Digitize-se #10: empresas de família!

Digitize-se #10: empresas de família!

Uma empresa familiar que tenha como uma de suas metas sobreviver nas próximas gerações, após o fundador sair de cena, precisa ter a sucessão como uma de suas principais estratégias.

E as organizações estão cientes disso: mais de 70% dos respondentes da edição de 2021 da pesquisa “Retratos de Família”, da KPMG, acreditam que a preparação e a capacidade demonstrada pelos sucessores é extremamente ou muito importante para o sucesso da empresa familiar. Ao mesmo tempo, apenas 24% dos executivos brasileiros que participaram do levantamento “Family Business Survey 2021”, da PwC, afirmaram ter um plano de sucessão em vigor.  

O que se percebe é que apesar de haver consciência sobre o quão fundamental a temática é para a perenidade dos negócios, muitas empresas ainda têm a sucessão e adoção das ferramentas da governança corporativa e familiar somente no plano das ideias, o que é bastante perigoso não só pela imprevisibilidade do mercado, mas da própria vida.

🚫 As empresas familiares costumam ter como uma de suas características principais a figura forte do fundador – que, invariavelmente, concentra todos os processos em si. Como, contudo, proceder quando esse líder começa a prejudicar a empresa, seja por tomadas de decisão erradas, seja por perdas de oportunidade? É claro que o melhor é sempre agir de maneira preventiva, a fim de evitar um cenário ruim, mas algumas soluções reativas são possíveis, como contar com a presença de um “terceiro elemento” de confiança para auxiliar a família e encontrar um novo papel para o líder.

📑 O planejamento sucessório deve ser uma preocupação de todas as empresas familiares, independentemente de seu tamanho e ramo de atuação. Significa, então, que o assunto deve estar na mira até mesmo das pequenas organizações. Mas como começar? É claro que cada caso terá suas particularidades, mas alguns passos são fundamentais, como reunir documentos financeiros, estabelecer acordos de compra e venda para realocar fatias do negócio se um proprietário falecer, adoecer ou quiser vender sua parte, e, claro, identificar potenciais sucessores.

🚜 O agronegócio é um dos pilares da economia brasileira e as propriedades rurais do país também têm, em sua maioria, perfil familiar. Estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) e pela KPMG indicou, porém, que apenas 31% dos grandes empreendimentos familiares rurais nacionais demonstram preocupação em criar um programa próprio de treinamento para as novas gerações. Outros dados importantes: apenas 29% dos negócios familiares no campo possuem conselho de família formalizado, enquanto outros 11% têm outro fórum de discussão familia.

📝 Historicamente, algumas características da gestão de negócios familiares são consideradas diferenciais competitivos importantes para a sobrevivência da empresa, como planejamento orientado para o longo prazo e relacionamento sólido com stakeholders. Ao mesmo tempo, vulnerabilidades se destacam, em especial a ideia de total controle operacional e a lentidão em mudar processos. Desta forma, como as empresas familiares poderão se manter em um contexto marcado pela velocidade e imprevisibilidade? Um estudo do MIT procura responder à questão.

Com a experiência após atuar em mais de 50 famílias (e suas respectivas empresas) e auxiliá-las no desenho e na implementação das ferramentas da governança corporativa, aprendemos o quão relevante são as discussões sobre estas temáticas, especialmente em um mundo em constante transformação. Claro, a experiência acumulada também nos mostrou caminhos pelos quais o insucesso é previsível, mas este é um assunto para nossa próxima newsletter!

Até lá!

Fernando Seabra

Investidor Anjo Bossa Invest | TEDx Speaker | LinkedIn Top Voice | Palestrante | Inovação Prática

2 a

Sergio Alexandre Simões 🙌🙌🙌🙌

Pode enviar-me seu e-mail, Sérgio?

Entre para ver ou adicionar um comentário

Outras pessoas também visualizaram

Conferir tópicos