Tudo tem o seu tempo
Fonte: Imagens Pesquisa Google

Tudo tem o seu tempo

É interessante observar a vida e perceber que muitas das vezes a vontade de buscar queimar etapas, progredir rapidamente ou querer ajudar sem analisar o contexto e o impacto sobre o outro pode não agregar valor na caminhada. Digo isto, pois a compreensão do “ajudar” nem sempre é compreendida por quem está recebendo a ajuda, e, acaba por virar obrigação ou “muleta” para o não desenvolvimento de competências, habilidades e atitudes tão necessárias à nossa vida produtiva, seja no viés pessoal ou profissional.

Quem de nós em sua vida, já não vez algo para alguém, um familiar, filho por impaciência de ensinar ou por querer poupá-los do longo caminho que o aprendizado pressupõe? E, ainda, tem o fato de achar que porque você já passou por tanta dificuldade e ou desafios que o “outro” não precisa passar por isso, buscando “facilitar” o acesso a resposta simplificado para resolver aquela situação em questão.

Sobre isto, o que posso afirmar é que ensinar não é uma tarefa fácil, requer paciência, resiliência, propósito, determinação e principalmente o entendimento de que o aprendizado se concretiza no outro, portanto, a experiência e fonte de realização são realizadas fora, pelo outro, na sua apropriação com o que acontece quanto está fazendo, vivenciando suas próprias experiências, deparando-se com suas capacidades e dificuldades em realizar, evoluindo ou não, de acordo com as suas condições objetivas de vida.

Certa vez, em um treinamento corporativo, me deparei com uma narrativa sobre a Lição da Borboleta, que dá conta de nos mostrar exatamente isto, e, que aqui trago alguns pontos para reflexão e análise deste comportamento e do quanto pode ser danoso para as nossas vidas a falta de consciência sobre estes atos de ajuda sem parâmetros. A narrativa expõe que um Homem estando em um jardim e contemplando o que ali acontecia, observou que surgir uma pequena abertura num casulo, então, sentou-se perto e ficou a observar o que iria acontecer, em sua interpretação ficou imaginado como é que a lagarta conseguiria sair por um orifício tão pequeno. Mas logo lhe pareceu que ela havia parado de fazer progresso em sua empreitada de se libertar daquele casulo, como se tivesse feito todo o esforço possível e agora não conseguisse mais prosseguir. Aí, ele resolveu então ajuda-la, pegou uma tesoura e cortou o restante do casulo, desta forma a borboleta pôde sair com toda a facilidade, mas seu corpo estava murcho, além disso, era pequena e tinha asas amassadas.

O Homem continuou a observá-la porque esperava que, a qualquer momento, as asas dela iriam se abrir e se estender para serem capazes de suportar o seu corpo, que iria se firmar a tempo. Mas, na verdade, nada aconteceu e a borboleta passou o restante de sua vida rastejando com um corpo murcho e com suas asas encolhidas. Nunca foi capaz de voar. Neste contexto, a Lição da Borboleta, nos mostra que o Homem em sua boa vontade de ajudar não compreendia era que o casulo apertado e o esforço feito pela borboleta para passar através da pequena abertura era o modo pelo qual a Natureza se incumbia de realizar o processo de fazer com que o fluido do corpo da borboleta circulasse até suas asas para que ficasse pronta para voar assim que se completasse o ciclo de seu desenvolvimento, vindo a sair daquele invólucro, capa a qual estava presa.

Trazendo para o nosso cotidiano, seja pessoal ou profissional, algumas vezes, o esforço é justamente o que precisamos para nossa evolução, pois os obstáculos apresentados servem de ponte para o nosso crescimento. É importante avaliar se não estamos vivendo uma vida atrofiada, fugindo da dor do crescimento, nos escondendo dos pontos aos quais estamos sendo negligentes em investir para aprender. Não é vergonha não saber, para mim, vergonha é se esconder dos pontos a que precisamos dedicar tempo em obter êxito no aprendizado, pois nos tornamos mais fortes a medida que aceitamos o desafio do melhoramento continuo e isto pressupõe se abrir ao novo e sair da zona de conforto, onde tudo parece ser mais fácil, confortável. E, para ir finalizando, vou me utilizar das palavras de Edgar Abbehusen e Vinih Michalski, onde o primeiro diz que “amor de verdade é aquele que aprecia e colabora com o seu crescimento pessoal, intelectual e profissional. Qualquer outra coisa diferente disso é doença e você precisa se curar”, e, o último, complementa dizendo que, “uma pessoa rica de conhecimentos, com inteligência suficiente para saber utilizá-los, jamais temerá a pobreza, pois tem a sabedoria suficiente para viver em abundância”. Vivamos em abundância, ajudando com a consciência de que não estamos alimentando ou criando pessoas atrofiadas para a vida. (Autora: Alcilane Mota) #vivaoagoraconstruaofuturo



 

 

 

 

 


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