Educação como Base Central do Progresso Moral e Intelectual
Foto Extraída do site: https://www.ituporanga.sc.gov.br/noticias/secretaria-da-educacao-orienta-alunos-para-ensino-presencial-e-a-distancia-em-virtude-do-covid-19-3249.html

Educação como Base Central do Progresso Moral e Intelectual

Uma educação bem estruturada que oferece todo o auxílio, desde a base até a formação acadêmica, é a formula para se alavancar a todos de uma forma completamente justa.

  A meritocracia na qual vivemos hoje tão ilusória e que atende apenas um seleto grupo de indivíduos, não é digna de uma política de futuro, pois a política do futuro requer uma total inclusão dos cidadãos, seja eles a quais classes estiverem.

  Educar, com o próprio nome diz, não é sinônimo de uma enxurrada de conceitos a se decorar para que os estudantes à absorvam como uma espécie de robôs, para que possam tentar a sorte em uma competição frenética e alucinante em uma instituição de renome nacional. Educar vai muito além disso, é preparar nossas crianças e jovens, sob conceitos e técnicas diferentes, para que elas possam se convergir entre si, ajudando uns aos outros, para que no fim do trajeto, possam fazer jus a todo o mérito de sua trajetória para trilhar a carreira profissional, sem as devidas competições que nos rodeiam hoje.

  Para que possamos conseguir esse efeito, tão almejado por todos, há a necessidade de se mudar a base da educação, reestruturá-la e buscar a preparação, não de professores, mas de educadores, que poderão prestar todo o auxílio para cada estudante de modo totalmente personalizado, afim de se buscar a excelência diretamente nas dificuldades de cada aluno.

  Todos os alunos serão ensinados de modo totalmente filosófico, não só nos conteúdos programáticos de que lhes cabem, mas também a se ajudarem mutuamente, cabendo as provas individuais sendo apenas critérios para se verificar as dificuldades de cada um para que os educadores possam atuar em cima de cada dificuldade em específico, sendo o progresso de cada aluno medido no desenrolar do ano, cabendo uma nota individual que acompanhará o aluno em dois âmbitos, intelectual e moral.

  Este método de ensino desde os primórdios da tenra idade, que implica de maneira abrangente a fraternidade e a igualdade entre cada um, permitirá que todos os jovens não pensarão nos colegas como adversários e sim como irmãos, que se ajudarão mutuamente para se conseguir chegar em um único objetivo, que é o sucesso de todos, na qual consiste na realização dos sonhos de cada um.

  Professores de hoje terão que se reciclar para que se possam aprender as técnicas filosóficas, para que possam implantar esses conceitos e práticas dentro de salas de aula, o método ainda é passível de discussão e requer o máximo empenho de nossos filósofos e sociólogos na busca de um programa de ensino para os novos educadores de amanhã.

  Só conseguiremos implantar a verdadeira justiça na educação se houver uma consciência generalizada de todos como cidadãos de como ela, a educação, pode transformar toda uma nação pela força da disseminação do conhecimento pelos educadores e pela absorção do mesmo pelos jovens, erradicando a tão ilusória meritocracia de nossos tempos e dando lugar a nova meritocracia, justa, fraterna e caridosa, que possibilitará a todos, sem exceções, o mesmo ponto de partida para as universidades e por conseguinte para as carreiras profissionais.

  Através do esforço e dedicação de cada indivíduo, os nossos jovens, a verdadeira meritocracia será posta a rigor, pois como o progresso é contínuo, dará margem para uma média global para que cada um possa adentrar nas universidades de sua escolha, sem que para isso, possa passar pelo crivo severo e desumano de um vestibular, e com isso, aqueles alunos que não quiserem, por vontade própria, prosseguir com o ensino, não poderão dizer que nunca tiveram a mesma oportunidade, pois ela será única e exclusiva a todos.

