Tomando decisões de investimentos - Taking investment decisions..

Falando com dois profissionais de diferentes áreas, um disse-me que tem sido muito procurado para auxiliar empresas renegociarem dívidas contraídas junto a instituições financeiras e outro disse-me que o estoque de produtos retomados junto a clientes cresceu 200%. Atualmente relatos como esses são comuns. Não podemos, no entanto, creditar tais fatos apenas à condução pelo governo ou mesmo ao caráter cíclico da economia. O que ocorre hoje é reflexo de anos anteriores quando o otimismo excessivo com relação ao Brasil imperava. Decisões foram tomadas assumindo premissas otimistas que incorporavam uma perspectiva de crescimento contínua e ininterrupta do seu setor (em que o empreendedor ou gestor estava ou se propôs a ingressar). Otimismo é bom, trata-se do combustível que move empreendedores e gestores. Todos precisamos de uma dose importante de otimismo para tornarem planos em realidade. Uma dose, mesmo que menor, de realismo (não pessimismo!) é-nos, igualmente, fundamental. Existem alguns princípios que em sendo observados pode trazer realismo ao processo de tomada de decisão e, inclusive, evitar desastres futuros: (1) Reconhecer que ambientes são formados por uma conjunção de fatores, e em um se alterando ele (ambiente) se transforma; e quanto maior o número de variáveis envolvidas maiores as chances de o ambiente se alterar rapidamente; (2) Considere sua máxima perda – em tudo dando errado, diferentemente do que se esperava (plano), e veja se pode suportá-la, ou seja, assumí-la e sobreviver; (3) Busque alguém de fora, que entenda do novo negócio ou tenha uma experiência em investimentos, e apresente-lhe seu projeto solicitando sua opinião (paga!); (4) Faça um “piloto”, um teste, objetivando aprender, ajustar antes de replicar em maior escala, e, assim, limitando perdas, antes de “entrar de vez”; e (5) Não acredite que apenas você reconheceu uma oportunidade; ou seja outros farão o mesmo movimento. Logo, espere concorrência. Há um provérbio que sumariza essa abordagem: “A pessoa sensata vê o perigo e se esconde, mas a insensata vai em frente e acaba mal.” 

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Talking with two professionals from different industries, one told me that has been sought to help companies renegotiate its bank debts and another told me that the company’s inventory of products retaken from customers grew by 200%. Currently, reports such as these are common. Such occurrences cannot be credited solely to the conduction of the economy by the government or to the cyclical character of any economy. It is also a reflex of an excessive optimism about Brazil. Entrepreneurs or managers made decisions assuming optimist premises that incorporated a perspective of continuous and uninterrupted growth. Optimism is good; it is the fuel that moves entrepreneurs and managers. All of us, we need an important dose of it to bring plans to reality. A dose, even smaller, of realism (not pessimism!) is equally fundamental. There are, however, 5 principles that if observed may bring realism to the decision making process and, as a result, avoid future disasters: (1) Environment is formed by a combination of factors in which one being altered the environment will be transformed; and more the number of involved variables more the chances of the environment change; (2) Consider your maximum loss – anything going wrong, different than expected – and check if you can support it and survive; (3) Seek outside help, from someone that understand the new business or has an experience in investments and present him your project asking for a professional (paid!) opinion; (4) Make a “pilot” , a test, learning before replicate in large scale, limiting your losses, before “jumping right in”; and (5) Do not believe that only you recognized this opportunity; assume that others will follow. Thus, anticipate competition! There is a proverb that summarizes this approach “The prudent see danger and take refuge, but the simple keep going and pay the penalty.”

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