apoio à solução/orientação, por que então apontar o dedo ou ser omisso, ou dizer que a responsabilidade pelo nosso ato é do outro por consequência de suas ações.

O quanto posicionamentos como este atrapalham a evolução de um negocio, o desenvolvimento de pessoas e o sucesso coletivo?

Quando se trata de comportamento há sempre a possibilidade de decidir, escolher em função da própria vontade, isenta de qualquer condicionamento, motivo ou causa determinante, ou seja, livre arbítrio.

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