Seu filho é preguiçoso?

Seu filho é preguiçoso?

A preguiça, uma das muitas fraquezas humanas, é definida como a tristeza diante do cumprimento de um dever. A preguiça teme o esforço e pode ter como cúmplices os sentimentos, quando estes protestam ou se resistem a cumprir um dever. Deve-se olhar não para o que as coisas custam, mas para o que valem. 

Por preguiça há pais que se omitem de corrigir os filhos, a autoridade pública não intervém para que um serviço público seja prestado com qualidade, o estudante deixa de enfrentar os livros...

Infelizmente muitos pais não dão importância à preguiça do filho porque esse vício se apresenta com cara divertida, marota, inofensiva, já que se omitir de fazer uma coisa parece menos grave do que realizar algo mau. Mas, esse vício é um câncer que vai minando o caráter do filho e produzirá muitos estragos na vida dele: ao descumprir suas obrigações diárias por temor à fadiga que causam, deixará também de realizar qualquer ideal que exija maior empenho.

Os pais devem ser exemplares em laboriosidade e aproveitamento do tempo, para exigir isso dos filhos. A eficácia de uma vida tem muito a ver com a capacidade de vencer a indolência e a mandriice: se as coisas importantes custam esforço, as mais importantes exigirão maior empenho. Só dará certo na vida, e realizará algo que vale a pena, quem ganhar o hábito de vencer a sua comodidade.

A preguiça se vence com o cumprimento diário dos pequenos deveres de cada momento: ao recolocar no lugar o objeto que acabou de ser utilizado, ao iniciar pontualmente um trabalho ou chegar no horário combinado, ao não divagar com a imaginação ou curiosear na internet enquanto se cumpre uma tarefa.

É obrigação dos pais exigir dos filhos que coloquem no lugar as próprias roupas e o material esportivo, façam diariamente a cama ao acordar, enxuguem o box do banheiro para o próximo encontrá-lo seco, coloquem no lugar a mochila, cheguem pontualmente às refeições. É preciso admoestar o pupilo a que abandone formas sorrateiras de preguiça como, por exemplo, interromper o horário das tarefas escolares para vaguear com a imaginação, consultar o celular ou ir até a geladeira. E também vale insistir com o pimpolho que cresça em espírito de serviço e cumpra os encargos familiares que lhe foram atribuídos.

Ao negar-se diariamente aos pequenos desvios da negligência, crescerão nos filhos as virtudes da ordem, laboriosidade, fortaleza e espírito de serviço. E o mais importante: a vontade deles terá um “querer” decidido e o caráter será forjado em estrutura de bom aço.

Crianças a partir dos 2 anos ou 2,5 anos gostam de obedecer aos pais para agradá-los, e facilmente ganham o hábito de serem ordenadas. Para isso, devem ser exigidas com afeto a fazer o que é certo: a menina deverá acostumar-se a colocar as bonecas na caixa de bonecas, os pratinhos na de pratinhos, as panelinhas na caixa de panelinhas; o menino, a guardar os soldadinhos na caixa de soldadinhos, carrinhos na de carrinhos, bolinhas na de bolas, lego na de lego. O que não podem é jogar tudo dentro de um mesmo recipiente! Como não sabem ler nessas idades, é inevitável que os pais diferenciem as caixas ao colar o desenho correspondente do lado de fora.

Evidentemente, a criança de 2 anos ou 2,5 anos não percebe ter adquirido a virtude da ordem, mas logo notará que muitos coleguinhas do infantil ou fundamental são desordenados, bagunçados e preguiçosos, e que para ela não custa esforço algum agir corretamente.

Pais, com paciência e carinho não temam exigir das crianças! Elas não têm experiência de vida e carecem de ser orientadas. Estejam certos de que em pouco tempo seus filhos adquirirão bons hábitos para a vida afora, e o agradecimento deles, pela insistência de vocês, será eterno.

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Bom treinamento!

Texto produzido por Ari Esteves

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