Sobrevivendo na América
Nomadland retrata a história de Fern uma mulher na casa dos 60 anos, viúva e que perde tudo na Grande recessão embarcando numa viagem pelo estado do Arizona na sua van chamada Vanguarda vivendo como nômade.
Fern é uma pessoa muito sozinha, pois dedicou a vida toda ao marido, mesmo indo embora da sua cidade natal ela ainda é muito presa ao seu passado, durante o filme podemos observar que ela ainda guarda muitas coisas como fotografias de família e um jogo de pratos que ganhou do pai quando era mais nova.
Durante o caminho ela conhece pessoas que vivem a muito tempo como nômades, pessoas reais que contam sua história, de como vivem e muitas delas que sonhavam a muito com esse estilo de vida.
Durante a viagem ela conhece Linda May que se torna uma grande amiga, Bob que conta a historia de como perdeu o filho, e outras pessoas.
Em vários momentos pessoas oferecem ajuda a Fern, mas mesmo assim ela prefere dormir em sua van. Em uma das cenas onde Fern visita seu amigo David ela se recusa a dormir na cama, a mesma fica na frente da casa observando e não se sente a vontade como que se não fosse o lugar dela, como que se não pertencesse a aquele lugar.
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Algumas cenas Fern aparece muito feliz, como quando está com Linda fazendo um tour pelos trailers, mas ao mesmo a personagem parece muito perdida e tentando se encontrar, tendo momentos de reflexão sobre a vida dela.
No final do filme ela retorna a casa dela, tendo um momento de despedida, dizendo adeus a suas coisas e a sua casa onde viveu, como se estivesse tentando se libertar de tudo aquilo para começar um novo caminho. Na minha opinião Fern ainda não se libertou completamente, ela ainda está buscando o seu lugar.
O filme passa várias mensagens, mas cada uma delas diferente para cada pessoa.
O importante é não desistir continuar independente de tudo, assim como a personagem passamos por vários momentos de dificuldade, mas também temos os bons. Mas o que é realmente importante ou relevante para todos nós ?
Como dizia meu pai, “O que é lembrado, vive”. Talvez eu tenha passado tempo demais da minha vida apenas relembrando
Bruna Carrasco espetacular! Bela resenha do filme!!!