UM BRASIL SEM CIÊNCIA, INOVAÇÃO e ECONOMIA!
O país vem passando por um período muito complicado economicamente desde a descoberta dos escândalos que culminou numa derrocada financeira arrasando muitos setores e principalmente os postos de trabalho.
Fala-se muito em meios de alavancar a economia, mas o que observo são medidas descabidas, ou seja, vejo muita política e pouca gestão e logo agora quando mais precisamos de decisões estratégicas para gerar novas oportunidades e movimentação econômica.
Com um “orçamento mais apertado”, a ciência vem recebendo cada vez menos INVESTIMENTOS e os números não mentem.
A pauta do momento é o futuro do trabalho e a INOVAÇÃO dos produtos e serviços, mas enxergo, dentro daquilo que leio e pesquiso, que a CIÊNCIA e a EDUCAÇÃO são pontos VITAIS para o BRASIL, ou melhor, para qualquer nação que deseja prosperar.
Com um “orçamento mais apertado”, a ciência vem recebendo cada vez menos INVESTIMENTOS e os números não mentem. O último orçamento ficou na casa dos R$ 3,2 bilhões de reais e um corte de 44% comparado com os R$ 5,8 bilhões previstos.
Em contrapartida, o CONGRESSO vem pleiteando um fundo eleitoral com dinheiro público que será criado para bancar as candidaturas de 2018 no valor de R$ 5,9 bilhões.
Parece muito dinheiro não? INFELIZMENTE é muito pouco quando tratamos desse assunto. Em contrapartida, o CONGRESSO vem pleiteando um fundo eleitoral com dinheiro público que será criado para bancar as candidaturas de 2018 no valor de R$ 5,9 bilhões. (ESTADÃO - 06/07/2017 - https://goo.gl/Nnm3Ht)
Sem estes investimentos não há o que fazer. O que se recebe mal paga a manutenção de equipamentos, bolsas de estudo, água, luz… Como é possível um país se desenvolver e crescer sem aplicar em estudo, pesquisa e educação? Vamos parar no tempo e ficar para trás. Os responsáveis precisam entender que a ECONOMIA se beneficia da CIÊNCIA.
Tudo precisou ser criando, inventado a partir de muita pesquisa e conhecimento de física, química, biologia e engenharia.
Você já parou para pensar que tudo o que usamos, dos pés até a cabeça, do que plantamos ao que comemos, é fruto das benesses da ciência? Tudo precisou ser criando, inventado a partir de muita pesquisa e conhecimento de física, química, biologia e engenharia.
Alguns exemplos de esforço, conhecimento e seus resultados:
- A AGRICULTURA é um grande exemplo, pois nós comemos tecnologia, ou ciência se assim preferir, todos os dias nas nossas casas. O Brasil é o segundo maior produtor mundial de grãos de soja (Embrapa - Junho 2017).
- O PETRÓLEO, ou seja, extração em grandes profundidades onde a PETROBRAS recebeu três vezes o prêmio OTC Distinguished Achievement Award for Companies (EUA) pelo desenvolvimento de inovações que são fundamentais no desafio do Pré-sal (Jornal do Brasil - Maio 2015).
- Ah! o ETANOL. Tecnologia nossa, brasileira, a partir de uma espécie trazida de outro país, adaptada e hoje tem uma alta produtividade com uma diminuição de mais de 60% em emissão de poluentes. Mais uma vez o país é o segundo maior produtor mundial de etanol combustível (Financial Times - Julho 2017).
- Lembra da MICROCEFALIA? Foi num laboratório, aqui no Rio de Janeiro, que chegou à conclusão da ligação com o ZIKA VÍRUS. Só foi possível por conta de uma pesquisa que já vinha sendo feita há vários anos.
Imagina perder isso tudo? Onde estaríamos hoje? Dá para ter ideia das perdas pela falta de pesquisa e a restrição de gastos, ou melhor, INVESTIMENTOS?
De acordo com o SBPC (SOCIEDADE BRASILEIRA PARA O PROGRESSO DA CIÊNCIA), a falta de investimento adequado cria um aumento na dependência de tecnologias vindas de fora e com isso vamos comprar cada vez mais dos países que souberam e acreditaram no investimento tecnológico.
Ao deixar de injetar os devidos recursos perdemos a principal FERRAMENTA que move a CIÊNCIA, TECNOLOGIA, EDUCAÇÃO e qualquer outra cadeira de pesquisa e desenvolvimento, ou seja, as MENTES QUE PENSAM. Nos deparamos com o ÊXODO de cérebros. Nossos cientistas estão saindo daqui e entregando o nosso progresso para outros países. Sou a favor de compartilhar sempre, mas perder o recurso humano por falta de capital interno é o fim.
É notório que os gastos precisam ser cortados, mas a mente retrógrada e oportunista de quem é de direito parece que não sabe DIFERENCIAR GASTO de INVESTIMENTO. Para cada U$ 1,00 investido numa educação de qualidade, o país deixa de gastar U$ 16 com doença, pobreza e criminalidade. Os números estão aí para mostrar os perigos de uma omissão, mas a cegueira, por vezes penso que proposital, é evidente.
Caso este hiato financeiro continue por conta da política pública, pesquisas e estudos de algumas doenças neurológicas, como Alzheimer e mal de Parkinson, o programa espacial e a pesquisa agrícola serão extremamente afetados. Quanto será que isso custaria ao cofres públicos? Criar impostos e aumentar alíquotas do IR vai resolver?
E agora? O que fazer? Acredito que as empresas, os GRANDES empresários na verdade, aqui do Brasil deveriam seguir de exemplo, como nos países da Europa e os EUA, que utilizam o capital PRIVADO para financiar projetos e pesquisas. Estamos em desenvolvimento e há muitos milionários na nossa casa que podem investir uma parcela mínima do seu aporte em prol do desenvolvimento científico.
Vamos mudar os olhares, acreditar na nossa ciência e parar com isso de que só o do estrangeiro é melhor. Caso fosse essa uma verdade absoluta não viriam eles para cá investir ou não perderíamos nossos talentos para eles.
O Brasil é um país de potencial GIGANTESCO, mas falta seriedade ainda!