Valores firmes para culturas flexíveis

Valores firmes para culturas flexíveis

Dia desses estava passeando pelos stories do Instagram quando cheguei às postagens do Florian Bartunek. Ele trazia uma aspa do Jim Collins retirada do recém-lançado livro “BE 2.0 (Beyond Entrepreneurship 2.0): Turning Your Business into an Enduring Great Company” sobre a diferença entre os valores de uma empresa e suas práticas culturais:

“Think of a yin-yang symbol used in Taois philosophy. On one side, you have 'preserve the core'. On the other side, you have to 'stimulate progress'. To preserve the core, visionary organizations have a set of timeless core values and purpose (reason for being) that remain constant over time. To stimulate progress, they have a relentless drive for progress - change, improvement, innovation, and renewal. Enduring great organizations understand the difference between their core values (which almost never change), and operating strategies and cultural practices (which endlessly adapt to a changing world). To be built to last, you must be built to change.”

Em resumo, a citação aponta a necessidade de preservar a essência da empresa, mas estimular o seu progresso por meio de mudanças, inclusive culturais. O segredo de negócios duradouros é entender o que e quando mudar.

Ao ler essa reflexão, instantaneamente a associei com o momento atual que vivemos aqui no Grupo Boticário. Ao mesmo tempo, questionei como, para muitas pessoas, esses conceitos ainda se misturam.

O que é a essência de uma companhia? O que é cultura? O que são os valores inegociáveis e por que são diferentes das práticas culturais?

Fielmente copiado de um dicionário, em sua versão antropológica, cultura é o “conjunto de padrões de comportamento, crenças, conhecimentos e costumes que distinguem um grupo social”. E para esse conjunto de padrões ser criado uma base sólida de ideais, objetivos e valores precisa sustentar cada pensamento.

A essência de uma companhia consiste nos valores imutáveis que guiam todas as suas ações. Já as práticas culturais são os comportamentos da empresa para chegar ao resultado. E estes variam de acordo com o tamanho da corporação, com o cenário de mercado e devem ser resilientes para se transformarem sempre em busca de evolução.

Hoje, vejo esses dois conceitos com uma distinção muito clara, porque foram bem divididos em cada transformação que fizemos no Grupo. Vivemos mudanças estruturais e estamos virando a chave para o digital. Em cada detalhe transformado, seja pela pandemia, seja pelo mercado, seja pelo contexto, questionamos se essa nova prática é coerente com nossos valores inegociáveis. Destaco três deles neste momento:

Somos ágeis – e sempre seremos. Independentemente do canal pelo qual os clientes nos acionem, estamos prontos para atendê-los. Essa agilidade só é possível por meio da autonomia das pessoas e dos grupos (squads). Os dois (indivíduos e times) devem escutar o consumidor constantemente e responder rapidamente às oportunidades. Esse processo exige confiança, que, por sua vez, só é possível se o líder trocar o modo de comando e controle pelo de delegação com resultado.

Somos inquietos. Se existe algo que pode ser melhorado, precisa ser feito. Recentemente, mudamos nosso modelo de metas. Antes, desdobrávamos as metas para todos os níveis da organização. Os compromissos assumidos valiam ao longo do ano todo. Com o tempo, percebemos que isso nos tira a flexibilidade que o momento atual exige. Então, mudamos a maneira de fazer e desvinculamos meta de remuneração, assim as pessoas se sentem mais confiantes para arriscar. Agora, podemos pivotar ações no meio do ano se o contexto se transformar, fazendo uma revisão constante.

Nutrimos nossas relações. Com a pandemia, precisamos nos reinventar para continuar nutrindo relações, agora sem o contato físico. Seja por meio de um onboarding dedicado a mostrar para as pessoas os valores e como são vividos, seja por reuniões online, como conto no artigo “Cultura se constrói por videoconferência?”. As relações são a nossa maior força.

Todos esses exemplos nos mostram como o core da companhia permanece intacto em qualquer ocasião. A base é sólida, e o que é construído sobre ela já nasce a partir dos valores corretos. Comportamentos, crenças, conhecimentos, hábitos e costumes podem ser revisitados, reconhecidos, repensados, alterados e substituídos. O mundo se transforma a cada minuto e exige que façamos o mesmo. Quem se prende à cultura que funcionou anos atrás, sabota o próprio avanço. Se você não buscar o resultado de formas diferentes, ele será sempre igual. E isso não é evoluir.

Tenho a convicção de que a resiliência da cultura e de nossas pessoas nos faz melhorar e crescer como Grupo, sem abandonar a nossa essência, que dá a direção e a medida de cada comportamento. 

Margarete Caovilla

Diretor administrativo na JD Comercio de Perfumes Ltda

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IVONETE de PAULA ALFREDO MISSAU

Supervisão | Coordenação | Gerente | Secretaria Executiva Liderança | Gestão de Pessoas | Comercial | Vendas | Franquias (Boticario, Natura, Usaflex)| Varejo | Seguros

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Olá...Desde adolescente sonhava em trabalhar no Boticario... ficava encantada cada vez que entrava em uma loja, com aquelas atendentes sempre lindas e simpáticas. Por obra do destino, consegui trabalhar na franquia de Maringá-PR por quase 5 anos e infelizmente sai por motivo de mudança de cidade. Entrei lá como Secretária Executiva para auxiliar a reestruturação da administração da empresa, uma vez que os sucessores estavam começando a trabalhar junto com os pais. Após 2 anos fui promovida a Supervisora das 8 Lojas.Sai da empresa com o coração partidoEnchia a boca para falar que trabalhava no O Boticário. Desde que saí meu sonho é fazer parte novamente desta empresa, do Grupo Boticario. Sou apaixonada pela marca!!! Gostaria uma oportunidade... me conheçam e avaliem pessoalmente meu potencial. Os últimos anos trabalhei como Gestora, sendo Supervisora Administrativa e de Vendas no varejo, inclusive nos últimos 2 anos trabalhei com uma revendedora gigante das marcas do Grupo Boticario em Osasco-SP, como Supervisora das lojas multimarcas e das lojas franquias Natura, mas meu coração sempre foi e continua sendo do O Boticário! Desde já agradeço e fico no aguardo de uma oportunidade... Ivonete de P A Missau, (11) 96594-5471

Luiz Felipe Santos Gião

Administrador de Empresas, Gestor Comercial e Educacional.

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Grande garoto e inspiração pura! Mais Sucesso! PAZ!

Adrianne Elias

CEO & Fundadora na The Content Group | Empreendedora, Palestrante

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Amigo eu to amando esses seus artigos! Parabens! Inspirador

Cassio Vaz de Mello

Executivo Sênior | Executive MBA | CEA Anbima | Mentor Ismart | Voluntariado ABRH-DF |

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Muito bem colocado Sandro. Belo exemplo...

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