Um cara fez um livro em 72 horas com ChatGPT e Midjourney. E você, o que fez nas últimas horas?
Imagine você, parado no final de semana chuvoso, sem muito o que fazer. Abre o ChatGPT (um algoritmo de inteligência artificial para textos) e começa a pedir para o algoritmo escrever uma história de uma menina com seu amigo robô para aprender sobre tecnologia para um livro infantil. Como todo livro infantil precisa de ilustrações, você abre outro programa o Midjourney (outro algoritmo de inteligência artificial para imagens) e escreve as imagens que você quer gerar para seu livro. Pronto, em 72 horas você tem um livro e começa a vender na Amazon. Em pouco tempo, vende mais de 800 livros.
Sim, isso é verdade e aconteceu. Ontem estava me preparando para publicar a newsletter de hoje quando me deparei com essa noticia, do gerente de design norte-americano Ammaar Reshi no site Insider criando um livro para sua filha. Isso mudou até o conteúdo de hoje que seria sobre apresentações para falar deste caso.
Quem quiser acessar o perfil do Ammar Reshi no Twitter para conhecer a história, clique aqui. No site da Insider, clique aqui. Na Amazon para ver o livro (que gerou inúmeras reclamações), clique aqui (o livro foi suspenso e o custo agora é zero, muita reclamações de artistas). Tem até uma reportagem da Time, clique aqui.
Vamos explorar sobre essas duas ferramentas aqui no i9ae nas próximas newsletters. Para quem quiser começar a entender como funciona, vale clicar nesses links:
(as páginas dos algoritmos não são a referência em design, mas pode clicar e conferir).
Recomendados pelo LinkedIn
Não há duvida que existe um espaço de inovação ocorrendo quando olhamos esses algoritmos de IA. Já teve IA de imagem que ganhou campeonato de imagem (logo depois desclassificado) e é só pesquisar no Google que você terá acesso a inúmeros tipos, seja que escrevem textos, gerem imagens e outros que estão surgindo.
Um dos grandes pontos de discussão que veremos avançar nos próximos tempos está na questão de proteção a propriedade intelectual. É fato também, em caso de algoritmos de imagem ou mesmo de texto, que o uso de base de dados para ensinar o algoritmo vem de dados públicos e gratuitos, mas não temos certeza disso. Eles podem estar usando qualquer tipo de informação na Internet que o ajude a entender ainda mas como gerar determinado conteúdo. Não temos uma regra definida no Brasil sobre esse tipo de uso, mas veremos algo avançar, com certeza.
Vale a pena usar essas ferramentas? Desde que não seja para fins comerciais, pode ser uma porta para expandir nossa criatividade. E pelo que estou lendo, esse é um dos casos práticos da WEB 3.0 que vejo pouca gente conversando a respeito. Parecia um futuro muito distante (pelo menos para mim nas empresas que estava), mas vejo que está acontecendo mais rápido do que imaginava. Quer conhecer mais sobre WEB 3.0, li um artigo bom da FIA, clique aqui.
Enquanto isso, estamos vendo somente o início do uso dessas ferramentas. Um cara em algum momento resolveu criar um livro (dizem que o texto não estava dos melhores - eu não li) com imagens (dizem também que algumas imagens não faziam sentido) para ser vendido de forma online. Será que esse é o primeiro caso? Ou o que veremos ao longo de 2023? E quando combinarmos outros algoritmos com funções complementares?
Se possível, eu tenho uma sugestão de um case. Usarmos o CHATGPT ou algum algoritmo similar para substituir aqueles chatbots insurportáveis que temos em canais digitais que tentam imitar uma conversa humana. Se já temos essa tecnologia e podemos usar de forma mais amigável, eu já estaria investindo como empresa nesses novos modelos. Bora inovar pessoal. i9ae!
P.S. Textos e imagens deste artigo todos gerados por dedos humanos, sem apoio de algoritmos.
60+ Referência no Brasil em Etarismo e Integração Geracional. Autora do livro: " Etarismo, um novo nome para um velho preconceito". Conselheira, Consultora, Palestrante e Professora de Programas de Formação Executiva.
1 aAchei fantástico! Não vi ainda como funciona, mas já pensei aqui como isso poderia encurtar os caminhos! Acho importante termos a mente aberta para a inovação e tentarmos tirar dela sempre o melhor proveito, à serviço de nossa inteligência! Obrigada por compartilhar!
Ativista da Longevidade / Economia Prateada / Diversidade e Inclusão Etária / Influenciadora Senior / Palestrante / Consultora
1 aNâo sou contra IA. Muito pelo contrário, numa etapa da minha vida profissional em envolvi em um projeto onde eu pretendia chegar ao uso da IA para avaliação de tratamentos odontológicos em uma grande empresa... na época, início dos anos 2000, o então CEO se mostrou um pouco cético e me pediu , para o momento, um "vôo em menor altitude". Bem, não cabe aqui eu contar esta história mas defender que o bom uso da IA traz grandes benefícios. Porém, como em todo novo negócio, temos que analisá-lo sob diferentes óticas, sobretudo as questões éticas e legais. No exemplo de uso por Aamar para escrever um livro para sua filha...bem, se fosse só isto...mas, ao levar para comercialização... entendo que existam pontos sobre propriedade intelectual (em quais bases a IA "navegou" e trouxe o texto) e o delicado plágio... Outro ponto é acabar trazendo conteúdo não verificado (tipo fake news). Mas, de qqer forma Alex Körner não temos como ou, melhor, não devemo,s fugir de explorar o tema, fazendo do seu uso algo benéfico para a humanidade.
No livro 1984, Orwell descreve uma cena onde uma mulher cantarola "musicas com letras criadas por um programa de computador". Estamos quase lá!
CEO e co-Founder na .biofy Technologies
1 aRealmente o mundo mudou e a IA veio pra ficar. Aceitemos ou não, é fato e este é um bom exemplo disto.