Uma série, um comentário, uma associação à narrativa da tua marca
WandaVision faz-nos uma bela pergunta: “O que é a dor senão o amor perseverante?”
Na altura, esta foi a citação que mais circulava pela internet. Eu juro, toda a gente estava a tentar descobrir se esta era mesmo uma citação original da série, e a maioria ficou surpreendida ao descobrir que era – tanto que parecia que eles estavam num universo paralelo por causa da descoberta.
Mas há umas semana, eu estava a ler um artigo até que encontrei o comentário de uma pessoa que ficou surpreendida com o facto dos argumentistas terem criado uma frase tão profunda.
Ele disse…
"Eu experienciei uma espécie de Efeito Mandela com aquele 'O que é o amor, se não a dor perseverante?' citação de WandaVision. É algo que eu tenho na minha cabeça há pelo menos 20 anos. Quando eu comecei a ouvir as pessoas a atribuir isso a WandaVision, eu pensei que era uma loucura ignorante, porque sempre pensei que era uma citação famosa, talvez dita por uma Brontë ou algo assim. Mas aparentemente era realmente dessa série."
Ao contrário de muitas outras histórias nessa zona de comentários, esta foi aquela que guardei.
Há algo profundamente interessante não apenas sobre a citação (que está lindamente escrita), mas também como algo pode soar como se fosse dos clássicos da literatura, mesmo que não seja.
A pessoa que fez aquele comentário, parecia quase indignado pela citação não ter vindo de um livro antigo. Mas porquê?
Eu diria que é porque o sentimento é muito verdadeiro. Mesmo que alguns nunca tenham experienciado o luto, só essa linha dá uma visão geral da experiência de uma perda profunda.
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E é isso que torna esta frase tão brilhante, porque ela alcança a experiência de luto e consegue reformular a mesma numa frase inesperada que é, por outro lado, tão completamente correta e, em última análise, universal.
Ouvimos com tanta frequência que tudo já foi feito, que tudo é refeito, recontado e refeito.
E se tu próprio acreditas nisso, este exemplo ajuda bastante a mostrar que há sempre um lugar para verdades universais e ideias originais se fundirem em algo que parece totalmente único.
Acredites ou não, a linguagem da tua marca também pode agir nesse nível.
Eu não acredito que algo deva ser escrito num livro antigo para ser profundo ou ressoar com as pessoas. O que tu estás a fazer e a dizer pode ser profundamente universal, pungente e importante.
A narrativa da marca pode funcionar em alto nível, pode funcionar como arte e eu desafio-te a começar a pensar em contar a história da tua marca não como uma venda, mas sim, voltar às raízes e simplesmente contar uma história.
Isso vai alcançar o coração das pessoas e vai muito além de uma compra.