A tradição e a disrupção no mercado de softwares financeiros
Eu sou um entusiasta da tecnologia em praticamente todas as áreas das empresas. Obviamente, isso inclui também o financeiro, onde fiz minha carreira no mundo corporativo.
Porém, também tenho me preocupado cada vez mais com a ideia de que podemos estar somando dores de cabeça só pelo “frisson” da mais recente inovação do mercado, de um novo gadget, um novo recurso que, no final das contas, só vai trazer mais complicação para processos relativamente bem estabelecidos.
Então, fica a pergunta: como podemos avaliar se está na hora de trocar os softwares e plataformas de organização financeira que utilizamos em nossas empresas? Quando a tecnologia que estamos utilizando se torna obsoleta? É sobre isso que quero falar neste artigo.
Excel: passado ou futuro?
Criado em 1985, o software mais famoso do mercado financeiro, o Microsoft Excel, acaba de completar 36 anos. Durante esse período, foi colocado na posição de indispensável pela maioria dos executivos financeiros do mundo. Essa ferramenta tornou-se tão intrínseca à área que apesar de novas tecnologias surgirem todos os dias, muitos profissionais ainda continuam utilizando o recurso. Porém, será que o Excel realmente conseguiu superar a marca da obsolescência ou só estamos muito acostumados com ele?
Claro que a empresa Microsoft continua trazendo atualizações muito relevantes e evoluindo através do tempo; ouvindo seus clientes e ampliando soluções, inclusive proporcionando opções de customização do software. Entretanto, em meio a tantas inovações em IA, machine learning, sistemas baseados em nuvem e avançados data analytics, será que o Excel irá durar por mais 36 anos?
Muitos CFO’s ao redor do mundo acreditam que sim, outros acreditam que não. Contudo, o ponto é: se utilizamos um sistema de gestão financeira antigo que funciona, ficamos com ele ou investimos em algo novo e mais tecnológico?
Tradição vs disrupção
Uma pesquisa da Panorama Consulting, nos mostra que somente 21% dos executivos se sentem descontentes com o ERP utilizado em suas empresas e 34% se sentem neutros em relação a ele. Isso nos levanta uma questão: nossos sistemas de gerenciamento financeiros estão realmente à frente de seu tempo, ou só estamos apegados a eles?
Experts da área apontam que plataformas analíticas financeiras são primordiais para um CFO que busca inovações estratégicas. Algumas delas, como a Tableau Software e o Google Sheets, são grandes promessas na área por ajudar executivos a coletar uma maior e mais diversa quantidade de dados, e analisá-los de forma muito mais ágil. Essas ferramentas inteligentes permitem inúmeras vantagens de gestão, como mineração de dados, análise preditiva e visualizações, que segundo especialistas tornam o Excel e outros softwares mais antigos opções inferiores em gestão financeira.
Outra opção considerada das mais relevantes e recentes é a nova plataforma de software Mosaic. Idealizada pela empresa de mesmo nome, está sendo conhecida na área como a “armadura do homem de ferro” do CFO moderno.
Essa plataforma de “finanças estratégicas” supera muitas das deficiências dos sistemas Excel e EPR tradicionais, visando fornecer um sistema conectivo e colaborativo que obtêm dados enviados automaticamente dos mais diversos sistemas utilizados pela empresas (ERPs, HRIRs, CRMs, sistemas de pagamento e faturamentos, etc). Ela também envia esses dados para os líderes em tempo real.
Ao invés de declarações de fluxos de caixa ou balanços patrimoniais, as informações podem ser obtidas por meio de painéis de controle, visualização de dados e insights automatizados que facilitam o entendimento de pessoas que estão fora da área de finanças. Além disso, a plataforma incorpora inteligência artificial e machine learning para auxiliar em atualizações e futuras versões do software.
Claro que nada é gravado em pedra. E não podemos ignorar a importância de softwares mais tradicionais do mercado. Mas, acho importante saber que temos opção e explorar as inovações que os mais novos avanços tecnológicos nos proporcionam.