Um mais um é sempre mais que dois!
A nova rotina parece estar instalada. Entramos agora em um novo momento, onde podemos também sentir uma espécie de cansaço acompanhado de ansiedade. Nada mais natural por serem frutos das incertezas que este inédito momento nos apresenta.
Percebo que o retorno ao conhecido começa a ocupar mais lugar em nossas mentes do que as informações sobre a própria situação que nos colocou neste desconhecido.
Nas nossas casas, o panorama adverso nos colocou de frente com o que precisávamos resgatar, aprender ou modificar. Verdades, zonas escuras e mais profundas, valores essenciais da vida! Para alguns, os aprendizados estão vindo da solidão, enquanto que, para outros, o desafio é a convivência que tinha sido esquecida.
Mas será que é possível voltar para o velho e conhecido mundo que existia antes da pandemia? Acredito que não, simplesmente porque ele não existe mais.
Vínhamos vivendo roboticamente, sem olhar para os lados e nem para nós mesmos. A inconsciência que nos levava ao esgotamento dos recursos naturais, ao consumo desenfreado e à alienação em relação aos outros, tornou-se visível e, portanto, deixou de ser uma condição viável a ser retomada.
Estamos sendo sacudidos fortemente para despertarmos do sono profundo em que estávamos mergulhados. O alarme tocou para todos, indistintamente. O desafio está proposto como um jogo coletivo, contudo os jogadores atuam individualmente e todos são importantes.
Conseguimos ser felizes em um mundo frágil, enfermo! Imagine o que poderemos ser depois que entendermos que estamos todos interligados? De que a tecnologia deve ser usada pacificamente e com responsabilidade e que dependemos da Terra tanto quanto ela depende de nós? E que nós e o planeta somos um só, pois interagimos com ele a todo momento, como irmãos, e que a única saída para a nossa sociedade passa pelo aumento de consciência, pela união e pelo Amor?
Para concluir, me vem à cabeça uma das canções que mais gosto, do nosso mineiro Beto Guedes, de 1981 e tão atual, com o título ‘Sal da Terra’, que há 38 anos manda uma clara mensagem para a sociedade: devemos cuidar do nosso planeta. Todos nós!
Vou reproduzir alguns trechos desta linda canção abaixo, mas se você conseguir, com o uso da tecnologia, assim como estamos fazendo diariamente nas salas de aula das instituições da Ânima Educação, e no trabalho home office de nossos educadores e educadoras, veja esta referência no Youtube ou abra seu aplicativo de música preferido para escutar essa canção. Se quiser, pode colocar seu fone de ouvido, fechar seus olhos e deixar fluir...
“Anda, quero te dizer nenhum segredo. Falo desse chão, da nossa casa, vem que tá na hora de arrumar...”
”Terra, és o mais bonito dos planetas. Tão te maltratando por dinheiro, tu que és a nave nossa irmã...”
“Vamos precisar de todo mundo, um mais um é sempre mais que dois. Pra melhor juntar as nossas forças é só repartir melhor o pão. Recriar o paraíso agora para merecer quem vem depois...”
“Deixa nascer o amor. Deixa fluir o amor. Deixa crescer o amor. Deixa viver o amor”.
Vamos conseguir, mas vamos precisar de todo mundo. Um mais um é sempre mais que dois!
Lifelong Learning e Pessoas | Comunicação e Branding | Carreira e Bem-Estar | Neurociência e Comportamento | Educação Corporativa
4 aExcelente. Precisamos estar conectados à onda de mudança desse novo tempo
Analista de Dados
4 aMaravilhoso!
Professor Titular da USP; Member of the Board of Advisors at ABERJE; Member of the Management Board at Chronos
4 aExcelente texto para uma boa reflexão sobre a vida e a convivência. Gostaria também de complementa-la com uma canção do Chico Buarque, Roda Viva: Tem dias que a gente se sente Como quem partiu ou morreu A gente estancou de repente Ou foi o mundo então que cresceu A gente quer ter voz ativa No nosso destino mandar Mas eis que chega a roda viva E carrega o destino pra lá Roda mundo, roda-gigante Roda moinho, roda pião O tempo rodou num instante Nas voltas do meu coração A gente vai contra a corrente Até não poder resistir Na volta do barco é que sente O quanto deixou de cumprir Faz tempo que a gente cultiva A mais linda roseira que há Mas eis que chega a roda viva E carrega a roseira pra lá Roda mundo (etc.) A roda da saia, a mulata Não quer mais rodar, não senhor Não posso fazer serenata A roda de samba acabou A gente toma a iniciativa Viola na rua, a cantar Mas eis que chega a roda viva E carrega a viola pra lá Roda mundo (etc.) O samba, a viola, a roseira Um dia a fogueira queimou Foi tudo ilusão passageira Que a brisa primeira levou No peito a saudade cativa Faz força pro tempo parar Mas eis que chega a roda viva E carrega a saudade pra lá
Advogada atuando nas áreas de Direito Educacional, Fundações e Direito de Família
4 aBelíssimo texto! Irretocável 👏🏻