Sistema Imune para Totós - Parte 1
O sistema imune é um conjunto de órgãos e de tecidos responsável pelo combate a microorganismos invasores que protege o nosso organismo quando há uma barreira que é exposta.
Sabemos que temos órgãos do sistema imune primários como, por exemplo, o timo e a medula óssea, e os órgãos do sistema imune secundário como, por exemplo, as amígdalas, o baço, as placas de peyer no intestino, os gânglios linfáticos e dos quais, por exemplo, o apêndice.
O nosso sistema imunitário divide-se em duas partes principais. Uma que chamamos de imunidade inata ou natural, e outra que chamamos de imunidade adquirida ou adaptativa. A imunidade inata é aquela a que pertencem as barreiras epiteliais, por exemplo, as mucosas do nariz, dos olhos, da boca, dos ouvidos, dos órgãos genitais e a pele, que nos protegem do meio externo ao nosso organismo.
TH1 e TH2
A imunidade adquirida é ativada pelo contacto com agentes infecciosos e a sua resposta à infeção aumenta na magnitude da exposição sucessiva ao mesmo invasor. Quando temos uma célula que vai apresentar o "bichinho", este sistema vai dividir-se em imunidade celular e imunidade humoral, ou seja, em resposta Th1 e resposta Th2.
Esta resposta Th1 chamada "Imunidade Mediada pelas Células e pela Inflamação" é a resposta que temos quando um vírus entra no nosso sistema. A resposta Th2 está relacionada com a imunidade mediada pelos anticorpos. Com vírus e bactérias temos uma resposta Th2, mas os coadjuvantes das vacinas, nomeadamente o alumínio, o veneno das abelhas e alguns alergénios alimentares, também induzem uma resposta Th2.
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ANTIGÉNIOS
Um artigo de 2013 sobre o cancro aborda as implicações que temos em relação aos antigénios e em relação à imunidade celular, e refere que um tecido saudável transforma-se em “células alteradas” por causa de alimentos carcinogénios, radiação, infecções virais, inflamação crónica repetitiva ou por alguma mutação genética. Posteriormente, quando o organismo não é capaz de as reter e de parar o processo que iniciou a tumorigénese, vai produzir um tumor e o cancro.
Os antigénios, que são os anticorpos, ou seja, as células do sistema imunitário, não são estáticos como pensamos. Eles viajam por uma rede que se chama a matriz extracelular e, portanto, interessa-nos que esta matriz esteja limpa e desintoxicada. A matriz extracelular existe desde a ponta do cabelo até à ponta dos pés e é uma rede ubiquitária. Esta matriz extracelular é viva no sentido em que permite as trocas celulares. Já não existe aquele padrão de trocas celulares como antigamente aprendíamos em que estava uma célula fechada e chegavam lá, por exemplo, alimentos ou oxigénio que entravam para dentro da célula e a célula colocava os seus detritos tóxicos.
As trocas são completamente dinâmicas porque esta matriz extracelular, através de umas substâncias que se chamam os microtúbulos, entra para dentro da própria célula. Portanto, esta rede também entra no sistema imunitário. Aquilo que chamávamos antigamente sistema imune, hoje chamamos rede imune.
Os últimos artigos indicam a relação entre a psique, a neuro, a imunologia e a cardiologia, ou seja, a psiconeuroimunocardiologia. Esta moderna área demonstra que as nossas emoções afetam o sistema nervoso central e também afetam o sistema imunitário e, em último caso, vai levar-nos a uma inflamação.
to be continued…