  A centralização da educação no Estado, pura e simplesmente, fará com que a educação não seja um produto do mercado e isso fará com que se levante contra essa ideia todas as instituições privadas, pois elas não permitirão a implantação de um sistema tão generoso como este ser implantado, pois, como tudo hoje é um produto a ser ditado pelo mercado, as melhores instituições de ensino de base são privados e quanto mais caro for a instituição, melhor é o ensino oferecido, por isso a busca da alta sociedade em poder matricular os filhos em instituições que ofereçam o melhor ensino para que se destaquem da grande massa que detém os piores ensinos, para que possam se projetar em universidades do Estado que, nesse caso, oferece o melhor ensino para alavancar boas carreiras, perpetuando suas famílias nas suas devidas classes.

  A filosofia, como a ciência de sempre buscar o conhecimento, precisará ser disseminado entre os educadores e os alunos, pois sem a prática da filosofia é praticamente impossível desenvolver a moralidade e a ética em nossa sociedade. A construção da criança e jovens se torna muito mais fácil do que a transformação em pessoas já desenvolvidas, porque os adultos precisam de um período de transformação relativamente grande, pois até deixarem seus maus hábitos de lado para assumirem suas responsabilidades na sociedade é muito mais difícil do que a modelagem e construção nas crianças e jovens.

  As escolas terão que sofrer uma remodelação teórica e física para abrigar a todos, podendo até ser estudado uma planta física padrão para que todos os prédios de escolas seguissem o mesmo padrão, aonde até os valores de construção seriam padronizados para futuras construções, já se separando o dinheiro do Estado para a construção e equipagem dessas novas instalações. Os laboratórios deverão fazer parte integrante desse novo sistema para que possam fazer parte do aprendizado prático desse novo sistema de ensino, tão desprezado nos dias de hoje.

  Os recursos para o custeio desse fim, deverão ser revistos no Estado e a adoção de um sistema de doação também deverá ser incorporado, para que se mantenha a operacionalidade de todo o sistema que permitirá a todos os jovens de nossa sociedade a verdadeira meritocracia.

  Não deveremos nos esquecer de que esse trabalho árduo por parte de nossos educadores, como responsáveis primários na transformação do poder intelecto-moral de nossos jovens, precisam ser postos em evidência e o aumento de seus respectivos salários precisam e devem ser postos em evidência, não devemos nos permitir que isso possa ser passado em branco, porque serão os pilares fortes de uma educação que virá a ser beneficiada, não só a critério pessoal de cada jovem, mas o Estado como um todo se beneficiará dessa incrível transformação.

  No novo conceito de educação, se prezará não só o intelecto dos jovens, mas também sua moralidade, que será tão importante quanto o seu poder de raciocínio e isso deverá somar aos pontos, como um novo sistema de avaliação, aonde as médias de suas notas serão somadas as médias de sua capacidade moral pra que consigam adentrar em universidades de suas vontades. Os jovens serão constantemente avaliados pelos educares nesses dois conceitos que serão de fundamental importância para sua entrada nas universidades.

  O debate desse novo conceito de ensino sobre a moralidade e a ética nos jovens, terão que ser discutidos entre os filósofos para que se aplique o melhor método de ensino e avaliação, pois serão a espinha dorsal de um Estado mais tranquilo, seguro e próspero.

  O intuito desse novo conceito e método, exclui por completo todo e qualquer meio de seletividade que são impostos e implementados em nossos dias, que são utilizados para excluir a maior parte das massas de nossa sociedade, que são injustamente massacradas por um sistema perverso de exclusão, mas cabe ressaltar que o problema não está aí e tudo o que fizer nesse sentido, apenas diminuirá o problema, mas não resolverá de fato o problema. A falsa ideia da meritocracia implantada nos dias de hoje que é amplamente divulgada, diz que cada um pode chegar aonde se quer, desde que se tenha a dedicação e o esforço necessário para tal, mas sabemos que os pontos de partida de cada um são completamente diferentes, que as pessoas mais abastadas tem o privilégio de largar na frente e assim conseguir uma melhor educação no sentido intelectual para se chegar ao topo, enquanto a grande maioria não tem a devida atenção em sua educação intelectual, tendo que se esforçar muito mais para se atingir o objetivo que muitas vezes nem o consegue alcançar. Só é possível enxergar essa discrepância aqueles que estão no pé do morro, porque os que estão acima, no topo, não conseguem enxergar a base em virtude de suas visões não alcançarem, por intermédio de uma neblina densa que se faz persistir no meio do morro.

