VALORES LIGADOS PRINCIPALMENTE A EMPATIA – Parte 17
A obtenção da empatia no ambiente de trabalho é uma arte que requer dedicação, compreensão profunda das emoções humanas e uma prática constante de auto-reflexão e desenvolvimento pessoal. A empatia, esse processo de se colocar no lugar do outro, não apenas em um nível superficial, mas mergulhando nas profundezas de suas necessidades emocionais e psicológicas, é fundamental para criar um ambiente de trabalho harmonioso e produtivo.
Para começar, é essencial desenvolver a capacidade de se conectar com os outros em um nível emocional, entendendo suas necessidades, desejos e preocupações. Isso requer uma escuta ativa, onde não apenas ouvimos as palavras que são ditas, mas também entendemos as emoções e sentimentos subjacentes. Este processo de escuta e compreensão ajuda a construir pontes de comunicação e confiança entre os colegas, facilitando um ambiente de trabalho mais cooperativo e menos competitivo.
Manter uma postura pacífica, evitando a passividade que pode surgir da omissão e da indiferença, é crucial. A pacificidade aqui não significa ausência de ação, mas uma abordagem consciente e considerada para resolver conflitos e desentendimentos, sempre buscando o bem-estar comum e não apenas os interesses individuais. Isso inclui educar e aprimorar o comportamento dos outros de maneira construtiva, promovendo um crescimento conjunto e evitando a agressão ou reações negativas que apenas servem para afastar as pessoas.
A proatividade, ao invés da reatividade, é uma virtude no desenvolvimento da empatia. Ser proativo significa antecipar situações e reagir a elas de maneira que promova o entendimento mútuo e a resolução positiva de conflitos, ao invés de esperar que os problemas surjam e então responder de maneira potencialmente agressiva ou defensiva. Isso está intrinsecamente ligado à ideia de sempre buscar o positivo nas pessoas e nas situações, focando no que está certo e bom antes de abordar o negativo. Esta abordagem não apenas melhora o clima no ambiente de trabalho, mas também encoraja uma mentalidade mais otimista e aberta entre os colegas.
O respeito mútuo é a pedra angular de qualquer relação empática. Respeitar a autoestima do outro significa reconhecer seu valor intrínseco como pessoa, sem recorrer à agressão, omissão ou desrespeito que possam desestabilizar essa percepção positiva de si. Isso cria um ambiente de segurança emocional onde todos se sentem valorizados e compreendidos.
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Desarmar o espírito, falar e ouvir sem agredir, é uma habilidade essencial. Isso significa abordar conversas difíceis com uma mente aberta e um coração tranquilo, sempre buscando entender antes de ser entendido. Ao "lamber a tudo e todos com seu coração", ou seja, perceber a todos com o melhor sentimento de amor e com a essência mais pura de sua alma, promovemos um ambiente de trabalho onde a afetividade e a compaixão são valores centrais.
Por fim, é vital não deixar espaços vazios nas relações de trabalho. Aproximar-se, conversar, cumprimentar, sorrir, abraçar e interagir com afetividade são ações que preenchem esses espaços, promovendo uma cultura de inclusão e pertencimento. Essas práticas não apenas melhoram a saúde mental e emocional dos indivíduos, mas também aumentam a produtividade e a satisfação no trabalho, criando um ciclo virtuoso de empatia e entendimento mútuo.
Em resumo, a empatia no trabalho é um processo contínuo de aprendizado e prática, que requer uma compreensão profunda das emoções humanas, uma comunicação eficaz e um compromisso com o crescimento pessoal e coletivo. Ao cultivar esses valores e práticas, podemos transformar nossos ambientes de trabalho em espaços de cooperação, compreensão e respeito mútuo, onde cada indivíduo se sente valorizado e compreendido.
Gilmar de Almeida é Sócio Consultor e Conselheiro pela GA Consult (www.gaconsult.com.br), representa a Throughput Inc. para o Brasil; SW que cobre TODA a Supply Chain com utilização de IA (www.throughput.ai), foi Gerente Industrial, Diretor Industrial, CEO, foi membro dos Comitês de Logística e Controladoria da ANEFAC, foi Diretor da Câmara de Comercio do Mercosul, é Psicanalista Clínico e Mentor.