Transição de carreira em plena crise? Sim, por que não?

Pode parecer ousado imaginar que alguém esteja se preparando para fazer uma transição de carreira no momento político e econômico em que o Brasil se encontra. Mas, o trabalho de coaching tem me mostrado que a realização profissional e pessoal não pode esperar o momento que consideramos ideal para a acontecer. 

Essa demanda vem de dentro para fora, surge de uma necessidade interior que nem sempre pode esperar. Crises são carregadas de oportunidades. São elas que nos encorajam a enfrentar desafios que a nossa zona de conforto normalmente nos impede de encarar.

 O ideal, é claro, é que a transição aconteça de maneira planejada, com a retaguarda financeira e emocional da carreira que o profissional conquistou até o momento. Construir uma nova carreira em paralelo com a que já possuímos vai ser sempre mais fácil do que começar tudo do zero. Mas nem sempre isso é possível e, muitas vezes, a realidade que bate à porta, seja por um desejo interior ou por uma nova condição do mercado, exige um posicionamento rápido. Doa a quem doer.

E isso não precisa ser tão difícil quanto parece. Ao contrário do que muitos pensam, trocar de carreira não significa abrir mão dos conhecimentos e habilidades adquiridas na outra. Somos resultado daquilo que acumulamos ao longo da vida e toda essa bagagem certamente será usada novamente quando precisarmos.

E não há status, condição financeira ou idade que impeça um desejo decidido. Se a necessidade de mudar é latente, se o profissional acha que está deixando de se identificar com a atividade que exerce há anos, ou se o mercado o está levando a tomar essa decisão, não é a instabilidade política e econômica que vai impedir que ela aconteça.

Uma transição de carreira bem feita pode dar ao profissional ainda mais retorno financeiro, além da tão almejada realização profissional e pessoal. Basta que ela seja conduzida com responsabilidade e consciência dos riscos e oportunidades inerentes ao processo. É também para isso que o coaching existe, para ajudar nessa condução com os pés no chão e a cabeça focada no futuro que se pretende alcançar. Já assisti e participei de vários desses movimentos de mudança e posso assegurar: a comemoração é só questão de tempo.

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Artigo publicado originalmente em www.bedsenrocha.com.br