Uma estrela subiu

Saber o que escrever em um momento como esse é MUITO difícil. Nunca estamos preparados para a única certeza da vida, ainda mais quando é alguém tão especial que parte e, ao mesmo tempo que deixa seu brilho, tira nosso chão. A ida de Sheila Maurer está sendo assim. Pra mim e pra um grupo de pessoas que eram colegas, passaram a ser amigos e viraram família. Mas com ela mesmo falava: A luta continua, irmãos.

Há muita gente para se admirar no mundo, mas agora, uma das mais admiráveis será contemplada nas lembranças, nas conversas, nas memórias. E são muitas. Muitas memórias boas. Costumávamos brincar de arranjar um jeito cada vez mais pomposo de elogiar e exaltar a pessoa, a profissional, a beleza e a elegância de Sheila Maurer. E a brincadeira, não era nem de longe por ela não merecer (porque ela realmente merecia tudo o que a gente falava e muito mais), a brincadeira era pelo fato de que tínhamos na nossa essência a alegria, a parceria, o humor acima de qualquer coisa. Ralávamos, tomávamos uns baques, nos esforçávamos e fazíamos sempre ótimos trabalhos. E sempre brincando, rindo, fazendo da vida mais leve.

E esse era um dos maiores dons da Sheilinha. Tudo com ela era mais leve. O mundo podia estar caindo, mas ela era sempre muito elegante. Eu queria muito saber brigar e cobrar as pessoas com a elegância dela. Mas talvez isso, seja um super poder que era só dela. Todos que a conheceram falavam de como era elegante, de como era uma LADY. E era. Demais. A maior de todas. Mas quem teve a honra de ser ainda mais próximo, sabia que também era brincalhona, moleca, parceira e “pau pra toda obra”. 

Inteligentíssima, Sheila era uma das maiores profissionais com quem eu tive o orgulho de trabalhar. Era uma jornalista maravilhosa, com uma habilidade com as palavras, na construção de textos, era demais. Era exemplo também nas técnicas de relacionamento com os clientes e parceiros, pois sabia que nem sempre eles têm a razão, mas sempre merecem respeito, merecem ser ouvidos, merecem a nossa atenção e com educação, de ambos os lados, as soluções de possíveis problemas se resolveriam. Mestre de cerimônias, organizadora de eventos, planejadora de viagens, revisadora de textos, incentivadora de todos, inspiração para quem convivia com ela.

Linda! Sheila era linda, em todos os possíveis sentidos da palavra e, com certeza, em muitos outros sentidos que a gente ainda nem conhece, mas ela já era e merecia. Um rosto de musa de cinema, um sorriso de preencher salões, um coração maravilhoso e generoso com toda criatura: amigos, clientes, parceiros, seres humanos, gatos...

Ainda é muito difícil acreditar que isso realmente aconteceu. Ainda me parece muito ousado querer escrever algo para homenagear aquela que se foi antes que inventassem um adjetivo que faça jus a tudo que Sheila foi, é e sempre será para todos nós. Mas na falta de outra forma, tive que me expressar assim. Até porque ela sempre foi uma incentivadora para que essse “menino das artes” também se aventurasse escrevendo. Dava toques, elogiava, enfim, era a Sheila. O que nos conforta um pouco é que ela se foi sabendo o quanto amávamos, o quanto era importante para mim e para cada um do nosso grupo. Sempre fizemos questão de deixar isso claro entre nós. E esse é mais um ensinamento que fica: vamos deixar claro para quem está conosco, o quanto importante eles são. Sheila continua e continuará sendo parte e importante para muitos. Obrigado por tudo Sheilinha.