Uma jornada para usar os dados a favor da beleza

Uma jornada para usar os dados a favor da beleza

O sonho do Grupo Boticário é levar beleza e seus produtos que nos dão aquela injeção diária de autoestima para cada vez mais pessoas. Mas chegar aos nossos objetivos de longo prazo só será possível se desenvolvermos as competências de coletar, processar e analisar dados. Será preciso entrar no detalhe e mapear cada passo da jornada do consumidor em nosso ecossistema.

É assim que vamos entender como as pessoas se relacionam com nossas marcas e se antecipar às suas necessidades. É assim também que vamos atender melhor nossos colaboradores, descobrindo como podemos servi-los melhor em suas carreiras e quais atritos existem.

Foi pensando nisso que em janeiro deste ano criamos uma área de dados e contratamos Philipp Nguyen, head de dados, para nos ajudar nessa missão. E para acelerar o processo, chamamos ainda mais reforços. Recentemente nos unimos à GAVB, empresa fundada por dois jovens irmãos e especialista em serviços e soluções em inteligência artificial, com mais de duzentos cientistas de dados. O processo de integração tem sido muito interessante e leve, pela sinergia na cultura das duas empresas. 

Para saber um pouco mais sobre a história e as expectativas dessa união, eu bati um papo com o Gustavo Brito e Guilherme Cruz, os empreendedores responsáveis pela GAVB:

Como a GAVB e a parceria profissional entre vocês começou?

 Guilherme Cruz: Meu histórico profissional é 100% técnico. Eu trabalhava com desenvolvimento de software e administração de banco de dados, mas também tive algumas empresas que não deram certo. O Gustavo começou mais cedo. Nós tínhamos essa vontade de empreender e fizemos várias tentativas. Em 2014, unimos forças para criar a GAVB e tivemos sucesso.

 Gustavo Brito: Empreendi a vida toda, desde pequeno. Até que comecei a prestar consultoria. Em 2014, esse projeto [da GAVB] tomou corpo e comecei a convidar pessoas para trabalharem comigo. Chamei o Guilherme e passamos a ser uma empresa, de fato. Criamos uma cultura e começamos a diversificar - éramos generalistas. Depois, descobrimos um nicho, pivotamos e, a partir daí, seguimos na área de dados e inteligência artificial, onde vimos oportunidades. 

 Quais foram essas oportunidades? E por que escolheram o segmento de dados e inteligência artificial?

 Guilherme: O grande sonho era montar uma consultoria superespecializada. Éramos muito próximos das pessoas e fazíamos o que outras consultorias não queriam fazer. Por exemplo, trabalhar com Big Data ou outra tecnologia nova. Encontramos um nicho e demarcamos nosso espaço. 

 Gustavo: Nós achávamos que banco de dados era o "boom" do momento. Mas como era muito fácil criar uma empresa de banco de dados, a concorrência era grande. Então, resolvemos trabalhar com dados de uma maneira diferente. Em vez de administrá-los, a gente optou por ajudar os clientes a tomar decisões. Resolvemos testar caminhos. Por que ficar só olhando no retrovisor para o que já aconteceu, se poderíamos tentar prever o futuro? Um dos nossos primeiros trabalhos foi com o people analytics de uma empresa do ramo de energia e combustíveis, com mais de 20 mil colaboradores. People analytics é o entendimento do comportamento e do desempenho das pessoas, gerando insights e previsões sobre grupos ou indivíduos para apoiar o planejamento e tomada de decisão dos gestores, executivos e das áreas de gestão de pessoas. Com essa solução desenvolvida, o cliente criou um planejamento de promoções, transferências e capacitações e também modificou o processo de recrutamento e seleção de novos colaboradores, o que melhorou as taxas de turnover, elevou os indicadores de engajamento dos colaboradores e diminuiu os custos de contratação. 

 Como vocês acreditam que a inteligência artificial e todas essas evoluções tecnológicas podem nos ajudar na área de gestão de pessoas?

 Guilherme: Acredito que a estruturação de dados seja o ponto mais importante. A partir disso, conseguimos desenvolver projetos e possibilidades. Hoje, trabalhamos com duas tecnologias que ajudam nas questões de recursos humanos. Temos a inteligência artificial, claro, mas também a Robotic Process Automation, que é o RPA. Utilizamos, por exemplo, para automatizar tarefas que são repetitivas e que podem ser padronizadas para que o RH foque no que agrega mais valor, no que é estratégico. Antigamente, essas ferramentas de automação com robôs eram muito complexas e de difícil acesso. Agora, podemos utilizar essa tecnologia para que as pessoas tenham respostas mais rápidas através do RPA e o time de recursos humanos se concentre no que é necessário para o crescimento da empresa. 

 E para a área de recrutamento e turnover, existem soluções? 

 Gustavo: Usamos um conceito chamado AI Explain, que não só diz quem vai sair, mas por que a pessoa está saindo. Identificamos que, geralmente, as pessoas que se desenvolvem e não recebem uma promoção buscam outros desafios. Então, o modelo que desenhamos calcula o tempo de casa dessa pessoa e a necessidade de dar um reconhecimento para ela, para evitar que vá embora. Esse foi um projeto bem legal também para identificar possíveis talentos dentro da empresa.

 Pensando no futuro, qual a expectativa de vocês para esse novo momento da GAVB, agora dentro do Grupo Boticário?

 Gustavo: Estamos ainda em fase de adaptação, mudando de uma estrutura pequena para uma muito maior. O trabalho, por enquanto, está dobrado, proporcional ao desafio. Mas estou muito empolgado em participar de uma estrutura como essa, temos valores e propósitos alinhados com o Grupo. Isso nos motiva e também nos dá a certeza de que fizemos a escolha certa. Estamos sendo muito bem recebidos. 

 Guilherme: Já estamos trazendo várias ideias para o pessoal de atração de talentos, que vejo como uma das transformações possíveis aqui no Grupo hoje. Tem também o viés da tecnologia, de se mostrar como uma empresa de tecnologia, que é orientada por dados, está se transformando e sempre aberta a novas ideias. Muitas pessoas nem imaginam que o GB foca em tecnologias de ponta e que aqui podem desenvolver essa área. Já tem muita coisa legal sendo feita, como a marca GB Tech, e há espaço para muito mais. 


Patrícia Aragão

Gestora Jurídica Avantti - Gestão Contratos Corporativos

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Maria Fernanda Albuquerque

Eu ajudo Havaianas a espalhar leveza, conforto e cor pelo Brasil e pelo mundo 👣💜🎉☺️

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Mario Coraiola

Diretor & Fundador na Macsup

3 a

👏👏👏

Guilherme Cruz

Diretor Tech Grupo Boticário | Co-Founder GAVB | Web3 Enthusiast | Mentor e Investidor

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Tenho certeza que GAVB e GB vão construir uma trajetória de inovação ainda mais incrível!

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