SÓ MAIS UM EPISÓDIO, EU JURO!

SÓ MAIS UM EPISÓDIO, EU JURO!

Uma epifania louca sobre comportamento, séries e “NÃO ACREDITO!!!11!1!ONZE”



Nós queremos envolvimento! Seja assistindo Game of Thrones ou Big Brother, a produção de conteúdo tem por objetivo a atração de públicos para que uma proposta seja passada. Seja ela educativa (vai me dizer que você nunca se encantou pelas fábulas de um folclore?) ou comercial (quanto mais pessoas, mais mídia).

Em 2015, um dos países que mais produz conteúdo do mundo, o Estados Unidos (GASPS!) entregou ao público 409 títulos. Quase o dobro do produzido em 2009 (211 séries). Naquela época especialistas estimaram que em 2017 essa bolha iria estourar. Mas não é bem o que nós enxergamos no início deste ano.

Em minhas redes sociais possuo diversos tipos de conexões com divergências de comportamento. Geeks, LGBTs, Gamers, Nacionalistas, seguidores do Plim-Plim (É SÉRIO ISSO? Preciso rever algumas solicitações de amizade)... Enfim, variados gostos que escolhem qual conteúdo consumir. Todos comentavam sobre séries diferentes. Isso me faz pensar se terei tempo de acompanhar os “Estou perplexo” após cada episódio assistido compartilhado.

Além de tempo, será que os produtores acertaram na mudança de rota no direcionamento de seus roteiros? Hoje não mais é possível identificar um conteúdo como “voltado para um grupo de telespectadores”. Estamos falando sobre olhar para o indivíduo. Conteúdos que envolviam a grande massa, por não ter acesso à essa diversidade de forma prática e rápida, hoje perdem audiência. Vejam o próprio Big Brother. BBB 12 tinha 25.5 pontos de audiência. O 17 alcança a marca dos 21.9 pontos, o pior já registrado. Teria essa queda uma relação de cansaço com o modelo ou porque agora eu posso desligar a TV e assistir Ru Paul’s Drag Race no Netflix? (By the way, Mama Ru >>>>>>>>> Tiago Leifert).

Ou pior, qual a influência que temos em nosso comportamento quando lidamos com as diversidades? O movimento anti-spoiler que praticamente “apedreja em facebook público” os que não conseguem esconder segredo. Os memes que te faziam se sentir como John Snow, não sabendo de nada, inocente. O desejo intrínseco de querer comer panquecas e derrotar Demorgogon no mundo inverso. Ou simplesmente, pegar um assunto tão pouco discutido e ocultado e trazer à tona em uma série de fitas gravadas contando os motivos de um suicídio.

Acredito que para as marcas nesse novo ambiente, o mesmo em que a TV se adaptou para que seu consumo seja ampliado, é preciso construir histórias que tragam em sua essência o objetivo real da marca. Sair do foco do produto. A venda deste é consequência de uma série de atividades envolventes que representem a realidade de seus consumidores.

Não. O foco não mais é você, empresa. Agora, somos nós consumidores que ditamos o que queremos consumir. Nossa atenção não está mais para quem tem mais dinheiro para pagar espaços em grandes mídias. Nós até produzimos conteúdo (YouTubers <3). E o melhor, nós iremos indicar se gostarmos.

Ainda ouso ser atrevido. Se a mídia não se moldar e manter o simples consumo dos produtos indireto nas séries, o gasto de dinheiro não será condizente com o ROI a ser obtido. Se não prender nossa atenção... Esse objetivo precisa ser reavaliado.

E você, empreendedor? Será que no próximo episódio o plot twist da sua marca irá me manter curioso para a próxima temporada? 

Gustavo Freitas

Passionate Customer Success Leader | Driving Strategic Initiatives Through Real Data | Nurturing Relationships | Data-Driven Insights Aficionado | Personal Trainer and Step Aerobics Instructor

7 a

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