Suicídio: Um tabu que precisa ser quebrado com urgência.
Eduardo Marques
Psicologia Clínica | Saúde Mental | Consultoria | Recrutamento e Seleção
Em agosto de 2018, a folha informativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) atualizou seus dados acerca das mortes por suicídio. Além de ser um número assustador, é de partir o coração, porque, no mundo, cerca de 800 mil pessoas dão cabo à própria vida todos os anos. Trazendo esta realidade para o nosso país, atualmente, cerca de 32 pessoas cometem suicídio no Brasil todos os dias, o que, também, é um dado alarmante e, que nos obriga a repensar muitas questões, bem como trazer esse assunto para discussão e debate, porque infelizmente, em pleno século XXI, falar sobre suicídio ainda é Tabu, mesmo este tema sendo de extrema importância para a nossa sociedade.
Os especialistas estimam que a tentativa de suicídio é 10 vezes maior que o suicídio em si, o que aponta essa questão (mais uma vez) como extremamente importante para discussões em diversos espaços. Convém ressaltar que esses mesmos especialistas afirmam que cerca de 90% dos suicídios podem ser evitados, todavia só é possível a partir do momento em que se tem conhecimento das ajudas “básicas” oferecidas e disponíveis para a população.
Quando se fala dos mecanismos de prevenção ao suicídio, é indubitável que a educação é um elemento imprescindível para minimizar os impactos gerados por essas ações, pois, uma vez que se perde o “medo” de falar sobre o assunto, uma série de barreiras são derrubadas e abismos ultrapassados, gerando assim, abertura para debates cujo objetivo seja conscientizar, estimular e sanar dúvidas acerca dos assuntos que permeiam esse tema, pois o suicídio, além de ser um fenômeno complexo, é um grave problema de saúde pública e, que sim, pode ser evitado.
É preciso estar atento aos sinais deixados por pessoas com ideação suicida, porque uma série de comportamentos pode trazer consigo inúmeras “mensagens” e um pedido de “socorro” que muita das vezes não é verbalizado por constrangimento ou medo, como por exemplo o isolamento, desinteresse por atividades que antes gostava, alguma frustração sentimental e/ou profissional, traumas da infância, abusos dos mais diversos e uma série de outros fatores que podem gerar tais condutas, direcionando, assim, as pessoas ao suicídio como a única solução e alívio para o seu sofrimento psíquico.
Portanto, se perceber alguém com fortes indícios suicidas, ofereça ajuda sem julgar, sem criticar, porque não fazemos ideia dos sofrimentos que cada pessoa enfrenta, até mesmo àquelas próximas a nós e que fazem parte do nosso cotidiano. Esteja sempre disponível, ofereça sempre o AMOR, oriente esta pessoa a procurar ajuda especializada, um psicólogo ou psiquiatra, ou entrar em contato com o pessoal do CVV – Centro de Valorização da Vida que realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo, por telefone (basta discar 188), email e chat 24 horas todos os dias.
“O suicídio é um ato de comunicação. Quem se mata, na realidade tenta se livrar da dor, do sofrimento, que de tão imenso, parece insuportável.”
FONTES
Gestão da Qualidade em Saúde | Gestão por Processos | Transformação Digital
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