Uma viagem pelos bastidores do Partiu Amazônia🌳
Confira o relato de Julia Magalhães e Valdejane Brito ao produzir o programa Partiu Amazônia, que desbrava os encantos da nossa região amazônica.
[Julia Magalhães - Apresentadora do programa Partiu Amazônia]
Como profissional de comunicação eu aprendo muito com o programa. Faço o roteiro e a produção junto com o Paulo Rodrigo (Produtor). Faço porque eu conheço algumas pessoas e alguns lugares, então para mim fica mais fácil fazer. Eu nunca fui uma pessoa muito organizada e agora eu estou trabalhando esse meu lado. A gente vai aprendendo, passando uns perrengues e aprendendo.
Mesmo quando tem um lugar que eu já conheço, por exemplo, Novo Airão, que é um lugar que eu conheço desde sempre e é o meu lugar favorito do mundo, quando eu vou eu preciso estar com um olhar de uma pessoa que não conhece e dessa forma eu sempre conheço coisas novas. Esse jeito de, por exemplo, começar o programa falando “ah, porque aqui tem isso e isso” e o entrevistado só complementa, não faz sentido.
E eu não vou longe, a minha mãe já fez várias viagens assistindo o Partiu Amazônica, então ela pedia o número do guia e fazia a mesma coisa que eu fiz. Isso aumenta a nossa responsabilidade porque influenciamos a pessoa a ir para determinado lugar. Por isso que quando é difícil a estrada, por exemplo, a gente fala que é lindo, vale a pena, mas que tem muito perrengue, para ninguém se sentir que estava desavisado.
Sempre pensamos em como vamos tratar o assunto, porque situações ruins tem em todo lugar, mas a nossa missão é encontrar os pontos positivos.
O jornalismo faz essa parte de mostrar os problemas, mostrar a rua, mostrar os buracos e a minha parte não é essa, a minha missão é chegar e falar assim “gente, isso aqui é o que tem de melhor na cidade, vamos explorar tudo que há de lindo”.
Claro que de vez em quando vamos dar uma alfinetada, por exemplo “poxa, um lugar tão turístico poderia estar com uma estrada melhor para facilitar o acesso das pessoas”, mas nunca reforçando tanto os problemas. Tentamos sempre mostrar aquele lugar da forma mais bonita possível. E não é que a gente fique ‘folcloreando’, é que a gente tenta ao máximo olhar para tudo sem focar na parte ruim mesmo, se tem um lugar lindo para mostrar, por que vou focar em um buraco no meio da rua?
Viajar na Amazônia é muito caro. Quando a gente fala de barco, é tudo muito mais caro ainda. Então claro, a gente tem parceiros que nos ajudam na questão da logística. Mas a ideia é que a gente também ajude esses lugares.
É uma forma de estimular a economia local e incentivar o próprio turista a valorizar. Muitos não ‘choram’ para ir para Miami, mas em Anavilhanas, por exemplo, reclamam do valor da hospedagem ou dos passeios.
Procuramos ajuda nas despesas mais fixas, por exemplo, passagem aérea, ônibus e etc, porque o Partiu Amazônia é um programa que viaja e paga tudo, mas também tentamos ao máximo distribuir a renda para a economia local.
A maior contribuição que o Partiu tem é justamente isso de mostrar o lado bom de cada cidade, estado ou comunidade. A parte principal, é fazer com que a própria pessoa que vive no local perceba novas maneiras de ver a cidade e seus interiores.
Em 2010, quando eu viajei para alguns interiores do Amazonas, eu falei que queria muito fazer isso. Eu lembro que eu pensava que se fosse fazer algum programa, seria ou o Amazônia Rural ou o Partiu Amazônia. Eram os dois que eu tinha na minha cabeça. Em março de 2019 recebi o convite para fazer o Partiu e eu fiquei muito feliz porque já era um desejo do coração, de trabalhar com viagem.
É cansativo, a gente não fica muito em casa, mas eu adoro. Tem um perrengue que me marcou, mas foi culpa minha mesmo. Eu viajei para cobrir uma festa do açaí em Feijó, interior do Acre, e pensei em chegar lá e arrumar um quarto em uma pousada. Quando chegamos lá, eu e o cinegrafista Valdejane, nos deparamos com todos os hotéis lotados. A mulher que trabalhava no hotel viu a nossa situação e ficou com tanta pena que ela nos cedeu a casa da mãe dela que estava abandonada. Eu paguei uma diarista para limpar dois quartos e um banheiro, enquanto a gente estava na rua fazendo as imagens. E aí a gente ficou nessa casa, que ficava perto do hotel em que a moça trabalhava e nós pagamos o valor de uma diária normal para ela. A gente ficou uns dois dias dormindo nesses dois quartos e no final deu tudo certo.
É interessante reforçar que a gente não depende de fazer uma parceria para viajarmos e gravarmos o programa. É muito legal que o Grupo Rede Amazônica se disponha a fazer isso. Ele consegue entender que é um programa que custa muito mais caro que os outros.
