REVOLUÇÃO CONSTITUCIONALISTA
Hoje é feriado no Estado de São Paulo, e como a B3 (bolsa de valores) se situa lá, não há pregão. O motivo do feriado é a revolução constitucionalista, movimento contra o governo de Getúlio Vargas no ano de 1932.
Depois da morte de quatro jovens, a saber, Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo, foi organizado um movimento clandestino, cujo nome era uma sigla inspirada na inicial dos nomes dos rapazes, MMDC.
Achando que teria adesão por parte dos outros Estados, São Paulo começou uma luta armada, mas só teve apoio de Mato Grosso. Foram três meses de conflitos intensos, até que, em 2 de Outubro de 1932 houve a rendição do exército constitucionalista.
O Exército constitucionalista foi o nome dado ao grupo que se levantou contra o governo de Vargas. Em sua maioria era composto por jovens da classe média, que queriam uma redemocratização do país.
Afinal, Getúlio Vargas, que havia sido derrotado na eleição de 1930, assumiu a Presidência da República, sob o argumento de que seria um governo provisório, onde fechou o congresso nacional, as assembléias estaduais e municipais e cassou a constituição de 1891.
Ao assumir, Vargas pôs fim a política do café com leite, pois Minas Gerais e São Paulo se revezavam na indicação do Presidente da República. Em 1934, um interventor paulista conseguiu promulgar uma nova constituição.
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Mas, ela teve vida curta, pois em 1937 Vargas assumiu novamente o poder até 1945 e revogou a constituição ora criada.
Olhando para a história do Brasil, vejo como as coisas já foram bastante conflituosas. Antes desta verdadeira guerra civil, se perguntássemos para qualquer cidadão se alguém achava que o Brasil viveria isso, ninguém apostaria que ocorresse.
Esta é a nossa dificuldade de prever o futuro: por mais pessimistas que possamos ser, nunca cogitamos o pior cenário possível, e sendo assim, não nos preparamos minimamente para o que possa vir.
Não é porque não queremos guerras que elas não ocorrerão. Sobrevive quem está preparado para tudo.