Supere as Incertezas: 10 Dicas para Abraçar o Voluntariado de Vez!
À medida que o Dia Nacional do Voluntariado se aproxima, uma data dedicada à nobre arte de doar tempo e esforço, surge a oportunidade de explorar um tópico vital: como vencer os obstáculos que muitas vezes nos afastam do voluntariado. No Brasil, em meio a uma nação de 20 milhões de heróis anônimos, pessoas dedicadas que empregam suas paixões para causas sociais significativas, também encontramos uma parcela que anseia por fazer a diferença, mas se depara com incertezas e pontos de interrogação quando o assunto é se voluntariar.
Você se identifica com esse cenário? Este artigo, não apenas reconhece essas inquietações, mas também oferece uma mão amiga para superá-las. Em uma celebração de boa vontade, apresento 10 dicas de para todos que almejam se lançar no mundo do voluntariado.
Este é o seu empurrãozinho gentil na direção do impacto positivo!
1. Procure integrar um programa experiente de voluntariado
Você não precisa começar do zero, e isso nem é aconselhável para novatos.
No país, já existem inúmeras iniciativas de voluntariado organizado que abrangem praticamente todas as causas mais urgentes.
Caso seja um iniciante, o indicado é procurar um programa de voluntariado que esteja estruturado e maduro, como, por exemplo, um programa de voluntariado corporativo de alguma empresa, instituição social ou grupo com o qual você se identifique.
As iniciativas institucionais oferecem ações planejadas e até momentos de formação sobre como ser voluntário, e por isso são excelentes oportunidades para você dar o seu primeiro passo.
2. Saiba que você não precisa ser super-herói
É romântico dizer que voluntários são heróis, mas na prática não corresponde à realidade.
Voluntários são pessoas comuns, assim como eu e você, que desempenham uma variedade de papéis sociais. No entanto, eles estão conscientes de que a participação cidadã é fundamental para garantir o bem-estar da comunidade.
Portanto, ser voluntário é uma questão de responsabilidade para com a sociedade da qual fazem parte. Envolve mais o ato de se organizar para desempenhar o seu papel cívico do que realizar gestos extraordinários atribuídos a pessoas especiais, como os "heróis".
3. Encontre um compromisso que se adeque às suas possibilidades.
As pessoas em geral têm receio de estabelecer vínculos de longo prazo. Esse medo influencia o modo como encaram um possível relacionamento a ser formado como voluntário, seja com uma instituição ou um projeto social.
No entanto, é importante entender que existem diferentes níveis de compromisso e acordo que podem ser estabelecidos de acordo com sua disponibilidade.
Sua participação pode ocorrer através de um envolvimento contínuo, mas também pode envolver ações temporárias ou pontuais ao longo de um período específico.
Lembre-se: a dedicação é uma escolha pessoal.
O aspecto crucial aqui é determinar a quantidade mínima de tempo à qual você consegue se comprometer e cumprir. Dessa forma, você evita prometer mais do que é capaz e estará livre para participar sem pressões, mas com responsabilidade, de acordo com o que é viável para você.
4. Dizer que não ter tempo é um mito
O mito do tempo é uma questão que volta frequentemente.
No âmago da questão, reside a habilidade de estabelecer prioridades e reconhecer que a participação social deveria ser uma prioridade para todos os brasileiros, especialmente em tempos de crise.
Na era contemporânea, onde o tempo é tratado como um recurso raro, a capacidade de planejamento se torna crucial para se envolver no voluntariado.
Mas será que estamos verdadeiramente alocando nosso tempo, que corre rápido e é escasso, para o que realmente importa?
Quando observamos a gestão do tempo, por exemplo, o Brasil figura em terceiro lugar no ranking de nações que dedicam mais tempo às redes sociais, com uma média diária de 3 horas e 31 minutos. Isso soma mais de cem horas por mês entre rolar feeds e compartilhar memes. Então, não é possível reservar parte desse tempo para causas sociais de interesse público que afetam a todos nós, direta ou indiretamente?
Não é necessário doar muitas horas: com uma administração cuidadosa do tempo, é possível incorporar o voluntariado sem prejudicar sua rotina, ao mesmo tempo em que traz inúmeros benefícios para aqueles que mais necessitam.
5. Você pode atuar presencialmente ou à distância
Hoje em dia não é necessário se deslocar. Você pode fazer trabalho voluntário presencialmente ou à distância.
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O trabalho voluntário online é um dos que mais cresceu nos últimos anos e por isso a comodidade de participar da sua casa, ou qualquer outro lugar, quebra mais algumas barreiras sobre disponibilidade e acessibilidade.
Escolha o melhor modelo, e perceba o quão útil poderá ser de onde estiver.
6. Tem a liberdade de escolher as competências que quer doar
Todos temos uma série de competências para doar, sejam as profissionais ou as pessoais.
Na dúvida pergunte-se: – quais são os conhecimentos e ferramentas que você utiliza no dia a dia e que podem ser úteis também para outras pessoas? Como ferramentas informáticas, uma segunda língua, conhecimentos de contabilidade e gestão financeira, atendimento de clientes, elaboração de currículos e tantas outras.
As competências pessoais são aquelas que você não usa necessariamente para trabalhar. Pode ser um talento, gosto ou vocação para algum esporte, arte ou artesanato. Todas elas são ouro quando colocadas a serviço de alguma instituição ou comunidade.
E não precisa elaborar muito: basta lembrar que estar em silêncio, num abrigo para idosos, fazendo companhia para os internos, ouvindo suas histórias, já é uma ação incrível.
7. Divida responsabilidades com outros mais experientes
Se você não sente segurança e não sabe como dar os primeiros passos, saiba que muitas vezes atuará junto com pessoas que já são voluntárias há mais tempo que você, e que poderão te dar dicas e orientações, basta que haja disposição de aprender e observar.
Lembrando que a melhor forma de ganhar experiência é praticando, ainda que no início exerça funções mínimas até, aos poucos, e se quiser, assumir mais responsabilidades.
8. Informe-se bem antes para tirar todas as inseguranças
Contra a desinformação: informe-se!
Se existem receios quanto ao processo e sua capacidade para se voluntariar, um excelente caminho é pesquisar sobre o assunto, conversar com pessoas que já trabalham no campo social, e perguntar!
Tire todas as suas dúvidas até que se sinta seguro e perceba que todos podem ser voluntários nas causas com as quais tem afinidade.
9. Prepare-se
A preparação tem a ver com o planejamento que você vai fazer: bloquear na sua agenda pessoal e profissional dias de reunião e de atuação, estudar sobre os beneficiários, preparar tudo que for preciso:
– a sua camiseta ou uniforme (caso haja),
– alimentação correta para a ocasião,
– saber o transporte que utilizará ou links e meios de acesso (caso seja uma ação online).
Quanto mais pronto você estiver no dia, melhor.
E o mais importante: prepare-se para estar com o coração disponível.
10. Deguste
Se ainda assim está inseguro do seu processo enquanto voluntário: faça um teste!
Procure uma ação que vá acontecer, diga que é a sua primeira vez, que não tem experiências, partilhe seus medos e diga que gostaria de participar para ver como é.
Simples assim!
Mas saiba que raras pessoas que “degustaram” uma ação de voluntariado não voltaram depois.
Depois que o bichinho pega, ela não sai mais : )
Afinal, o coração e a mente se encontram no voluntariado. Você irá perceber que está fazendo algo de muito certo para você, para o outro e para a comunidade, e que se faz bem, vale a pena repetir!