A Verdade Sobre Quem Não Tem Coragem de Tentar
Na jornada da vida, todos nós enfrentamos críticas. Algumas são construtivas, oferecendo um olhar atento e bem-intencionado para o nosso crescimento pessoal e profissional. Outras, no entanto, vêm de um lugar de medo, insegurança e falta de compreensão. Curiosamente, muitas vezes somos criticados por pessoas que jamais ousaram trilhar o mesmo caminho que escolhemos seguir. Esse fenômeno não é incomum, e entender suas raízes pode nos ajudar a lidar melhor com essas críticas e continuar firmes em nossa trajetória.
Muitas pessoas optam por uma vida de segurança e conformidade, seguindo caminhos predefinidos por medo de fracassar ou pela conveniência de permanecer na zona de conforto. Esse padrão é visto ao longo da história: grandes inovadores, como Galileu Galilei, que desafiou as crenças da época ao defender o heliocentrismo, ou Martin Luther King Jr., que ousou lutar contra o racismo institucionalizado nos Estados Unidos, enfrentaram forte oposição de seus contemporâneos.
Quando alguém escolhe um caminho diferente — seja perseguindo um sonho, iniciando um novo negócio, mudando de carreira, ou simplesmente vivendo de forma autêntica — isso pode provocar desconforto naqueles que nunca ousaram fazer o mesmo.
Esse desconforto frequentemente se manifesta como crítica. Quem nunca teve coragem de arriscar ou de enfrentar o desconhecido pode criticar quem o faz, muitas vezes como um mecanismo de defesa para justificar sua própria falta de ação. É mais fácil apontar os defeitos e falhas de quem tenta — como ocorreu com as críticas sofridas por Thomas Edison durante suas inúmeras tentativas de criar a lâmpada elétrica — do que admitir o próprio medo de tentar algo novo.
Ao longo da minha vida eu tive muitos críticos, ouvi muitos "Você nunca vai...", cito dois exemplos: No meu primeiro emprego eu fui perseguido durante os 5 anos que trabalhei na empresa por um "chefe" carrasco, que tinha inveja de minha competência e minha formação, e ai alguém vai perguntar: Mas porque você permitia isso? Bom, eram outros tempos e não os tempos de "mimilândia" de hoje em dia, a vida era bastante dura no início dos anos 80. Voltando, após eu ter passado o terror que todo jovem tinha na época, que era o período pré e durante serviço militar, eu me vi no momento de falar com esse chefe sobre minha situação na empresa e o que ouvi foi o seguinte:
"Você nunca vai subir aqui na empresa e nunca vai ser nada na vida porque eu não quero e não vou deixar".
Claro que esse sujeito estava completamente errado, e usei essa besteira que fui obrigado a ouvir como uma das muitas motivações que tive para chegar onde cheguei.
O que relatei acima se encaixa com um fator crucial que alimenta essas críticas: a inveja. Quando alguém vê outra pessoa tomando decisões ousadas e vivendo com coragem, isso pode despertar sentimentos de inadequação ou arrependimento em quem optou por um caminho mais seguro.
A inveja é uma emoção poderosa, e ao longo da história, muitos dos que ousaram inovar ou desafiar o status quo enfrentaram críticas e resistência daqueles que se sentiam ameaçados por suas ações.
Por exemplo, Marie Curie, pioneira no estudo da radioatividade, foi muitas vezes criticada por colegas cientistas que, além de questionarem sua credibilidade por ser mulher, também ressentiam seu sucesso inovador em um campo tão arriscado e novo. A crítica, nesse caso, torna-se uma maneira de lidar com sentimentos negativos, como medo e arrependimento. Ao diminuir o valor da jornada do outro, quem critica tenta, consciente ou inconscientemente, minimizar a própria dor por não ter seguido um caminho semelhante.
Além disso, a coragem de uma pessoa de se destacar e ser diferente muitas vezes expõe a falta de ousadia de quem critica.
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Ver alguém avançando, experimentando e explorando novas possibilidades pode ser um reflexo incômodo para aqueles que se acomodaram.
