Sinto-me subutilizado
Sentir-se subutilizado é uma das piores sensações do mundo. Saber que temos potencial para fazer e entregar mais, olhar para trás e ver o quanto estudamos com amor e paixão, cheio de sonhos de como seria bom colocar tudo aquilo em prática e não poder, dói muito. Eu me senti assim, muitas vezes, e confesso que por falta de estratégia e inteligência emocional, acabei em alguns momentos trocando os pés pelas mãos e tomando decisões que prejudicaram de certa forma a minha carreira. Hoje, mais madura, atendo pessoas que carregam exatamente essa dor profissional e as ajudo a não tomarem decisões precipitadas e também não ficarem esperando sentadas que um dia as coisas mudem (até porque se elas não fizerem nada, as coisas não vão mudar).
Como já citei, as 2 palavras-chave nesse caso são: inteligência emocional e estratégia. Por quê?i É necessária ter muita sabedoria para lidar com a situação sem explodir ou agir contaminado por emoções negativas. Com serenidade (ou se preferir “sangue frio”), analisar os cenários e ser estratégico para prover as mudanças necessárias.
Vou deixar aqui 4 dicas para você resolver essa situação, sem criar problemas, pelo contrário, dando um upgrade na sua carreira:
Não tente mudar o local, você não vai conseguir: muitas pessoas nessa situação reclamam do chefe, da empresa, da área de atuação, mas de verdade, isso não vai lhe ajudar em nada. Eu entendo a sua dor (até porque eu também já fiz isso), mas as pessoas e o mundo não vão mudar por sua causa. Aceite que dói menos. Continue entregando o seu melhor onde você está, algo você tem que aprender exatamente aí, nem que seja ter mais equilíbrio emocional. Lembre-se que o mundo dá voltas, você pode reencontrar essas pessoas em algum momento da sua vida, ou melhor, carreira. As pessoas não sabem exatamente o que você passa por dentro, então podem lhe julgar errado. Por isso, procure ser o melhor sempre, mesmo que não esteja fazendo o que mais ama.
Analise as opções que você tem: veja o mercado. Faça networking, converse com as pessoas. Veja quais são as outras possibilidades de carreira, trabalho. O que as pessoas com a sua experiência e formação estão fazendo. Busque profissionais da sua área no LinkedIn e marque uma conversa por telefone ou um café. Faça um curso na sua área, mesmo que seja uma formação mais rápida, lá irá conhecer pessoas com interesses em comum e poderá trocar experiências.
Faça um planejamento: depois de ter todas as informações e, se entender que a melhor opção é mudar de empresa ou até mesmo fazer uma transição de carreira, planeje-se para isso. Considere os passos que serão necessários para esse processo e os riscos envolvidos. Para cada ponto, desenhe a estratégia de solução. Aqui também vale conversar com pessoas que passaram por essa experiência e ver o que elas fizeram que deu certo e o que fariam de diferente. Por exemplo, eu, após 13 anos de mundo corporativo, trabalhando como CLT, fiz uma transição de carreira para ser empreendedora. Após 5 anos nessa nova vida eu tenho muitas coisas para contar e centenas de dicas para dar para quem quer fazer transições como essa.
Tenha um mentor: ter uma pessoa experiente que possa lhe ajudar com os passos anteriores é fundamental, inclusive esse foi um grande erro que cometi. Quando fiz minha transição de carreira não tive um mentor. Seis meses depois, vi que precisava de ajuda e aí contratei a primeira pessoa que me ajudou demais. Não estaria escrevendo este artigo se não tivesse dado esse passo, mas vejo que se tivesse feito isso antes da transição, teria sido tudo mais fácil.
Esses passos fazem sentido para você?
Um abraço!
Flávia Motta
CEO WMorente | Vendas | Liderança | T&D | Cultura de Performance | Trade Marketing | Palestrante e Consultor | Mentalidade Estrategista.
4 aExcelente artigo!!!
Gestora de RH | Cargos e Salários | Business Partner | DHO
4 aMuito bom! Adorei as 4 dicas.