Três Bancos do sector financeiro Angolano colocam 768 famílias no desemprego
Os governos e chefes de estado procuram entre varias politicas reduzir o hiato existente entre desemprego e o emprego, tanto é verdade que os governos e chefes de estado promovem e criam condições sociais económicas para promover o investimento privado.
Ao longo de sua história, o desenvolvimento do capitalismo trouxe para a esfera da produção industrial uma importante mudança de paradigmas que foi, essencialmente, a grande responsável por causar um impacto social capaz de reorganizar as estruturas da sociedade: a mão-de-obra empregada na economia da maior parte dos países europeus, até então, era sustentada pelo sistema de escravidão (ou seja: as colónias europeias presentes na África, na América e na Ásia supriam tanto a demanda por matéria-prima quanto por mão-de-obra desses países).
Com o advento do sistema comercial capitalista que desembocou, com o passar do tempo, na chamada Revolução Industrial, a necessidade de uma mão-de-obra que fosse, ao mesmo tempo, responsável pela produção e pelo consumo de todos esses produtos que começava a ser produzidos em escalas industriais tornou-se essencial para sustentar esse modo de produção.
Emprego e desemprego: relações modulares de afectação
Para a Geografia económica, o conceito de emprego está intimamente associado ao desempenho de uma função trabalhista que, em seu bojo, está atrelado a uma condição referente ao modo como as pessoas que trabalham desempenham essa função, isto é, se o trabalho é feito em carácter temporário ou permanente. Também é levado em consideração o envolvimento dessas pessoas em questão com qualquer tipo de actividade económica. Isso quer dizer que, no actual modelo de desenvolvimento da economia informal, principalmente no contexto geopolítico pós-ascensão do neoliberalismo, a existência de um emprego não precisa estar mais necessariamente atrelada à ideia de que existe também alguém que empregue. Um camelo, por exemplo, tem um emprego, ao passo em que ele mesmo é o seu próprio patrão.
No caso de seu complementar dialéctico, o desemprego, a situação já muda de figura quando levamos em consideração o que a Geografia económica nos tem a dizer a seu respeito. Isso porque o desemprego é um fenómeno que tem em sua essência uma causa. Isto é: se o emprego acontece e se dá mediante uma prática (o trabalhador trabalha, e desempenha sua função), o desemprego, pelo contrário, quando acontece é devido a uma situação específica, uma conjuntura, uma escolha económica, etc… Daí os seus diferentes tipos de classificação, que mudam diante dos seus aspectos principais.
Os tipos de desemprego
O chamado “Desemprego estrutural” é um tipo de desemprego bastante característico dos países subdesenvolvidos, também conhecidos como “países de capitalismo pouco desenvolvido”. Esse tipo está especificamente ligado à algumas particularidades bastante presentes na intrínsecas na economia desses países, como o fato de que existe um excesso de mão-de-obra empregada substancialmente em actividades agrárias e pecuárias, ou simplesmente actividades que estão ligadas a esse sector em sua essência. Além disso, falta de equipamentos de base, possíveis fomentadores de um desenvolvimento industrial mais acentuado, incide em uma necessária queda nos empregos.
Já o chamado “Desemprego conjuntural” ou “desemprego cíclico” é, como o próprio nome diz, decorrente de uma determinada conjuntura que impacta sobre aquela situação. É um tipo de desemprego característico de momentos de queda económica, de crise empresarial, depressão, enfim, quando há também algum tipo de retracção dos créditos fornecidos pelos bancos e que sempre acabam por impactar significativamente a economia. Nesse sentido, quando esse tipo de situação acontece, ocorre também uma queda significante no consumo, desestimulando de maneira significativa o poder de compra da população de um modo geral.
O “Desemprego tecnológico”, por sua vez, é típico dos chamados “países desenvolvidos” ou, também conhecidos como “países de capitalismo avançado”. Como o próprio nome já nos diz, ele resulta da substituição do trabalho humano pela maquinaria produtiva. Esse tipo de desemprego incide necessariamente sobre uma maior procura de trabalhadores especializados, que estejam habilitados a operar máquinas e equipamentos desenvolvidos, e, na medida em que isso acontece, ocorre um queda vertiginosa dos trabalhados considerados mais humanizados.
Subdirectora - Auditoria Interna
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