Sorte ou Empenho?
Recentemente passei por duas mudanças profissionais:
1. mudei de emprego
2. mudei a área de trabalho
Conversando com colegas, escuto muitos dizendo "nossa, que sorte", "ah, você deu sorte"... Vamos recapitular os fatos:
Insatisfeita com a área em que atuava e descontente com a péssima gerência, me encontrava sempre reclamando, infeliz, entretanto, com poucas tentativas de mudanças, (e nessas poucas vezes, com estruturas fracas e que dificilmente me conduziriam para um ambiente diferente), seja por falta de esperança, comodismo, dificuldade devido não possuir acesso a um computador e também o desânimo perante injustiças e discriminações indiretas.
Certo dia, um amigo chegou em mim e disse: "Se eu conseguir um computador para você por uma semana, voce faz seu currículo?" Não somente ele estava se propondo a pegar o aparelho emprestado com um amigo para que eu pudesse fazer isso, ele também se propôs a me ajudar na montagem e gramática, uma vez que não seria no meu idioma, mas em inglês; e eu acetei.
Devo ter ficado com o computador por seis dias, num período um tanto turbulento do trabalho, onde meus horários não colaboravam para que ficássemos trabalhando nisso por muito tempo, e na minha mente eu estava sentindo a pressão do meu amigo, que dizia que não iria perder o tempo dele, que era pra montar a estrutura e depois, revisarmos juntos de uma vez (parece rude, mas ele foi apenas direto)... E assim foi.
Após esse processo, finalmente cheguei num resultado satisfatório e disponibilizei aqui no LinkedIn e, para a minha surpresa, dois dias depois recebi uma proposta.
Obviamente houve um processo seletivo, houve uma entrevista, e, embora eu estivesse hesitante e com receio de criar expectativas, tudo indicava que eu tinha conseguido o trabalho, e no mesmo dia em que fui visitar o escritório, algumas horas depois, recebi a notícia de que tinha conseguido o emprego.
Sem experiência na área, gaguejando durante a entrevista no telefone, com meu cabelo colorido (que inicialmente tinha sido um sinal de problema no meu trabalho anterior)... Eu consegui. Finalmente, consegui.
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Se eu dei sorte? Sim! Eu dei sorte de que uma empregadora estava procurando possíveis candidatos no mesmo momento em que eu decidi fazer algo a respeito sobre minha insatisfação. De resto? Não!
Eu não dei sorte. Eu investi meu tempo e dedicação nisso, eu fiz pesquisas, eu tentei diversos modelos, eu fiquei acordada até altas horas (mesmo tendo que acordar cedo no dia seguinte), trabalhando nisso, e tive uma imensa ajuda de outra pessoa, alguém que queria me ver bem, me ver fazendo algo melhor, com pessoas que me tratassem como outro ser humano, e não como um número... A disposição e atitude direta desse amigo me ajudaram a sair da minha zona de conforto, a me posicionar e ser vista, e funcionou.
Sem esse pontapé, sem esse medo de decepcionar alguém que queria me ajudar, talvez eu ainda estivesse reclamando hoje de estar trabalhando em comércio.
Eu sou imensamente agradecida a esse amigo, e eu não vou entrar no ponto de que precisamos aprender a ser suficientes para nós mesmos e nos bastar, afinal, o post não se trata disso (pretendo fazer um sobre o assunto), mas a questão aqui é o quanto a nossa falta de atitude nos afeta, e o quanto normalizamos o "foi sorte".
Nossas atitudes mudam nossa vida.
Eu ainda estou aprendendo em terapia que não é por ter dado errado uma vez que em todas as outras vezes o erro vai persistir; Que por ter ouvindo um "não", irei ouvir o mesmo para o resto da vida.
A verdade é que ao longo da nossa jornada ouviremos muitos "nãos" de muitas pessoas e empresas, mas o único "não' que pode nos parar é aquele que dizemos a nós mesmos. Não seja mais uma pessoa que diz "não" a você mesmo. Não seja escravo da sua falta de atitude.
"A maneira mais comum das pessoas desistirem do seu poder é acharem que não possuem poder nenhum" - Alice Walker.
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2 aOi.. tudo bem? Espero que sim! Fico feliz por você estar em outro momento agora. Prosperidade! Consigo me colocar e imaginar essa dor, esse desconforto que tenhas passado. De um modo geral, as pessoas remetem muito as coisas que elas as vezes desconhecem como sendo "sorte" ou "azar", (cada pessoa com a sua retórica, longe de mim reprimir), porém para que hajam mudanças reais, é importante saber que por trás do processo existem muitos elementos objetivos e subjetivos. Felicidades!
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2 aVictoria, que história linda! Vou tomar a liberdade de compartilhar na minha rede. Inspirados e nos convida a uma profunda reflexão: tomar atitudes positivas, oferecer e aceitar ajuda. Obrigado por compartilhar!
Gestor Executivo
2 aParabéns, Victoria Atadini ! Se não leu, leia o livro “Seja egoísta com sua carreira” do Luciano Santos. Exatamente a sua história! Sucesso!