SNE e valores ético-morais
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SNE e valores ético-morais

SNE e valores ético-morais

Conseguir ingressar no Ensino Superior é sem dúvida umas das grandes conquistas da maioria dos jovens moçambicanos. Quanto a mim, destaco 2016, ano que admiti para curso de Organização e Gestão da Educação na UEM (Universidade Eduardo Mondlane), mergulhando assim em uma área do saber onde jamais almejaria sair. Foi sem dúvida uma das melhores decisões que tomei. Desde então, a jornada tem sido extremamente interessante, estando constantemente aguçando a minha capacidade de questionar e repensar, partindo da premissa de que o questionamento é um vector importante para gerar aprendizado.

Um dos constantes questionamentos que tenho à respeito da educação, é relativo ao papel e/ou contribuição do sistema nacional de educação na formação de um bom cidadão.

Sem querer descrever aqui análises profundas do Sistema (talvez a faça noutra oportunidade), o que eu advogo é que o nosso SNE (Sistema Nacional de Educação) precisa ser mais orientando em formar melhores pessoas e cidadãos. Ademais, penso que toda e qualquer instrução nos mais diversos campos do saber, por mais qualificada que seja, será inútil se esses profissionais estiverem desprovidos de princípios e valores morais que os norteiem a serem úteis à sociedade e serem pessoas moralmente melhores. Na minha opinião, a escola, para além da instrução que já administra, precisa na mesma ou em maior proporção, ser igualmente um recurso poderoso para desenvolver princípios e valores morais.

Termino partilhando uma carta supostamente encontrada término da Segunda Guerra Mundial em um campo de concentração nazista. Apesar de desconhecer a autenticidade da história por detrás da carta, o texto reproduz exactamente a minha reflexão:

 “Prezado Professor, sou sobrevivente de um campo de concentração Mazista. Meus olhos viram o que nenhum homem deveria ver. Eu vi Câmaras de gás construídas por engenheiros formados. Vi Crianças sendo envenenadas por médicos diplomados. Lá, eu vi recém-nascidos mortos por enfermeiras treinadas. Vi Mulheres e bebês sendo fuzilados e queimados por graduados de colégios e universidades. Assim, tenho minhas suspeitas sobre a Educação. Meu pedido é: ajude seus alunos a tornarem-se humanos. Seus esforços nunca deverão produzir monstros treinados ou psicopatas hábeis. Ler, escrever e saber aritmética, só serão importantes se fizerem nossas crianças mais humanas.” Autor Desconhecido.

Salvador A. Muchanga

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