Saúde Mental: definitivamente uma pauta para as empresas
Fadiga digital. Produtividade tóxica. Exaustão. Ansiedade. Esgotamento. Burnout...
Quantos desses termos você já ouviu esse ano?
Infelizmente, vários deles se tornaram protagonistas dentro de empresas e organizações no pós-pandemia, e, acabaram apontando para um enorme problema: o de Saúde Mental.
O tema ganhou muita visibilidade neste último ano, mas o alerta já havia sido dado por grandes instituições como a OMS e o Fórum Econômico Mundial, muito antes, desde 2016.
Porém, a mudança de mentalidade demorou para acontecer.
Se no ano passado, quase 25% dos trabalhadores brasileiros sofriam de Burnout, segundo dados do Isma-BR, agora a situação piorou. Plataformas de terapia online acusam um aumento de 42% nas menções ao Burnout.
Como as lideranças podem cuidar da saúde mental de seus colaboradores?
São essas e outras questões que vou abordar no artigo de hoje. Se você quer saber qual o melhor caminho a seguir nesse momento, te convido a ler o artigo para discutirmos juntos novas possibilidades.
A realidade das empresas brasileiras
Infelizmente, falar sobre saúde mental em ambientes corporativos ainda é um tabu.
Mas, são justamente esses ambientes, marcados por pressão, estresse, sobrecarga de trabalho e insegurança, que deveriam ter um olhar cuidadoso para o tema. Afinal, empresas são feitas de pessoas.
No Brasil, o cenário exige atenção redobrada.
Uma pesquisa recém-divulgada pela Kenoby, uma startup de recrutamento e seleção, que ouviu 488 profissionais de RH pelo país, revelou que 93% dos profissionais acreditam que falta um olhar das empresas para o tema.
O estudo indica que 60% das empresas pretendem contratar uma pessoa ou criar um departamento para cuidar do bem-estar mental.
Só que mais da metade dos profissionais não sabe dizer quando isso vai acontecer.
E isso gera ainda mais preocupação se levarmos em conta que 67% das empresas da pesquisa tiveram colaboradores afastados por algum problema emocional.
Como então construir uma solução para esse cenário?
Identificando o problema
Vale reforçar que saúde mental não é apenas um assunto do momento, modismo, tema para uma única palestra ou de um programa isolado de RH.
Cuidar da saúde mental se tornou prioridade e deve ser uma constante dentro dos ambientes organizacionais. E, mesmo que a passos lentos, é possível enxergar uma luz no fim do túnel:
Segundo o relatório de tendências de gestão de pessoas da GPTW, de 2019, 34% dos respondentes sinalizaram a saúde mental como o principal tema de Gestão de Pessoas.
Hoje, em sua última edição da pesquisa, este número praticamente dobrou:
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71% consideraram a questão da saúde mental como ponto relevante dentro da empresa
E para que isso saia do papel e se torne realidade é preciso trabalhar de maneira preventiva, investindo na identificação precoce de colaboradores que apresentam problemas emocionais.
E, ao mesmo tempo, afastando o estigma e preconceito que recai sobre o assunto, o que pode ter contribuído para que o Brasil alcançasse índices altíssimos de ansiedade e depressão.
Dar suporte ao time com elementos de empatia, compaixão e transmitir a ideia de que não se trata de uma “caça às bruxas” é o primeiro passo.
Para que o colaborador se sinta seguro e compreenda que as ações são de fato em prol de seu bem-estar e não uma forma de identificar o funcionário problema.
E isso só é possível por meio de uma mudança de mentalidade, principalmente, das lideranças, que são as que têm a maior possibilidade de executarem ações e que estão mais próximas das tomadas de decisão.
Mudando de mentalidade
Comece com atitudes simples, mas muito eficientes para promover o bem-estar mental dos seu time:
Isso, sem dúvida, ajuda a reduzir o estresse e a evitar desgastes.
Muitas empresas estão adotando horários mais flexíveis, como o próprio home office, o que proporciona uma chance maior dos profissionais terem mais tempo para olhar para a vida pessoal: resolver pendências, praticar atividades físicas, ir ao médico, estar com familiares, amigos, e outros.
O primeiro passo para destruir esse estigma é entender que a empresa e suas lideranças são sim responsáveis pelo o que acontece com seus profissionais, por isso é tão necessário parar de tratar a saúde mental como tabu.
Um ambiente psicologicamente saudável precisa ser estimulado, e isso significa que o assunto não pode ser mencionado uma única vez, em uma única palestra e numa ação isolada do RH.
Necessita-se de ações contínuas, e a empresa deve procurar oportunidades para incorporar o assunto no dia a dia das equipes.
E você, considera a questão da saúde mental um ponto relevante para a gestão de pessoas na sua empresa? Comente aqui.
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Um abraço e até a próxima,
Paulo Alvarenga (P.A.)
CEO & Founder da Mastersoul
Consultor de Gestão | Transformação Digital | Inovação | Treinamentos | Liderança | Resultados
2 a👏👏👏
Analista de Engenharia de Processos Sr | Itaú Unibanco
3 aExcelente texto, parabéns!!!!
Pós-Graduação pela FGV/ RH Treinamento; MBA/Gestão da Aviação Civil- UNB
3 aTemática de suma importância.