  A verdadeira meritocracia só existirá quando toda a verdade for expressa e disseminada diante de todos, mas haverá aqueles que se esquivarão e outros se levantarão e farão de tudo para que não seja implantada, e esses serão aqueles que ocupam os melhores lugares perante a sociedade.

  A educação é o meio e a chave para acabar com todo esse sistema perverso de exclusão que temos hoje em dia, a educação forte e distribuída a todos, sem exceções, permitirá a todos o mesmo ponto de partida, cabendo apenas aos jovens a dedicação e o esforço na caminhada que se fará presente em suas vidas como estudantes.

  Os programas recém criados na entrada das universidades apenas minimizam o problema crônico que vivenciamos, é como se quiséssemos diminuir o tamanho de uma árvore apenas podando-a, sem atuar realmente na raiz do problema, será sumariamente impossível sessar o problema de vez, por esse motivo se faz necessária a construção de um novo método de ensino que abrange toda a base, desde do seu início, até seu término, por isso a presença constante da filosofia como forma de raciocínio e práticas na ética e na moral, além é claro, de ativar constantemente o raciocínio lógico, faz-se necessária desde os mais jovens, até os mais adultos, pois os farão refletir sempre em todos os aspectos da vida, seja ela do ponto de vista moral ou intelectual, sendo este o único modo de elevarmos todo nosso poder como verdadeiros seres humanos.

  Esse novo modelo de educação, moldará e construirá o caráter de nossas crianças e jovens, com exemplos e práticas, assim, conseguiremos plantar as sementes de um futuro vindouro cheio de tranquilidade e com maior ênfase em nossa sociedade com seres humanos que pensam em humanos e não no alimento do seu orgulho e egoísmo.

  As universidades também precisarão sofrer modificações com base nesses princípios, porque além de poucas, ainda carecem de infraestrutura e de moralidade para a extensão desse novo conceito, pois além de fornecerem os meios para alavancar os indivíduos ao mercado de trabalho, também oferecerão os meios para que ainda continuem a prosperar a ética e a moralidade, que serão guias em qualquer decisão que forem tomar em suas vidas profissionais.

  Como a base educacional do país se restringirá apenas ao Estado, haverá também a necessidade da centralização do ensino universitário em poder do Estado, pois, o mesmo poderá se beneficiar plenamente do poder intelecto moral de seus estudantes para a remodelagem de infraestrutura de toda a nação, ou seja, uma ciência que necessita de outras ciências para o bem comum, podendo haver políticas de estágios em obras públicas para que os estudantes aprendam na prática o que estudam em teorias nas universidades, não que não tenham, mas poderá ser melhor aproveitado de uma forma e contexto geral, possibilitando a todos o mesmo tipo de conhecimento.

  A intelectualidade é totalmente necessária, porém, ela sozinha não é sinônimo de bondade, ética e até a moral e isso está escrita em nossa história, pois, somente a formação intelectual não forma bons cidadãos, que estes, pode-se fazer mal uso de suas faculdades intelectuais, por isso é importante a extensão do conceito de ética e da moralidade nas universidades.

  A educação não pode e não deve virar um produto de mercado, assim como o é hoje. Ela é única e é para todos, um produto de mercado sempre perde a qualidade quando se é posto à venda, porque todos nós sabemos que quando se adentra em um mercado, o importante não é a qualidade, mas sim o lucro que se extrai do produto, por isso temos vários produtos de educação espalhado, aqueles que ofertam maior qualidade em virtude do seu elevado preço e outros que ofertam menos qualidade em virtude de seu baixo preço e temos aqueles que são gratuitos, porém pouca qualidade é ofertado e esse é aonde se encontram a maior parte da sociedade, que não pagam pelo serviço diretamente, mas em contrapartida, pouco pode oferecer para alavancar crianças e jovens a ocupar uma posição de destaque em nossa sociedade.

