A riqueza intangível
Muito se fala hoje sobre o fato de estarmos na era do conhecimento, sobre a necessidade de valorização, por parte das empresas, da experiência e do conhecimento que reside em cada funcionário caso se queira obter sucesso nos mercados atuais. Karl Marx, durante a Revolução Industrial, dizia que o proletariado precisava apoderar-se dos meios de produção, àquela época representados por ativos físicos como a terra ou as máquinas. Atualmente, na revolução do conhecimento, os meios necessários à produção de riquezas – conhecimento tácito e explícito – estão de fato com as pessoas. Estaria Marx certo, afinal?
Reflexões à parte, é preciso reconhecer que existe uma escala ascendente das principais “matérias-primas” com que trabalhamos no nosso dia-a-dia. Dados seriam as unidades básicas nesta nova era dos negócios, que na maioria das vezes não dizem muita coisa por si só. O faturamento da sua empresa neste mês, por exemplo, é um dado. Ele não informa se a empresa está tendo lucro ou prejuízo; se está proporcionando um retorno adequado sobre investimento; ou se a empresa está num período de crescimento, maturidade ou decadência, entre outros movimentos.
Isso nos leva ao próximo nível de matéria-prima: a informação, que é um conjunto de dados acrescido de interpretação. No mesmo exemplo citado, reúna dados de faturamento dos últimos doze meses, dos movimentos macroeconômicos, dos concorrentes, de pesquisas com clientes, e você pode ser capaz de delinear um cenário que pode até levá-lo à decisão sobre continuar no setor de negócios em que atua ou se é hora de mudar.
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Se dados e informações são cumulativos, o conhecimento, por sua vez, é seletivo: cada um de nós decidirá, a partir da asfixiante massa de informações que nos atinge a cada dia, quais as mais relevantes para nós. Aqui, já estamos na esfera da personalidade, do individual, da escolha. Acrescentando a experiência, os valores e talentos humanos, todos insubstituíveis, chegamos ao nível mais sofisticado de riqueza humana, totalmente intangível: a sabedoria.
Se com o conhecimento adquirimos a potencialidade da ação, como a sabedoria realizamos de fato essa potencialidade, buscando agir sempre da melhor maneira possível. E a sabedoria é tão poderosa que, mesmo quando não agimos da melhor forma, no mínimo aprendemos com nossos erros e nos aperfeiçoamos.
Por Carlos Alberto Júlio
PROFISSIONAL DE TI /LOGÍSTICA
1 aCarlos Julio, acho eu, que a primeira análise das vendas quem fará é a IA é um caminho sem volta. Ela mudará o nosso comportamento (mudança de habito). A base do conhecimento estará armazenada nas nuvens.
CEO e Diretor de Conteúdo no Portal do Garrett
1 aVocê sempre desperta em nós uma reflexão, Mundo cheio de complexidades e aprendizados diários forte abraço
+ de 35 anos inspirando pessoas com Palestras, Livros e Imersões.
1 aConcordo Contigo, estamos na era do conhecimento, mas ele é raso e muitas vezes incipiente. A informação que temos é um breve diagnóstico, a causa do sucesso ou fracasso dependem de fatores intangíveis e incontroláveis. Esse é o grande barato do empreendedorismo. Sem a Soft Skill da Resiliência, viramos cordeiros do governo rapidamente.
Orientador Comportamental- Recrutador de Potencialidades-Consultor Organizacional
1 aParabéns!