Ser firme e forte, carinhoso e delicado é ser pai e mãe consciente do que é serem pais...
Criar filhos nunca foi fácil. Se olharmos bem para os vários casos de espécies de animais que conheceremos de exemplos para educar os filhotes: pássaros ensinando os filhos a voarem voando; felinos ensinando através de brincadeiras os seus filhos a saberem lutar e caçar; etc... e da mesma forma o que chamamos de moda antiga no Brasil até os anos noventa.
Em todos os casos os pais ensinam ou ensinavam o que o filho precisaria para saber ter a sua autonomia. E em todos casos a preocupação é com as condições para que ele saiba se virar depois. Nunca em agradá-lo. Mas educá-los, ensiná-los, instruí-los.
Abrir mão de fazer isto e se preocupar em agradá-lo e não em formá-lo enquanto um ser humano que saiba ser um ser humano de fato para saber viver a sua humana vida independente.
Os pais devem fazer isto o quanto antes e em cada fase adequada, até porque os filhos têm os seus momentos de desenvolvimento para cada lição necessária. Não fazer isto é privá-lo de parte do desenvolvimento necessário para que de fato cresça e se desenvolva.
E por não saber até quando viverão os pais não deveriam perder o incógnito tempo que possuem com os seus filhos. Deveriam ser pais e tornarem estes momentos de pais efetivos e intensos, pois eles já serão momentos memoráveis e maravilhosos se os pais souberem ser pais: com firmeza, ternura e carinho todos nas doses necessárias para o crescimento de ambos pais e filhos.
E o amor surge da demonstração de preocupação com o outro ao longo do relacionamento que viverão aonde os filhos saberão e conhecerão o amor dos pais não por palavras mas por atos demonstrados para o bem deles com a devida educação que eles precisam ter.
Quem não compreende que o amor vem na educação, desconhece a importância do sentimento para o filho compreender a importância do que está aprendendo. E o fato da emoção e carinho presentes serem necessários para a consolidação daquilo que os pais ensinaram. Por isto pais têm que ser pais - pois isto lhes traz implicitamente a capacidade de instruir firme, forte... mas terna é carinhosamente.
Serem pais já é ser amigo, ser colega, confidente, mentor, consultor, eternos e incondicionais amores da vida dos filhos. Mas ao abrirem mão da função de pais eles abrem mão de muitas das funções citadas. E ao abrir mão - mesmo que por desconhecimento - depois é muito mais difícil recuperá-las. Pois depois eles dependem também do consentimento de um filho mais maduro, mais consciente, com mais personalidade e que já não vê os pais com todas as funções que deveria.
Esta falta de compreensão do filho que cresceu e se desenvolveu com ele em algum momento e agora não são gritos, surras, castigos, presentes, promessas que criaram a conexão que não se desenvolveu na época correta na estrutura de conteúdo neurológica do filho.
E se os pais tentam o que eu falei para um filho em outra fase como eu citei. Serão outros exemplos que os pais estarão dando e ensinando. Formando outra estrutura de conteúdo neurológico nos filhos agora em outra fase de seu desenvolvimento.
Por isto surgem os embates. E muitos pais não entendem o porque. Então basta sermos pais na época de sermos pais. Por mais duro que seja. Mas esta dureza é parte do meu desenvolvimento como pai ou mãe. Ambos têm que se desenvolverem ao longo da relação para o bem de ambos os seres humanos envolvidos na relação. Não é um ou o outro ceder é todos se desenvolverem para aprenderem e em função do aprendizado evoluírem pelo que aprenderam. Não para agradar o A ou B. Pois aí quer dizer que não houve aprendizagem. Mas somente concordância por conveniência. By CAS.