SUS de Campinas fecha 1º semestre com recorde de cadastrados e 2,1 milhões de atendimentos
Nº de pessoas vinculadas à Saúde de Campinas subiu 26% em três anos (Foto: Carlos Bassan)

SUS de Campinas fecha 1º semestre com recorde de cadastrados e 2,1 milhões de atendimentos

A Secretaria de Saúde de Campinas registrou novo recorde de pacientes cadastrados no SUS Municipal após fechar o primeiro semestre deste ano com 849,1 mil pessoas vinculadas à rede municipal. O total significa aumento de 26,3% desde 2021.

De janeiro a junho, a Pasta fez 2,15 milhões de atendimentos em centros de saúde (CSs), 63,4% a mais do que há três anos, quando a pandemia estava no período mais severo. O resultado reflete ações da secretaria para ampliar e qualificar a capacidade de assistência.

No comparativo com os seis primeiros meses de 2023, houve acréscimo de 55,1 mil cadastros (+ 6,9%) e o número de atendimentos equivale à diferença de 491,6 mil (+29,6%). Neste ano, as unidades básicas foram a principal porta de entrada para tratar os pacientes com sintomas de dengue em meio à maior epidemia da doença na história do Brasil.


1° semestre de 2021

- Atendimentos: 1.316.321

- Cadastros: 672.292


1° semestre de 2022

- Atendimentos: 1.499.436

- Cadastros: 743.791


1° semestre de 2023

- Atendimentos: 1.660.020

- Cadastros: 794.027


1° semestre de 2024

- Atendimentos: 2.151.824

- Cadastros: 849.143


A lista de atendimentos inclui consultas por médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, nutricionistas, assistentes sociais, psicólogos e terapeutas ocupacionais, além de exames e procedimentos. Em 2023, o SUS Municipal já havia registrado recorde anual de assistência com 3,1 milhões de atendimentos, o dobro do registrado em 2020.

"SUS é crucial"

O estudante paulistano Cristian Tongal reside em Campinas há um ano e neste momento faz estágio na área de consultoria. Ele é paciente do CS Centro e elogiou o atendimento. "Sempre venho aqui por ser mais próximo de onde moro. Gosto do atendimento e creio que o SUS é crucial, eu mesmo tive problemas com meu dente e ao fazer orçamento em rede privada deu quatro vezes o valor de um salário mínimo. Por outro lado, aqui eu consegui atendimento e pude fazer o canal", explicou.

A empregada doméstica Elaine Fernandes foi à unidade pela primeira vez nesta semana ao CS Centro após apresentar sintomas como dores no corpo e tosse. Ela lembrou que tem encontrado facilidade de acesso à assistência independente da região. "Faz três meses que mudei, mas onde morava antes (Jardim São Marcos), quando me sentia mal eu tentava um encaixe no posto mais próximo e sempre conseguia passar", afirmou.

O paciente Felipe Meireles Rodrigues, de 19 anos, valorizou os serviços de farmácia e vacinação oferecidos pelo SUS Municipal. "Sempre utilizamos o sistema público e quando os parentes necessitaram de remédios também não tiveram problemas para conseguir”.

Já a psicopedagoga aposentada Sebastiana de Assis, de 63 anos, ponderou ainda que o sistema público de qualidade é essencial do ponto de vista econômico. “Quando já estamos mais velhos gastamos muito e o SUS é algo necessário”, destacou.

O que foi feito?

Ao longo de três anos, a Saúde promoveu melhorias e avanços estruturais como a criação dos CSs Guanabara e Sirius-Cosmos, e o Centro de Especialidades Odontológicas Noroeste. Foram inauguradas ainda as novas sedes dos CSs Campina Grande e São Vicente, houve reforma do Centro de Convivência e Cooperativa Tear das Artes no Ouro Verde, e o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) no Parque Itália passou a ser 24 horas.

Foram feitas ainda reformas em diversas unidades, houve aquisição de novo prédio para o Almoxarifado, e avanço da área de tecnologia e informação com objetivo de modernizar condições de trabalho e assistência, além da inovação com uso da telemedicina e do chatbot para reduzir faltas em CSs, além de monitorar pacientes com sintomas de dengue.

No mês de agosto, a Prefeitura deu o primeiro passo para a instalação de uma nova policlínica na cidade com a desapropriação de um prédio no Centro que dará lugar à unidade. O investimento nesta etapa é de R$ 6,8 milhões e o objetivo é reforçar o conjunto de equipamentos do SUS Municipal direcionados para atendimentos de especialidades.

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