A Verdadeira Diferença entre Simpatia e Empatia
Pesquisas provaram que 95% dos Directores de RH acreditam que a inteligência emocional é essencial para um ambiente de trabalho saudável e produtivo.
A inteligência emocional é uma abordagem cada vez mais importante no actual mundo dos negócios. Estar em sintonia com os nossos sentimentos e atento às emoções dos outros, é um princípio ético tanto na vida pessoal como profissional.
Porquê?
Sentir-se motivado pela consciência de como a forma de comunicar e de agir pode afectar os outros, significa que as campanhas de marketing, desenvolvimento de produto e ambiente de trabalho podem tornar-se mais inclusivos e positivos.
A Empatia e a Simpatia são dois pilares da Inteligência Emocional. Tanto na escrita como oralmente, as pessoas utilizam ora “empatia” ora “simpatia”, mas as duas palavras não têm o mesmo significado.
Tendo em mente os benefícios a nível social e comercial das respostas empáticas e simpáticas, é aconselhável ir ao fundo da questão e analisar as nossas reacções às situações e pensar em integrar mais empatia e simpatia no nosso comportamento.
Origem da Empatia e da Simpatia
Empatia e simpatia são características que no geral, são boas – O que significam?
Tanto a empatia como a simpatia têm a sua origem no termo grego “pathos”, que se refere à experiência do “sofrimento, sentimento”.
Para além disso, o prefixo “sym-” vem do grego “sýn” que significa “com e próximo de”.
O prefixo “em-” também deriva do termo grego “en”, que significa “dentro”.
Responder com Simpatia
Sentir simpatia por alguém é positivo porque é um reconhecimento dos sentimentos do Outro ou de uma situação pela qual está a passar. Ser simpático é dizer: “Estou a ouvi-lo e valorizo o que está a sentir”. Já agora, poderíamos demonstrá-lo socialmente com mais frequência.
A simpatia é geralmente demonstrada em situações difíceis, através de comiseração e pena. Por exemplo, quando alguém morre, é frequente ver cartões de condolências com a frase “com simpatia”.
O conceito de simpatia, tal como o prefixo grego salienta, trata-se de estar “perto de ou com”, e isso demonstra uma certa distância entre alguém que sente simpatia e a situação com a qual se está a conectar. A compaixão permite-lhe pensar numa situação, mas permanece a uma distância segura, pelo que o seu estado emocional provavelmente não será de um envolvimento profundo.
As empresas podem expressar solidariedade/simpatia ao olhar para os inquéritos de satisfação de clientes de forma individual e serem flexíveis face às necessidades específicas de um cliente. Pricing e Marketing simpáticos tornaram-se uma abordagem universal por empresas que têm em consideração as necessidades e circunstâncias do cliente, aquando da definição de preço, em vez de serem apenas movidas pelo lucro.
A simpatia é sobretudo observação e aceitação do que alguém está a passar em experiências desafiantes. Pode significar “sentir pena” de alguém, o que é um reconhecimento de uma situação. Não requer que alguém experiencie profundamente a emoção pela qual a outra pessoa está a passar. A simpatia é “sentir com”, em vez de sentir profundamente pela pessoa. Por isso, há um distanciamento natural da situação.
O que é Empatia?
Ser uma pessoa empática e sentir empatia é uma reação emocional muito mais abrangente e intensa face a uma situação pela qual outra pessoa ou um grupo de pessoas está a passar. Ter uma resposta genuinamente empática pode ser um cocktail de emoções para gerir, porque se está a assumir os sentimentos da pessoa ou das pessoas com quem se está a conectar.
Essa é a verdadeira diferença entre empatia e simpatia – em vez de se sentir com alguém, estamos a sentir pela pessoa. É experimentar um pedaço das suas emoções e sentimentos porque se vê as coisas da perspectiva dela.
Então, o que é mais natural para uma pessoa se sentir mais empática do que simpática numa situação? Muitas vezes, pode ter origem na experiência pessoal de uma situação semelhante. Ter vivido e ter-se debatido com uma situação semelhante pode melhorar as qualidades empáticas de uma pessoa e ajudá-la a conectar-se mais profundamente com um indivíduo que está a passar pela mesma experiência.
Praticar Empatia
A empatia tem a ver com genuinamente imaginar e tentar sentir como é estar no lugar de outra pessoa. É colocar-se verdadeiramente no meio da emoção. Isto pode ser incrivelmente difícil fazer uma e outra vez, mas dá uma perspectiva única que pode levar a uma acção positiva.
Este é um exemplo fantástico da National Autistic Society, no Reino Unido. Esta campanha de marketing visava fazer com que as pessoas assistissem a uma verdadeira experiência do quotidiano através dos olhos de alguém que vive com autismo.
A simpatia pode ser uma expressão de “É difícil, e eu sei que é difícil”, mas a empatia incentiva-nos a pensar porquê e como um cenário é negativo, o que pode levar a soluções mais intuitivas e inovadoras.
Sentir empatia surge naturalmente nalgumas pessoas, mas pode ser uma escolha. Podemos escolher começar a ver as coisas com outra perspectiva, vê-las com outros olhos.
Isto dá-nos a possibilidade de crescermos verdadeiramente, permitindo-nos sentir novas emoções e assumir pontos de vista novos e únicos.
Ouça activamente, faça perguntas, seja curioso.
Reflexão final
Respostas mais simpáticas e empáticas no local de trabalho e nos negócios em geral, são muito bem-vindas. Ao adoptarmos esta postura e sermos mais emocionalmente inteligentes, isso irá reflectir-se na concepção dos produtos e serviços que podem ser criados de uma melhor forma, aportando mais valor à vida dos clientes.
Se conseguir integrar este comportamento, os seus pensamentos, ideias e pontos de vista poderão tornar-se mais vibrantes, diversificados e em última instância, potenciados.
Por Bryan Kramer, CEO da PureMatter, 2x bestselling author & TED Talk speaker Fonte: Forbes