  A educação é a espinha vertebral do Estado, Aristóteles já pregava isso, que qualquer golpe contra a educação, seria um golpe fatal no Estado, portanto, as pessoas ainda não se deram conta de que tendo uma educação falha, resultam em prejuízos incalculáveis não só para o Estado, mas para a vida de qualquer indivíduo que faz parte da sociedade. Tendo elas uma educação forte, às projetará na vida com uma ascensão que pouco se vê, pois isso equilibrará a economia, oferecendo investimentos, progresso na sociedade como um todo, em todos os sentidos, implantação de novas tecnologias, desenvolvimento de novos conceitos, atualização e modernização das estruturas existentes, seja elas públicos ou privados.

  Percebe-se então que a única forma de ascensão de classes se dá pura e exclusivamente pela educação, mas a educação justa, forte desde a base até ao ensino universitário, capaz de oferecer a todos o mesmo ponto de partida, cabendo apenas o indivíduo o seu esforço e dedicação próprios, pois a todos serão oferecidos o mesmo empenho e o mesmo auxílio por parte dos educadores.

  Mesmo que tenhamos alguns programas que colocam pessoas de baixa renda nas universidades mais renomadas do país, como o próprio PROUNI e o ENEM, também foi possibilitado às pessoas utilizarem o sistema de financiamento, o FIES, para que possam usufruir do conhecimento e terem a oportunidade de lutar por um lugar no mercado de trabalho, que hoje é deveras competitivo, mas ainda se tornam falhos por não resolverem o grande problema enraizado em nossa sociedade, os programas ajudam, evidente, mas ainda não conseguem e não conseguirão resolver o problema se nada for feito na base.

  Por mais que se tenham uma certa facilidade nos tempos de hoje, nas chamadas décadas de ouro vivenciada pelo Brasil, na qual alavancou a ascensão ao conhecimento por parte de muitos membros da sociedade, ainda o processo de exclusão se faz arduamente presente, pois, mesmo com o surgimento de muitas universidade do ensino privado, elas ainda buscam seu lugar na vitrine do mercado, afim de conseguir a garantia do MEC, (Ministério da Educação e Cultura) com notas que fazem chamar a atenção dos jovens que buscam um ensino adequado para sua luta no mercado de trabalho, porém, isso não é tão bem aceito pelos melhores empregos e as empresas em questão utilizam os processos seletivos cada vez mais perversos, afim de excluírem àqueles que não tem um currículo universitário bom o suficiente para cobrir as vagas de quem necessitam.

  A grande indignação da população não se dá apenas pelo descaso, mas pelo desprezo que essa maioria passa, pois mesmo o filósofo Schopenhauer disse que não se pode odiar, pois odiando não se consegue desprezar o suficiente, por isso digo que a grande maioria não é odiada, mas desprezada por um sistema perverso e sem compaixão.

  Desprezar a educação é jogar fora o único meio de se conseguir formar um país mais justo, forte e soberano. Essa visão e raciocínio se faz perfeitamente compreensível, pois, não requer muito esforço para se chegar a conclusão de que a educação é um dos mais fortes pilares para construir tudo o que se é necessário e projetar uma melhor condição de vida a todos os membros da sociedade, fazendo-as compreenderem qual sua posição e qual sua relação cívica perante a cada um da sociedade.

  A nossa atual meritocracia moldam as pessoas a cultivá-las ainda mais o orgulho e o egoísmo, ignorando a coletividade, trazendo-as ainda mais vazio e falta de sentido na vida, privando-as de observarem sua obrigação cívica perante a sociedade e o próprio bem que possam fazer para com aqueles que estão a sua volta, é evidente que temos muito ainda para caminhar e refletir, não que o problema da educação seja o único, mas soma-se a centenas de problemas que temos, mas não podemos deixar de refletir que esse, uma vez solucionado, os outros serão mais fáceis de se resolver, pois a educação forte e justa, transformará toda a nação e fará com que os índices de violência caiam consideravelmente em todos os pontos, deixando de direcionar muito dinheiro a essa área e transferindo os gastos para investimentos em áreas a serem fortalecidos.

 Tudo aquilo que se necessita depositar uma quantia de recursos para amenizar um problema na qual o Estado foi falho, é considerado um gasto e um desperdício. Para que seja necessário nos livrarmos desses gastos dispendiosos e onerosos do Estado, deve-se investir fortemente na base educacional, isso nos possibilitará a recuperamos todo o tempo perdido e um novo recomeço para uma economia forte que perdurará.

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