A inveja se manifestou fortemente durante a vida de figuras como Vincent van Gogh (por acaso ele é o meu pintor favorito, em um outro grupo que tenho em outra rede, frequentemente publico suas obras), cuja abordagem revolucionária à pintura foi amplamente desprezada durante sua vida, em grande parte por outros artistas que se sentiam ameaçados por sua visão inovadora. Outro exemplo é o de Nelson Mandela, cuja luta contra o apartheid na África do Sul foi não apenas uma fonte de inspiração, mas também de intensa crítica por parte daqueles que temiam as mudanças que ele representava. A crítica, nesse caso, é uma tentativa de apagar o brilho do outro para que suas próprias inseguranças não sejam tão evidentes. É um comportamento que não só busca reprimir o progresso alheio, mas também evitar a dolorosa introspecção sobre o que poderia ter sido feito de forma diferente em suas próprias vidas.
Reconhecer que as críticas muitas vezes vêm de pessoas que nunca tiveram a coragem de fazer o que você faz pode ser profundamente libertador. Esse entendimento não implica que todas as críticas devam ser descartadas, mas sim que é fundamental desenvolver a habilidade de discernir entre aquelas que são construtivas e podem impulsionar o nosso crescimento e aquelas enraizadas em inveja, medo ou ignorância.
Aprender a identificar a origem e a intenção por trás das críticas permite que sejamos seletivos sobre quais feedbacks realmente merecem nossa atenção.
A resiliência torna-se uma aliada crucial ao enfrentarmos críticas. Compreender que nem todos apoiarão ou entenderão sua jornada é um componente vital do crescimento pessoal. Manter-se firme em seus objetivos, mesmo quando confrontado por vozes discordantes, é uma prova de sua coragem e determinação.
A história está repleta de exemplos de indivíduos que perseveraram apesar das críticas: pense em Malala Yousafzai, que enfrentou resistência e até violência por defender a educação das meninas no Paquistão, mas que continuou firme em sua missão, e que inclusive tornou-se a pessoa mais jovem da história a receber um merecido Prêmio Nobel. Portanto, é essa capacidade de permanecer resiliente e fiel aos seus princípios, independentemente das críticas externas, que verdadeiramente define o caráter e a força de uma pessoa.
Na vida, seremos criticados, e muitas vezes, essas críticas virão de quem nunca teve a coragem de fazer o que estamos fazendo. Reconhecer isso pode nos dar a força necessária para continuar avançando em direção aos nossos sonhos e metas.
Em vez de se deixar abater pelas críticas, use-as como um lembrete de que você está em um caminho que muitos não têm coragem de seguir. E lembre-se:
Quem nunca arrisca nada, também nunca conquista nada. Seja corajoso, continue ousando, e deixe que as críticas sirvam apenas para reforçar sua determinação de seguir em frente.
Empreendedor | Inovador | Lider Criativo do World Creativity Day | Mentor | Podcaster | Palestrante | Conselheiro | Embaixador de Marcas
4 mFrancisco de Assis Garcia muito importante o seu texto, vivemos de sonhos que se transformam em criatividade, só temos que ter coragem para colocar essa criatividade em ação, transformando em inovação. E se ao final disso, ainda transformamos essa criatividade e inovação em resultados, estaremos empreendendo, as vezes isso significa dinheiro, as vezes impacto na nossa vida é na vida de outros. Essa trajetória de criar, fazer e ter resultado, é o que incomoda muita gente, usemos essa incomodação dos outros como uma mola propulsora para continuarmos infinitamente nas nossas vidas a buscar, tentar e ter êxito, seja na vida pessoal ou profissional. Sem pessoas transformadoras com ímpeto, não há avanços.
Consultoria e Mentoria para Empresas e Negócios Familiares | Especialista em Carreiras nas Empresas Familiares | Mentoria Consultiva para Profissionais 50+ |
4 mFrancisco de Assis Garcia, grato pela partilha! O caminho só se faz ao caminhar. O sucesso estará sempre entre os erros e acertos.!