Acredito que a partir do momento que a empresa se propõe a fazer isso, de investir, de confiar e deixar a gente mostrar os perrengues no programa, ela está comprometida realmente em mostrar a Amazônia da forma que ela é.
A gente não fica ‘floreando’, mas também não escondemos. Eu particularmente nunca tive um texto barrado, é tudo muito honesto.
Sobre os processos do programa, nós temos uma programação de mais ou menos uns 2 a 3 meses para frente. Eu já tenho, por exemplo, as passagens para todos os programas de janeiro. A gente pensa no local e aí vamos estudando quando conseguimos ir, vamos fazendo as anotações e montando o roteiro juntos, eu, Isaac de Paula (Gerente de Conteúdo), Caio Rodriguez (Editor) e Paulo Rodrigo (Produtor).
Aqui é todo mundo junto, um dá um palpite, outro dá uma ideia e a gente vai se organizando conforme vamos descobrindo novas possibilidades e também dependendo da época que nos planejamos ir, pois aqui tem a época de cheia e de seca dos rios. Temos que levar em conta as alterações climáticas da região também.
A gente tenta, claro, não colocar muitas coisas que dependiam de água e tal, mas fizemos um programa específico sobre a seca. Registramos não o lado terrível de como as pessoas ficam, mas mostrando as dificuldades e o que as pessoas faziam para contornar a situação.
Para mim foi muito difícil fazer esse programa, pois eu vivi a minha vida inteira no rio, no Tarumã. Eu sabia da cena caótica, foi no dia da pior fumaça de todas, e foi um dia que a gente tinha marcado de fazer a gravação. Foi um dia muito difícil e eu fiquei muito depressiva depois. Foi muito difícil pra mim ver a garça no meio do rio pousando, ver o jacarézinho, ver um carro no que antes era o fundo do rio. Aquele dia mexeu muito com meu psicológico. Fiquei muito arrasada, até porque eu tenho muitos amigos que trabalham com isso, que tem flutuante, que moram nessas comunidades, que tem mercadinho.
Sobre a premiação que ganhamos no início do mês, em que o Partiu Amazônia foi o vencedor da Categoria de melhor programa local semanal das afiliadas no Prêmio Rede Globo de Programação, foi muito louco e emocionante.
Normalmente todo ano, cada programa, Zappeando, Partiu Amazônia, Paneiro, Fala Macuxi e Almanacre, fazem um “top 3” e enviam para o Isaac inscrever no Premio Rede Globo de Programação.
E esse ano apostamos na viagem de barco que fizemos até Tabatinga.
Para mim, era um negócio surreal. Imagina, eu comecei como estagiária não remunerada da Fundação Rede Amazônica durante dois anos, em 2006. Depois fui promovida a Assistente de Produção e saí da TV. Foi muito simbólico voltar para a Rede Amazônica, depois de 10 anos e agora ganhar esse prêmio tão especial.
2023 foi um ano que veio trazendo muitas coisas boas e eu acho que coroou com o prêmio. Sabe quando você acredita que tem chance? Eu estava confiante, mas ao mesmo tempo eu estava pensando “e se?”. Sabe os segundos em que tudo pode mudar?
A gente só sabe quem são os finalistas no dia. Não sabemos os finalistas até a hora em que anunciam na premiação.
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Para mim, estar entre as três finalistas já era o prêmio. E quando ouvimos que o Partiu Amazônia ganhou a categoria, foi muito emocionante. É muita sorte nossa ter uma equipe tão unida e que confia no nosso trabalho.
Ter o Rafael Occhi (Diretor de Programação) e o Isaac de Paula que sempre estão ali nos apoiando e também ter o Valdejane (Cinegrafista).
O Val, quando eu o conheci, era Auxiliar de Serviços Gerais da Fundação Rede Amazônica. No mesmo ano em que eu fiz curso de locução e apresentação ele estava lá fazendo o curso de cinegrafia. Eu o conheço há quase 20 anos e sou muito fã dele. É muito bom ver esse cara que já passou por tudo que vocês podem imaginar na vida e vê-lo feliz ao trabalhar todo dia e poder prestigiar as imagens lindas que ele faz, é super gratificante.
Eu realmente não conheço outra pessoa que tenha o mesmo zelo que o Val tem com as imagens, com o trabalho e com os equipamentos. O Val merece todos os prêmios do mundo porque ele é muito dedicado. Ele é a pessoa que acorda mais cedo só para conseguir imagens do sol nascendo, é aquele que pensa “vou fazer essas imagens, vai que ela precisa”. Um exemplo são as trilhas, eu faço uma trilha de 5km e ele faz em 8km, pois ele vai na frente e depois volta para trás para pegar todos os ângulos.
Val é aquele cara que ajuda mesmo. Ele é diferenciado. Não tem medo de trabalho, não tem medo de nada. Esse prêmio é mais dele, por causa das imagens dele, porque a gente acaba escrevendo em cima delas.
