Tokenização de Créditos de Carbono: Por que os Indígenas não Podem Fazer Parte do Futuro?
Olá, amigos do LinkedIn!
Hoje, trago um tópico que, de primeira, pode parecer algo saído de um livro de ficção científica: tokenização de créditos de carbono em áreas indígenas na Floresta Amazônica. A ideia é tão inovadora quanto intrigante e, como um bom aficionado por tecnologia e história que sou, não resisti a entrar nessa discussão.
Recentemente, a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) emitiu um alerta sobre uma tentativa da empresa Green Forever de tokenizar créditos de carbono em terras indígenas. A Funai, em uma atitude paternalista, tem recomendado que os indígenas rejeitem essa e outras propostas semelhantes. A minha pergunta é: Por quê?
Voltando no tempo, por volta do século XVI, os portugueses chegaram aqui trazendo seus espelhinhos como troca por terras e recursos. Hoje, olhamos para trás e torcemos o nariz para essa troca desigual, certo? Mas e se eu disser que estamos prestes a repetir a história?
Não me entendam mal, sou um entusiasta da proteção das tradições e culturas indígenas. No entanto, vejo um paralelo interessante entre os espelhinhos de antigamente e a tokenização de créditos de carbono. A diferença crucial, porém, é que, hoje, estamos falando de uma troca potencialmente justa e benéfica para os indígenas. Sim, os mesmos que a Funai insiste em tratar como se ainda estivessem presos no século XVI.
Vamos encarar os fatos: nossos indígenas não são mais os mesmos. Eles evoluíram, assim como o restante da sociedade. Negar-lhes a oportunidade de participar do mundo moderno e da economia digital é, no mínimo, injusto. É como pedir que eles continuem na Idade Média, enquanto nós nos deleitamos com as maravilhas da tecnologia em nossos confortáveis apartamentos.
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Eu entendo a necessidade de precaução e o papel da Funai em proteger os indígenas de possíveis explorações. Ainda assim, me pergunto se essa atitude de superproteção não pode estar privando essas comunidades de oportunidades legítimas e justas de desenvolvimento e prosperidade.
Minha sugestão? Em vez de agir como um portão fechado, a Funai poderia ser uma ponte entre os indígenas e o mundo moderno. Ajudá-los a entender e navegar pelas águas complexas das finanças digitais e a fazer escolhas informadas poderia ser uma forma mais produtiva e respeitosa de proteção.
Afinal, quem somos nós para decidir o que é melhor para eles? Deixe que façam suas próprias escolhas, como todos nós. E quem sabe, em vez de espelhinhos, possamos finalmente oferecer a eles uma janela para o futuro.
E aí, o que vocês acham dessa questão? Vamos abrir um debate saudável e construtivo nos comentários. Até a próxima!
Fonte: Cointelegraph (Publicado em 21 de julho de 2023)
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1 aVocês sabem que minerais também podem captar carbono? Então...