Startups e Governança por Demanda

Startups e Governança por Demanda

Começar uma Startup. Não há nada mais empolgante para um Empreendedor. Empreendedores são pessoas arrojadas, dinâmicas, criativas, e quase sempre impulsivas. Seja começar um novo empreendimento com seu próprio capital ou através de um Angel Investor, um fundo ou sócio capitalista você precisa de largada de um mínimo de Governança. Na XPTC chamamos de Governança Sob Demanda. Cada empresa, cada situação exige uma grau específico de Governança Corporativa.

Uma Startup não precisa nem de perto da profundidade de Governança que uma empresa familiar, estabelecida há 30 anos, precisa. E esta empresa familiar, por seu lado, se implementar Governança como uma empresa já profissionalizada gerida por executivos fatalmente parará, terá tantas regras e burocracia que seu time não conseguirá absorver e trabalhar.

Governança sob Demanda é identificar a necessidade, a profundidade de Governança que a empresa precisa no momento e confrontar com a realidade, com o que é possível ser implementado. Isso não significa que uma empresa familiar não conseguirá nunca ser gerida de maneira profissional, mas significa sim que há muito trabalho pela frente, e planejamento e paciência são fundamentais.

Em uma Startup isso já deve estar no plano de negócio, processos, procedimentos, informações, etc.

Outro fator crítico que tenho observado é que sem a prática de se fazer e acompanhar o planejamento estratégico não se chega à um nível satisfatório de Governança. São intrinsicamente ligados. E quando falo de um nível mínimo de Governança estamos não estamos falando somente da parte Lúdica da Governança, em se trabalhar Cultura e Comportamento Organizacional. Estamos falando da parte mais burocrática e grosseira:

  • Orçamento
  • Controles internos e processos
  • Plano de cargos e salários
  • COMUNICAÇÃO INTERNA
  • Planejamento estratégico
  • Demonstrativos financeiros

Estes são apenas alguns tópicos que empresas familiares e até profissionalizadas, com faturamento de 8, 9 dígitos não tem tempo para se preocupar. E desculpem o quase pleonasmo, isso é preocupante.

Este é um processo Top Down. Tem que vir da diretoria, do C-Level . A diretoria, ou proprietários, precisam entender o processo de Governança e suas implicações, tanto de sua implantação quanto de manter as coisas como são. Se a diretoria não comprar a idéia, a equipe é quem não defenderá mudanças.

Ao embarcar nesta empreitada, há de se fazer uma verdadeira Evangelização na empresa. O Status Quo será abalado, Dogmas serão revistos, Feudos serão destruídos. É a aplicação de O Príncipe - Maquiavel. Muita energia será gasta e muita luta será travada. A vontade de voltar tudo ao que torna-se esmagadora no meio do processo, mas passado o SIP - Ponto de Inflexão Estratégico - onde as respostas começam a aparecer e as correções de rota ficam claras como no gráfico acima, a empresa dá uma guinada para cima. É inebriante, é motivador, é uma sensação de dever cumprido que dá a força para continuar.

Sim, Governança é possível, é viável e é necessário. No artigo que estou escrevendo para amanhã descrevo como implantamos Governança ao fundir 5 empresas com total de 25 unidades, com cada unidade com Cultura Organizacional diferente. 25 Feudos transformados em uma única empresa, em uma única Cultura, em um único princípio de Governança.

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