[Valdejane Brito - Cinegrafista do programa Partiu Amazônia]
Eu sempre passei na frente da Rede Amazônica com o sonho de trabalhar lá, mas nunca tive condições de arcar com os custos do curso. Comecei em 1994 como Auxiliar de Serviços Gerais da Fundação Rede Amazônica e conversei com o meu chefe na época sobre o meu interesse em fazer cursos na área de comunicação. Ele me deu a oportunidade de fazer os cursos de Rádio, Edição e Cinegrafia pela Fundação. Fiz os cursos em 2004, me especializei e iniciei a minha primeira experiência nessa área na Amazon Sat no ano de 2006.
Foi muito gratificante, eu me esforcei muito e me dedicava sempre em tudo o que fazia.
O Amazon Sat na época era a produtora que cuidava dos três programas, Partiu Amazônia, Paneiro e Zappeando. Como eu já tinha experiência no Amazônia Rural, já andava nas florestas e nos rios, o Partiu Amazônia veio para somar. O meu primeiro programa foi no Monte Roraima, sempre com alegria e com muita dedicação.
Para mim é um orgulho trabalhar para uma empresa que foi como se fosse um pai e uma mãe.
A Rede Amazônica foi a minha primeira experiência no mercado de trabalho. Ela me transformou em uma pessoa verdadeira e por meio do meu trabalho eu consegui realizar um monte de sonhos.
Costumo dizer que sem um centavo no bolso eu consegui andar quase a Europa toda. Tudo graças a essa empresa que me acolheu e que me acolhe até hoje. No meu dia a dia eu sempre lido como se fosse a primeira vez. Com muita dedicação, amor e sempre inovando.
Hoje eu dirijo, mexo com drone, opero a câmera, faço a produção. Nas viagens é só nós dois, eu e a Julia. E aí, a gente tem que estar sempre com o pé na frente, fazendo melhor e se dedicando ao máximo.
E o meu orgulho de amazônica é poder dizer que eu conheço, de fato, a Amazônia. Eu já andei em vários municípios, já vi várias culturas, já vi vários rituais indígenas, já vi, já cobri vários eventos.
São 25 anos de empresa. Como a Rede Amazônica é o canal mais assistido da região norte, as pessoas confiam muito em você. Quando a gente vai contar a história de cada um, as pessoas conseguem te aceitar da melhor forma possível. Elas percebem que somos da Rede Amazônica e já nos recebem com aquela alegria. Todo mundo quer dar entrevista, todo mundo que dar uma palavra. A comunidade toda se reúne para cada um contar um pouco da sua história.
A gente leva o nome da empresa e a partir do momento em que isso acontece a gente traz as verdadeiras histórias que captamos em cada comunidade. Sempre procuramos fazer o nosso melhor, fazer as melhores imagens, o melhor programa com toda a nossa dedicação.
É muito gratificante poder conhecer a cada semana novas culturas. Poder receber o prêmio pelo Partiu Amazônia, foi muito emocionante. A felicidade é imensa.
Naquele momento em que ganhamos eu agradeci muito à Deus e à empresa por sempre nos reconhecer e nos acolher em todos os momentos.
Esse programa que a gente fez para a Tabatinga durou 7 dias de barco. É a maior viagem da Amazônia em termos de passageiros e a mais prolongada do Brasil, saindo de Manaus até Tabatinga. Fizemos dois programas, um sobre a ida até Tabatinga e outro em Letícia.
Como é bom a gente conquistar os nossos sonhos e ser reconhecido por todos. Eu fico muito emocionado quando olho para a minha trajetória na Rede Amazônica. Todos os sonhos que eu tive ela realizou.
Sobre a Autora:
Julia Magalhães é apresentadora do programa "Partiu Amazônia" desde 2019, possui formação em Rádio e TV pela Fundação Rede Amazônica e trabalha com jornalismo há mais de 15 anos. É viajante, curiosa e apaixonada pela Amazônia.
Co-autoria e revisão realizada pela Comunicação Institucional do Grupo Rede Amazônica:
Cursando Ciências Contábeis| Bacharel em Administração| Especialista Contabilidade Auditoria e Controladoria | Analista Administrativo Sênior na Koretech
12 mPrograma incrível!!!! Excelente 👏🏻😁👏🏻😁👏🏻
Comunicação Institucional | Eventos Corporativos | Assessoria Executiva
12 mEssa dupla é maravilhosa, sou fã! Val e Julia ❤️ 💫
CRM | E-commerce | Loyalty | Marketing de Canais Digitais
12 mQue maravilha poder acompanhar essa aventura dos bastidores! Parabéns a toda equipe! 👏🏼👏🏼
Analista de Comunicação do Colégio Espírito Santo | Relações Públicas
12 mParabéns, Julinha e Valdejane!! Relatos incríveis e inspiradores! 👏🏻👏🏻❤️
Gestora de Comunicação Institucional | Rede Amazônica
12 mSou fã demais! Parabéns, Julinha e Val. 💚