Tudo como serviço em nuvem???
Ao longo dos anos tivemos uma grande evolução nas soluções em nuvem que praticamente é possível usar tudo como serviço na nuvem, atualmente conhecido como XaaS. Um crescimento exponencial de soluções muitas vezes desconhecidas, porém que rodam por de trás das milhares de aplicações que usamos sem se quer percebermos.
Além do apelo da facilidade, escalabilidade, custo inicial baixo pagando conforme o uso, temos o Green IT (TI verde - ações ecologicamente corretas) e o fato que as empresas aprenderam a focar mais no negócio. Claro existem muitos outros fatores positivos e negativos também - comente quais são mais relevantes para você!
Com as conexões de internet cada vez mais estáveis, o transito ou transporte publico saturados e o metro quadrado cada vez mais caro, todos estão migrando suas aplicações para uma cloud podendo ser uma nuvem pública, como exemplo a AWS, ou uma nuvem privada em um datacenter. Em alguns casos usando as soluções de forma híbrida.
Veja no desenho a seguir uma linha do tempo desse cenário:
Vou descrever a seguir alguns dos serviços mais utilizados em nuvem como serviço:
a) Infraestrutura como serviço (IaaS): fornece apenas uma infraestrutura básica (máquina virtual, rede de definição de software, armazenamento anexado). O usuário final deve configurar e gerenciar a plataforma e o ambiente, implantar aplicativos nele. Exemplos: AWS (EC2), GCP (CE), Microsoft Azure (VM) são exemplos de Iaas.
b) Software como serviço (SaaS): às vezes é chamado de “software sob demanda”. Normalmente acessado por usuários usando um cliente fino por meio de um navegador da web. No SaaS, tudo pode ser gerenciado pelos fornecedores: aplicativos, tempo de execução, dados, middleware, sistemas operacionais, virtualização, servidores, armazenamento e rede, os usuários finais devem usá-lo. Exemplo: O GMAIL é o melhor exemplo de SaaS. Equipe Google gerenciando tudo que temos para usar o aplicativo através de qualquer cliente ou em navegadores. Outros exemplos SAP e o Salesforce.
c) Platform as a Service (PaaS): fornece uma plataforma que permite ao usuário final desenvolver, executar e gerenciar aplicativos sem a complexidade de construir e manter a infraestrutura. Exemplos: Google App Engine, CloudFoundry, Heroku, AWS (Beanstalk) são alguns exemplos de PaaS.
d) Contêiner como Serviço (CaaS): É uma forma de virtualização baseada em container em que a orquestração e os recursos de computação subjacentes são entregues aos usuários como um serviço de um provedor de nuvem. Exemplos: Google Container Engine (GKE), AWS (ECS), Azure (ACS) e Pivotal (PKS) são alguns exemplos de CaaS.
e) Função como Serviço (FaaS): fornece uma plataforma que permite aos clientes desenvolver, executar e gerenciar funcionalidades de aplicativos sem a complexidade de construir e manter a infraestrutura. Exemplos: AWS (Lamda), Google Cloud Function são alguns exemplos de Faas.
Alguns outros nomes dessa sopa de letrinhas:
BaaS - Backup como serviço;
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DBaaS – Banco de dados como serviço;
DaaS – Dados como serviço – Voltando para quem trabalha com dados, como gerenciar dados em um data-warehouse ou BI para analisar dados com inteligência de negócios. Dentro o DaaS ainda temo o Desktop como serviço. Muito utilizado quando se quer aumentar a segurança ou rodar aplicações em outros sistemas operacionais.
GaaS - Jogos como serviço;
ITaaS – Departamento de tecnologia como serviço. Entregando a gestão de tecnologia da informação como serviço;
MBaaS – Mobile backend como serviço;
SECaaS – Segurança da informação como serviço;
A tecnologia no geral está se tornando tão integrada, tão adaptada, tão natural e comum. Para efeito de curiosidade quero citar nesse artigo alguns conceitos trazidos por Mark Weiser, que foi o criador da Computação Ubíqua, defendendo o oposto da Realidade Virtual, em que as pessoas são colocadas dentro do mundo gerado pelo computador.
Movido por este conceito, Weiser percebeu que ainda não havia meios tecnológicos na sua época para que a Computação Ubíqua se tornasse realidade, então passou a dedicar esforços para desenvolver estes meios. Um exemplo disso foi a criação de "tabs", "pads", e "boards" pela Xerox PARC entre 1988-1994. A Computação Móvel e os Sistemas Distribuídos também receberam contribuições de Weiser, visando a viabilidade da ubiquidade computacional.
De acordo com Weiser (1991, p. 94) “as tecnologias mais profundas são aquelas que desaparecem”, uma metáfora de um cenário em que o uso da tecnologia torna-se uma dimensão tácita nas atividades cotidianas. Em essência, somente quando as coisas desaparecem neste sentido podemos focar em novos objetivos que estão além delas próprias.
Espero que isso lhe dê uma ideia clara sobre o que são serviços de computação em nuvem fornecidos no mercado e caminho que estamos trilhando.