UM NOVO PATAMAR NA GESTÃO DA FORÇA DE TRABALHO NAS INSTITUIÇÕES DE SAÚDE

Os principais responsáveis pela gestão da força de trabalho dos hospitais, Enfermeiros Supervisores, Coordenadores e Gerentes de Enfermagem, além dos profissionais de qualidade e RH, sabem das dificuldades de uma operação que funciona 24 horas por dia, 7 dias por semana, 365 dias por ano, de forma ininterrupta. Além de ter que estar atento à pelo menos quatro equipes diferentes para um mesmo posto de trabalho, tem de responder por questões relativas a motivação, resposta ao atendimento assistencial, cumprimento da legislação trabalhista e atendimento as normas de qualidade de trabalho, fundamentais para os processos de acreditação. Jornadas de trabalho de 12 x 36, 12 x 60, além de outras tantas, somadas a centenas de horários diferentes, fazem com que muitos dos subordinados não tenham nenhum contato com o quadro gerencial.

No caso dos Técnicos em Enfermagem, uma mão-de-obra que, apesar de toda a crise, ainda tem um mercado de trabalho cativo, que ainda escolhe locais de trabalho e que exige qualidade no processo de gestão. A cada ano as escolas formam menos Técnicos, números que podem ser constatados pelos baixos registros de novos profissionais no conselho de classe da categoria.

Uma categoria que normalmente trabalha em pelo menos duas instituições, formada basicamente por mulheres, que naturalmente ainda tem uma jornada suplementar em seus lares.

Este é o cenário básico no processo de gestão da mão-de-obra da área de saúde, que ainda luta em mais duas frentes representadas pela falta de recursos financeiros e pela necessidade crescente de melhorar os índices de qualidade no atendimento aos pacientes clientes.

Temos, pois, no mínimo instrumentalizar estes Gestores com ferramentas de gestão, que além de facilitar o seu dia a dia, também contribuam para a melhoria no processo de atendimento assistencial, melhoria dos processos de qualidade, aumento de produtividade, redução de riscos trabalhistas e, fundamentalmente, engajamento e motivação da força de trabalho.

Não há como entender, por exemplo, que ainda tenhamos que recorrer a planilhas elaboradas em EXCEL, para confecção das escalas de trabalho, que na maioria dos casos constituem tão somente um processo de cumprimento de uma formalidade legal, na quase totalidade dos casos desatualizadas e disformes da realidade do dia a dia. Escalas que pouco tem a ver com o nível de ocupação dos leitos, principalmente quando acontecem fechamentos de leitos por motivos diversos. O resultado, quase sempre, é a falta de empregados em alguns postos de trabalho e a sobra em outros. Turnover e absenteísmo normalmente iniciam por aí o processo de crescimento dos indicadores negativos, capitaneados pelas necessidades de dobras.

A falta de instrumentos de gestão é aflorada mesmo quando temos que buscar o preenchimento de uma necessidade de mão de obra que decorre de fatores, por exemplo, de ausência por doença. A busca do substituto, via de regra, não tem tempo de verificar a competência necessária para a posição e, em quase 100% dos casos infringir a pelo menos uma regra trabalhista. Normalmente se quebra mais de uma regra trabalhista com um mesmo ato.

Neste contexto, a partir de experiências em dois grandes hospitais, recomendo a busca de softwares de gestão da força de trabalho, chamados WORKFORCE MANAGEMENT.

São ferramentas poderosíssimas de gestão, capazes de responder a todas as necessidades abordadas, com retornos de investimentos a taxas altíssimas, geradoras de satisfação tanto para Gestores quanto para as equipes de trabalho e com altíssimo poder de redução de passivos trabalhistas.

 

Eduardo Swerts - Gestor de Recursos Humanos - Business Partner SISQUAL - eduswerts@gmail.com   -   swerts@talentostop.com

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