Saúde Mental e o Planejamento Estratégico
O tema ‘saúde mental’ que, já era abordado há alguns anos, ficou em evidência após a pandemia. É correto afirmar que entramos no ‘modo sobrevivência’ e isso traz consequências.
Ansiedade e depressão mudam a nossa fisiologia cerebral, o que intensifica a gravidade do tema e solicita a nossa devida atenção.
Se não mudarmos a nossa mentalidade e os nossos hábitos, iniciativas isoladas para a saúde mental podem aliviar os sintomas, porém, assim como na saúde física, correm o risco de colocar as causas embaixo do tapete, adiando um tratamento eficaz para as disfunções. E isso vale para pessoas e para empresas.
Não adianta fazer dieta apenas quando o índice de glicose extrapola o limite aceitável. Assim como, não adianta rodas de conversa ou palestras dirigidas, se não vierem seguidas de ações estratégicas que valem para todos da organização, de P a P – da Presidência à Portaria.
Dados do ATD 2022, que aconteceu em maio, em Orlando:
Duas questões apareceram em diferentes discussões e palestras e chamaram a minha atenção no #atd2022:
Questões, antes consideradas existenciais, sendo agora discutidas e levadas às reuniões de Planejamento Estratégico das organizações.
É importante lembrar que cuidar da nossa saúde mental exige a mesma disciplina com a qual cuidamos da nossa saúde física – requer hábito, ou seja, constância. Em se tratando de gestão organizacional, na prática, como seria isso?
Algumas questões para ajudar no seu diagnóstico empresarial. Levando em conta a empresa que você criou , que você é sócio ou a que você trabalha, considere:
1 para DISCORDO PLENAMENTE, 2 DISCORDO EM GRANDE PARTE, 3 NÃO CONCORDO NEM DISCORDO, 4 CONCORDO EM GRANDE PARTE, 5 CONCORDO PLENAMENTE.
1. As descrições de cargos são claras e conhecidas por todos.
2. Os papeis e responsabilidades são discutidos e revistos com uma frequência adequada ao tamanho da empresa e de acordo com as práticas do segmento.
3. Os critérios de promoção são claros, divulgados e respeitados por toda a estrutura hierárquica.
4. Os fluxos dos processos estão mapeados e à disposição de todos os colaboradores.
5. Há cultura de feedback informal, que é feito tanto para situações de reconhecimento quanto para correções identificadas.
6. O processo de feedback formal acontece anualmente e é bem-vindo, pois traz direcionamento para eventuais correções de rota, comportamento ou questões técnicas.
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7. O processo de desligamento não é surpresa para o colaborador, pois houve um acompanhamento para melhoria do seu desempenho, que não foi alcançada a contento. Há clareza das expectativas e lacunas de desempenho.
8. Há pesquisa de clima organizacional anual com plano de ações para eventuais necessidades identificadas através da pesquisa.
9. Eventuais erros são vistos como oportunidades de melhorias e/ou parte do processo de aprendizagem/inovação.
10. As pessoas conhecem o impacto das suas atividades no todo, ou seja, há uma cultura de visão sistêmica, que é percebida por todos os setores e que instiga o engajamento e o senso de significância individual.
11. A colaboração é percebida e vivenciada desde as atividades mais simples às mais complexas.
12. A colaboração é percebida e vivenciada por todos os setores.
13. Você conhece as suas metas anuais e/ou as expectativas sobre o seu trabalho.
14. Você tem os recursos necessários para a realização das suas atividades e o atingimento das suas metas.
15. Você tem segurança no seu líder.
Se a sua pontuação foi abaixo de 35, a situação é preocupante.
As doenças/disfunções organizacionais são sintomáticas, não há como negar.
Uma gestão estratégica com visão sistêmica e que o humanizado não se limite a discursos ou ações pontuais e anestésicas, se faz necessária para que aumentemos a imunidade organizacional e para que sejamos a solução: agentes reais de cuidado da saúde - mental, emocional e física - do capital que faz os resultados acontecerem, AS PESSOAS.
Um abraço,
Magda Freitas
Engenheiro Mecânico / Inspetor de equipamentos
2 aÓtimo artigo Magda Freitas, com certeza é uma grande contribuição para uma reflexão pessoal, necessária para encontrarmos nossos limites.
Conselheira Consultiva de Startups e PME’s | Liderança & Performance | DHO | Pessoas e Cultura | Educação Corporativa | ESG
2 aMagda Freitas parabéns pela assertiva abordagem e por compartilhar seus conhecimentos de forma clara e objetiva!
Trainer em Desenvolvimento Humano |
2 aTema mais que pertinentes aos dias atuais.