Superando Desafios de Sucessão em Empresas Familiares com Governança Eficaz
Das “vendinhas” de bairro às grandes corporações, as empresas familiares são parte importante da nossa cultura, impactando significativamente a economia nacional: atualmente, elas são responsáveis por 65% do PIB gerado por aqui.
Entre ideias ambiciosas à mesa de jantar, projetos para o sustento da família e até acordos firmados entre parentes determinados a mudar de vida, muitas podem ser as razões para o start de um negócio familiar. Mas, para além dessas particularidades, todas essas empresas possuem uma grande preocupação em comum: garantir sua longevidade pelas gerações.
Ainda mais importante que criar um negócio de sucesso é mantê-lo, garantindo uma boa base para o desempenho no presente, mas projetando novas possibilidades de legado para o futuro. E a questão da sucessão tem um papel fundamental neste processo.
Neste ponto, nos deparamos com um cenário de grandes desafios que as empresas familiares enfrentam: segundo a revista Exame, um estudo do Banco Mundial revelou que 30% das empresas familiares chegam à 3ª geração e apenas metade disso, ou seja, 15%, sobrevivem a ela.
Família família, negócios à parte?
Certamente que ter uma sucessão saudável e buscar por um sistema longevo é uma preocupação em todas as empresas, mas tratando de negócios familiares, podemos afirmar que este é um tópico ainda mais sensível, já que toda a situação envolve questões que ultrapassam o profissionalismo e alcançam o campo do pessoal e particular.
Entre as principais motivações para essas dificuldades na questão da sucessão em empresas familiares estão a resistência à mudança, falta de preparação dos sucessores, conflitos familiares e divergências entre visão de longo prazo e interesses individuais.
Misturar família e negócios pode trazer uma percepção ilusória de que o trabalho desempenhado será fácil, confortável e sem desafios. Isso cria uma zona de conforto perigosa e que pode colocar em risco o futuro do negócio, já que acompanhar as mudanças do mercado significa se transformar junto com ele, explorando as novas tendências, metodologias e ferramentas que vão surgindo.
Quando o fundador ou membros do conselho atual se recusam a acompanhar esta dinâmica, podem comprometer o desempenho do negócio, assim como o seu futuro. É importante lembrar que isso não significa abrir mão das tradições ou mudar a essência do negócio, apenas adaptar a forma de trabalho para os novos públicos consumidores.
Além de casos onde não há um processo apropriado de transição da gestão, também é comum observar cenários onde os futuros gestores não passam por qualquer tipo de capacitação ou seleção, assumindo o leme de embarcações sem quaisquer tipo de mapas ou guias para isso.
Para empresários que desejam crescer e fazer seu negócio alavancar, confiança e familiaridade com o sucessor são importantes, mas prepará-lo para assumir o comando demanda também um trabalho junto a ele de desenvolver seu conhecimento em métodos, história e processos da empresa, assim como sua maturidade para tomadas de decisão, gestão de equipe e gerenciamento de crises.
Aprendemos a não levar desaforos para casa, mas e quando eles vêm de casa? Quando falamos da dinâmica dentro de empresas familiares, talvez essa seja a questão mais abordada pelas pessoas.
Ao mesmo tempo que são constituídos por equipes fortalecidas em laços de lealdade e afeto, esses negócios também transitam em uma via que beira aos conflitos que fogem às relações profissionais, o que pode colocar em risco a sua saúde organizacional, além da seriedade e credibilidade no mercado.
Se dentro de uma empresa existem diferentes perfis de pessoas, com diferentes habilidades e personalidades para agregar ao processo, a empresa torna-se um ente à parte, resultado da união de todo esse corpo de profissionais.
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Ela possui uma história, objetivos a serem alcançados e interesses próprios, pautados na produtividade que precisa alcançar e nos frutos que vai gerar para o coletivo.
Processos seletivos e outras estratégias de gestão tem como um dos objetivos justamente alinhar os interesses individuais dos colaboradores e mesa diretora com os desta entidade construída em conjunto.
Quando essas estratégias não são claras e o senso de pertencimento em uma empresa familiar é pautado unicamente nas relações pré-estabelecidas, pode-se desencadear uma batalha de “muitos caciques e poucos índios”, onde os interesses individuais prevaleçam sobre os coletivos. Este risco aumenta principalmente com a passagem entre gerações, já que a visão de mundo das pessoas à frente do negócio muda, assim como sua relação de prioridades.
Imagine um cabo de guerra com várias pontas: cada um puxa para o seu lado. No fim, ninguém avança e a chance de o cabo arrebentar é grande. Isso prejudica a motivação e moral dos demais colaboradores, afeta a identidade da empresa e limita sua projeção a longo prazo. Puxar o cabo em várias direções faz com que ele não avance em nenhum sentido, diferente de quando todos se unem para puxá-lo em uma direção única.
Diante de todos esses fatores, fica a grande questão: é possível garantir que uma empresa esteja preparada para sobreviver à mudança da geração atual para a próxima?
Governança corporativa: minimizando riscos e potencializando laços
Como vimos, os números nos comprovam que muitas empresas familiares não sobrevivem a essa transição entre gerações e muitos são os fatores que podem ser a causa disso, entre eles estão os que foram citados anteriormente.
Mas blindar-se dos riscos pode ser mais simples do que parece: um ponto-chave para o crescimento dessas empresas é a profissionalização da equipe e dos seus processos, o que inclui a regulamentação de como ela deve funcionar e qual planejamento deve seguir, acompanhando uma visão a curto, médio e longo prazo.
Neste sentido, a governança corporativa é a abordagem indicada pela Lumit. Trata-se de um conjunto de práticas, normas e processos que regulam a forma de gestão e controle interno das empresas, determinando diretrizes de atuação das pessoas à frente dela e dos relacionamentos estabelecidos com stakeholders, de forma a garantir uma conduta mais transparente, profissional, ética e responsável.
Uma governança eficaz mira diretamente na longevidade, neutralizando os desafios de sucessão com ferramentas que preparam o campo para um crescimento coerente e com uma visão bem estabelecida.
Para as empresas familiares significa um método eficiente de “organizar a casa”, estabelecer regras de convivência e desenvolver um plano de ação bem pensado, de forma a traçar uma jornada estratégica rumo ao sucesso. Através desse método, otimizamos os riscos desenvolvendo lideranças preparadas e conscientes, com todos os meios disponíveis para gerenciar equipes inovadoras e produtivas.
E para formar líderes que perpetuem uma governança corporativa com excelência, focamos em três frentes de ação:
Tocar um negócio familiar não é tão simples como parece e podem aparecer muitas pedras no caminho, como vimos. Mas dar o primeiro passo na direção da melhoria é o principal. A longevidade e uma boa sucessão são consequências do caminho oferecido pela governança corporativa.
Por isso, que tal avaliar hoje se esse não seria o caminho para sua empresa familiar decolar? Estude, analise e conheça meios eficazes de preparar sua sucessão e garantir mais longevidade ao negócio.
Descubra como o Programa de Governança Corporativa em Empresas Familiares da FDC pode preparar sua empresa para uma transição de sucessão suave e bem-sucedida. Inscreva-se hoje.